Início, meio e fim…

19 de out. de 2013 |

Foi interessante entrar na Toca depois de tanto tempo para ver quando foi feita a última postagem… foi interessante, mas não surpreendente, já que o último post data de 11.04.2013, no mês em que a minha rotina profissional mudou, e muito… o que isso tem a ver com a Toca dos Efeitos? Desde abril, tudo…

… quem acompanha a Toca desde o início (lá nos idos de maio de 2007), sabe que nunca ficamos tanto tempo sem alguma publicação… de abril pra cá, lá se vão 6 meses sem uma letra sequer publicada… e como coloquei acima, porque desde então minha rotina profissional mudou muito…

… sendo mais objetivo, assumi muitos mais compromissos dos que tinha até então, o que exige muito do meu tempo, razão pela qual muitas coisas tiveram de ficar em segundo plano, algumas delas, em suspenso, e outras, que faziam sentido de existir por terem uma atividade mais frequente, tiveram e terão de terminar…

toca… dessas coisas que tiveram de ficar em segundo plano, está a Toca dos Efeitos… e infelizmente, pelo tempo que exige não só durante a publicação, mas especialmente para a produção do material que é postado aqui, a Toca está entre aquelas coisas que terão de terminar… tudo tem início, meio e fim… e chegou o fim da Toca dos Efeitos… pelo menos do site, já que o grupo do Facebook seguirá ativo…

… sim, passei muito desse tempo todo tentando achar um jeito de fugir dessa decisão… tentei de toda forma me organizar para ter tempo pra tudo, e no final não estava tendo tempo pra nada… e o mais importante: pensei em fazer da Toca um replicador de links, mas foi aí que ví que não tinha outra decisão a tomar, que não anunciar o fim do site… por que? Simples: o diferencial da Toca dos Efeitos sempre foi o material exclusivo... reviews feitos por colaboradores, matérias a partir de perspectivas que nada tinham a ver com o mercado, e, mesmo quando era replicado um material externo, tinha uma história por trás disso, ou seja, foi isso que sempre marcou a Toca, a originalidade… e se não será mais possível seguir dessa maneira, prefiro parar por aqui…

… é claro que nesses 6 meses algumas coisas ficaram pra trás… muitos dos projetos anunciados no início do ano foram cancelados, outras idéias nem chegaram a ser anunciadas, mas foram desenvolvidas e estavam em fase final… se os amigos querem saber: 2013 era para ser o ano da maioridade da Toca dos Efeitos…

… felizmente, dentro de tantas coisas que acabaram ficando pra trás, quase todas foram remediadas… quase todas… uma delas não foi e, por isso, preciso fazer meu pedido de desculpas publicamente: o pessoal da Stomp, que foi muito bacana conosco, nos enviou 4 pedais da linha para testes e produção de material para review… e isso se deu quando? Nesse período pós-abril… levamos muito tempo para conseguir testar os pedais… eu, pessoalmente, levei muito para gravar o vídeo e os samples… e até hoje não conseguimos postar o review… por essa razão, publicamente, peço desculpas ao pessoal da Stomp por ainda não termos cumprido com a nossa promessa…

… mas, como disse, “ainda não termos cumprido”… sim, iremos cumprir com essa e outras promessas, até o final do ano… até o final do ano será publicado o review da Stomp, o review dos pedais que já tinham tido material multimídia gravado e, por fim, o último capítulo da série Eu, eu mesmo e Irene, mostrando como terminará meu pedalboard (acreditem, ainda não terminei de montar, mas está quase lá… hehehe)…

… portanto, peço que os amigos voltem a contar com a Toca até o final do ano, já sabendo que tudo que começa, um dia tem de terminar, e que a Toca está na reta final… faz parte…

Abraços e até a próxima…

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Stomp Audio Labs: você vai ver e ouvir muito essa marca…

11 de abr. de 2013 |

Com a proximidade do aniversário da Toca dos Efeitos, nada mais marcante no DNA do site que falar de novas marcas, especialmente brazucas…

… e melhor ainda quando a marca em questão já começa num padrão diferenciado… quando a Toca começou, tudo era meio novo… as marcas estavam construindo algum padrão, aprendendo “a fazer”… mas lá se vão muitos anos… algumas aprenderam… algumas parecem ter aprendido em como não aprender… mas o mais importante é que quem começa hoje tem como aprender com a história das marcas mais antigas, e se tem uma coisa que de cara dá para dizer é que a Stomp Audio Labs começou tendo estudado bem essa história, com o intuito de se colocar num outro patamar… que bom, pois precisamos cada vez mais desse tipo de “presunção”… hehehe

… a entrevista foi capitaneada pelo nosso entrevistador oficial, meu caro amigo Vino Ferrari… portanto, todo o mérito da condução da entrevista é dele…

… depois da entrevista, curtam o pessoal na página do Facebook em http://www.facebook.com/stompaudio, e guardem o endereço do site http://www.stompaudio.com.br, que já já estará no ar…  ;]

… e, de resto, vamos ao que interessa…  ;]

 

# 1 – Em primeiro lugar, muito obrigado pela atenção e sejam bem vindos à Toca dos Efeitos, Stomp Audio Labs . Gostaria de reservar essa primeira pergunta para a apresentação da empresa e dos seus sócios. Como começaram na vida musical? Além de fabricantes de pedais, vocês são músicos, certo? Conte-nos a sua história.

Sim, Certíssimo! A Stomp na verdade é o Pedro e o JP. Nós nos conhecemos há alguns anos na faculdade de engenharia elétrica da UFMG. Ficamos amigos, formamos uma banda e começamos a Stomp. Nós dois ainda estudamos engenharia, somos guitarristas há um bom tempo, e sempre tivemos muito interesse em equipamentos em geral.

Primeira RodadaO Pedro já tinha feito vários pedais por diversão, inclusive uma produção em série de uma loucura que ele aprontou na Califórnia: Miniaturizar um rack de chorus da Roland, o Dimension D, colocar em um pedal de guitarra e vender pra uns estúdios. Funcionou até demais.

JP sempre foi metido a designer, já estava aprendendo também a fazer alguns pedais, e tinha alguns trabalhos legais de serigrafia e outras artes gráficas. Tem uns stickers dele colados pelo mundo afora.

Agora, a Stomp começou mesmo quando nos conhecemos na UFMG. Na época, ainda tinha mais dois amigos nossos: o Cido, guitarrista da banda Lúmen, e o Felipe, que já até vendia pedais de guitarra handmade, com a marca ‘Strange Effects’. Eles participaram muito das fases iniciais de prototipagem e criação de conceitos.

O Cido sempre foi uma ótima referência de timbre, e nos ajudou com uma visão bem prática, ideias de palco mesmo, do que importa e faz diferença pra um guitarrista na estrada. O Felipe é meio que o nosso Guru, ele é o baterista da nossa banda e sempre nos ajudou muito com tudo, desde detalhes de construção a ideias de circuitos. Eles não continuaram na empresa, mas são muito importantes pra gente.

Por essas coincidências todas, nós sempre conversamos muito sobre fazer uns pedais juntos. Começamos a estruturar isso aos poucos, procurando um nome, conversando sobre visual, conversando sobre construção e algumas outras ideias. Um dia a gente apareceu com o nome Stomp Audio e uma simulação gráfica do visual de alguns pedais, e a partir daí as coisas começaram a acontecer muito rápido.

# 2 – Como surgiu o interesse em fabricar pedais? Partiu de uma necessidade que vocês tiveram em não encontrar no mercado o que procuravam, ou apenas curiosidade?

Engraçado. Você conseguiu juntar todos os principais motivos na pergunta: Uma Necessidade, uma coisa que não encontramos no mercado e muita curiosidade.

A gente sempre brincava sobre o tanto que o mercado brasileiro era cara de pau na clonagem, era um ou outro pedal realmente original dentre um mar de pedais “baseados no pedal x”, e a maioria ainda com acabamentos em adesivo, placas caseiras e switches de brinquedo. E os pedais gringos, que a gente realmente curte chegam aqui a preços muito inflacionados, é absurdo.

Mas o kickstart mesmo foi a necessidade! Um dia a gente viu que tinha muito espaço na pedalboard, e tinham alguns pedais que a gente gostava e queria muito, mas eram impossíveis de conseguir, ou porque eram muito caros, ou porque não existem mais, ou porque nunca existiram. Daí, nós resolvemos nos juntar e gastar um tempo pra fazer uns pedais pra nós mesmos, pra dar um upgrade no nosso próprio set, e de quebra testar algumas dessas ideias todas que a gente tinha sobre como as coisas deveriam ser.

# 3 – E para chegar até a Stomp Audio Labs, como foi o caminho e em que momento decidiram que isso viraria um negócio?

Audio Bullets OverdrivesFoi uma coisa bem natural. Começamos fazendo esses pedais pra nós mesmos e para alguns amigos, pra tirar o som que a gente queria, do jeito que a gente queria, com o visual e o acabamento que a gente curtia, mas de um jeito mais simples mesmo. Tudo que deu pra fazer bem feito à mão, a gente fez. Pra você ter uma ideia, nós usamos placas de circuito próprias, que projetamos e encomendamos do exterior, mas queimamos as pinturas desses primeiros protótipos no forninho de pão de queijo da vó do Pedro.

Quando os pedais ficaram prontos, nós começamos a tocar com eles, começamos a mostrar pros nossos amigos, e todo mundo ficou muito impressionado com o resultado. Daí, você sabe como é músico. Você mostra pra um que comenta com outro que fala com mais alguém, e por aí vai. Como a gente já tinha essa ideia de evoluir essa brincadeira pra uma empresa, foi mais uma questão de repensar, projetar e organizar melhor a próxima rodada pra fazer tudo de um jeito realmente profissional.

# 4 – De onde partiram para o desenvolvimento da linha? Fizeram algum tipo de pesquisa de mercado e a partir dela criaram a linha? Ou partiram do interesse pessoal dos sócios em determinados efeitos, ou mesmo de um apanhado geral do tipo “o que todo guitarrista precisa em sua board”?

Bom, dos dois. Nós seguimos bastante os nossos interesses no timbre de cada pedal, mas fizemos uma pesquisa de mercado também. Decidimos começar com os quatro efeitos que são os mais essenciais, mas fizemos alguma coisa especial em cada um deles, pra introduzir o nosso conceito e estilo, e também para ver no mundo real como vai ser a aceitação do mercado. Mas se você olhar os nossos protótipos, já tem algumas das nossas ideias mais diferentes e inovadoras, tanto de design quanto de circuitos e projetos, e nós vamos começar a introduzir isso tudo aos poucos.

# 5 – Os projetos de vocês são próprios ou cópias de pedais famosos? Como se deu o desenvolvimento de cada um deles? Quais pedais compõem o atual catálogo de vendas?

Os pedais da nossa primeira linha são o Cash, o Mr. Brown, o Mother of Fuzz e o Juice. Esses pedais foram desenvolvidos por nós dois, cada um de um jeito um pouco diferente.

Componentes do FuzzQuando começamos a idealizar o Cash, montamos protótipos (clones mesmo) de 12 overdrives diferentes que gostamos bastante no mercado, uns muito conhecidos, outros nem tanto, e fomos analisando cada circuito e testando cada pedal em diferentes cenários. Daí, a gente trabalhou um pouco mais nos nossos preferidos e montamos um protótipo intermediário, o Bullet. Depois, projetamos o nosso Overdrive definitivo, pegando como inspiração o que mais gostamos das outras fases, mas ainda testando várias ideias diferentes, sempre com uma guitarra na mão. O resultado foi um overdrive muito dinâmico, com um timbre lindo e um tone que responde de verdade, bastante diferente do que se vê no mercado atualmente (um mar de clones de Tube Screamer).

O processo do Mr. Brown foi praticamente o mesmo: Montamos uma rodada inicial de protótipos. Depois, trabalhamos um pouco mais nos que mais gostamos e isso gerou um protótipo intermediário, o Elephant Gun. Depois, projetamos o nosso pedal definitivo e passamos alguns meses mexendo com o circuito em uma protoboard, ligada em um amplificador, experimentando alguns detalhes finais no ouvido, até chegar exatamente onde a gente queria.

O Booster e o Mother of Fuzz foram mais diretos. Eles são circuitos muito conhecidos e simples, muito direto ao ponto, então não tem tanto segredo, foi mais uma questão de escolher as características finais e os componentes principais dos pedais e implementar isso nos circuitos.

Nós chamamos os outros pedais que a gente fez de B-Sides. Eles são o nosso laboratório, a gente brinca muito mesmo nesses pedais, tanto no circuito quanto no acabamento e no design.

Os primeiros desses foram aqueles pedais que fizemos para nós mesmos, lá no começo, então resolvemos esbanjar e construir alguns efeitos que sempre sonhamos, mas que eram inacessíveis.

A gente é muito fã de Fuzz. Dentre os 12 pedais que fizemos no começo, foram 5 fuzzes diferentes. O Mark III, por exemplo, é um clone levemente modificado de um Maestro Brassmaster, um fuzz para baixo da década de 70 que é extremamente raro atualmente.

Alguns outros foram os protótipos que deram mais certo dos nossos pedais de produção (tipo o Bullet e o Elephant Gun). E outros foram pedais que fizemos simplesmente para testar algum conceito novo, como o Waves, um tremolo cheio de funções legais e diferentes, que foi o primeiro pedal completamente desenvolvido pela Stomp.

# 6 – A empresa é totalmente nova. Vocês acabaram de lançar a marca numa workshop em um estúdio de Belo Horizonte, certo? Uma ideia muito interessante e totalmente inovadora. Como foi, para vocês, o workshop? Como o pessoal recebeu a marca?

Guerrilla Audio FuzzesPara nós foi fantástico! Todos gostaram muito dos pedais e foi uma coisa bastante interessante, bem pessoal. Nós pretendemos continuar fazendo as coisas desse jeito, de um jeito mais pessoal mesmo. O workshop foi uma ideia que a gente sempre teve, de dar uma atenção às pessoas, de deixar todo mundo experimentar com as próprias mãos e dar sua opinião sobre os nossos pedais, pra gente poder continuar evoluindo junto com os nossos clientes.

# 7 – A Stomp Audio Labs visa algum nicho específico de guitarristas/estilos musicais com os seus efeitos? Qual a proposta e o diferencial da marca no mercado?

Não visamos um nicho específico e não queremos deixar nada definido quanto a isso. O nosso público alvo é todo mundo que curtir as coisas que a gente faz. No fundo, é só isso. Um bom pedal de guitarra não depende do estilo de música preferido de quem usa, nem da experiência, ele tem que ser bom no que ele faz. Se o timbre e as características dele são adequadas para o estilo da pessoa ou não, aí é outra história completamente diferente.

É disso que a gente gosta: Pedais que são muito bons no que eles fazem. Não importa se pra isso eles tenham que ter controle digital, se os diodos têm que ser de germânio ou de silício, se vai ser o chip lendário antigão ou um chip que acabou de ser lançado no mercado, a gente sempre vai fazer o que for melhor pra usar, não o que for mais conveniente pra projetar e fabricar.

O que a gente quer, no fundo, é ajudar a mudar o mercado brasileiro. É mostrar pras pessoas que dá pra fazer pedal de guitarra no Brasil com a mesma, se não maior qualidade de som, acabamento e construção que os melhores pedais do mundo, e sem cobrar mais caro que esses fabricantes. Afinal de contas, são os mesmos componentes e acabamentos! Foi pra isso que nós aprendemos a usar tinta eletrostática, corremos atrás dos fornecedores dos melhores componentes de vários cantos do mundo, projetamos circuitos realmente novos e desenvolvemos um design realmente interessante para cada um dos nossos pedais.

# 8 – Semana passada, pela mais pura coincidência, acabei testando muito rapidamente o Mr. Brown. Pude conferir ele aberto e tocar um pouco. Não são poucos os detalhes que chamam a atenção, desde o acabamento que chega a parecer um pedal de boutique gringo de centenas de dólares até o capricho na placa utilizada. Como se deu esse desenvolvimento gráfico? Vocês diriam que um dos grandes diferenciais da marca é o layout dos pedais?

CashSim, com certeza! Nós mesmos desenvolvemos o layout dos pedais e sempre gastamos muito tempo com isso, tanto no design, construção e acabamento da caixinha, quanto nas placas de circuito.

E é engraçado você comentar dos pedais gringos, porque é exatamente isso que a gente quer mostrar. Os nossos pedais “chegam a parecer um pedal de boutique gringo de centenas de dólares” porque eles são construídos com o mesmo desenvolvimento, os mesmos processos, os mesmos materiais e os mesmos componentes eletrônicos e mecânicos (que nós passamos grande parte do ano passado importando, por exemplo). Se nossos clientes também pagam centenas de reais pelos nossos pedais, não é isso que a gente deveria oferecer?

# 9 – Alguma parte do acabamento, placas, montagem, é terceirizado?

Placa do FuzzSó as placas de circuito. Desde cedo decidimos que só vamos abrir mão de um processo artesanal se for para melhorar a qualidade do nosso produto, então a única parte terceirizada nos nossos pedais é a fabricação das placas de circuito impresso. Isso é um processo que, na nossa opinião, tem que ser industrial pra que se chegue a um nível de qualidade bom, que você mesmo viu em pessoa. Não tem nem onde mandar fazer um trabalho desse nível no Brasil, então tivemos que mandar fabricar as placas no exterior. A gente até usa ponto a ponto e placas queimadas com ácido na prototipagem, mas não dá pra levar isso a sério pra um produto final.

Fora isso, todos os outros processos, desde a perfuração das caixinhas até  a serigrafia do acabamento final da pintura é feito por nós mesmos, para garantir os acabamentos certinhos que você mesmo notou.

# 10 – Existe o interesse de vocês no mercado internacional? Algum contato já foi inciado?

Ainda não iniciamos esse contato, mas temos interesse sim, principalmente para as nossas ideias menos ortodoxas. O mercado internacional já está saturado com os pedais que lançamos até agora, drives, fuzzes, boosters e distorções de qualidade. Mas fora desse universo, ainda há muito espaço, principalmente lá fora. O mercado brasileiro ainda é conservador de certa forma, e o cenário internacional tem muitas características interessantes, principalmente na quantidade de bandas e músicos que usam pedais mais elaborados e diferentes, que também são mais interessantes de se desenvolver.

#11 – Pela fã page no Facebook podemos ver que existem vários pedais ainda em desenvolvimento. Podem nos contar quais os próximos lançamentos da marca?

PrototipagemBom, podemos adiantar que o Waves, da capa da nossa página do Facebook, é um dos próximos. Ele é o primeiro pedal que nós projetamos do zero. É um tremolo de sinal totalmente analógico, mas com tap tempo, duty cycle, divisão de tempo, 3 formas de onda diferentes, um killswitch e mais algumas coisas interessantes. Agora, imagine todas essas opções legais de controle digital, mas em um delay analógico?

#12 – Amigos da Stomp Audio Labs, muito obrigado pela atenção e disponibilidade. Desejamos sorte e sucesso e deixamos o espaço aberto para um recado aos leitores da Toca dos Efeitos e para informá-los dos links da empresa e das formas de contato. Grande abraço.

Antes de mais nada, muito obrigado a você, Vino, e aos outros moderadores da Toca, pelo interesse, pelo entusiasmo, apoio e empenho. O grupo e o site estão muito bem cuidados!

Aos leitores, amigos e colegas da Toca: Sejam mais autênticos, sejam originais! De verdade, em todos os sentidos. Se todo mundo procurar fazer as coisas parecidas com o que alguém faz, ninguém vai pra frente. Então, não hesitem em tocar do SEU jeito, façam as SUAS músicas, procurem encontrar o SEU timbre! E gastem tempo com isso! Não existe uma solução universal, não existe melhor e pior nem certo e errado, existe o que VOCÊ gosta e o que você não gosta. E o único jeito de descobrir o que você gosta é experimentando!

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DICA DA SEMANA

8 de abr. de 2013 |

O DICA DA SEMANA dessa semana não é exatamente uma dica, muito embora apresentará 3 equipamentos top de linha... na verdade a partir desses equipamentos esse DICA DA SEMANA propõe uma reflexão acerca de um tipo de ferramenta cada vez mais usada no mainstream live, e que há muito tempo é usado em estúdios mundo a fora, que são o simuladores de caixas...

... esse equipamento, a meu juízo, tem menos debate que os prés e simuladores que existem no mercado, mas são tão ou mais importantes nessa categoria de "simuladores de seja lá o que for"...

... eu sempre deixei claro que gosto de equipamentos digitais... não tenho preconceito algum quanto a eles... mas se pensarmos na estrutura que envolve a simulação de um amplificador, não podemos nos furtar do seguinte: numa pedaleira é possível escolher o pré, a caixa, o microfone e muitas vezes a posição do microfone... em pedaleiras ou racks mais simples, pelo menos o pré e a caixa será possível escolher... em equipamentos mais modernos, será possível montar uma caixa, escolhendo desde o falante até o fato dela ter ou não a traseira fechada, e quem sabe mesmo criar um falante com uma resposta que lhe agrade mais... em tese, isso tudo é lindo, mas será que funciona bem?...

... eu já gravei muitas vezes com simuladores... e não falo de gravações caseiras, mas sim gravações profissionais... e nos testes feitos em estúdio, muitas vezes identifiquei que o calcanhar de aquiles do simulador era ou a simulação da caixa, ou a simulação do microfone, tanto que bastava colocar o pré no loop de um amp., para usar a caixa dele, captando o som por um SM57, por exemplo, que descobria-se que sim, o pré era muito bom... lembro até hoje da primeira vez que fiz esse teste, quando pluguei um rack POD PRO, usando a simulação de Soldano, no loop de um Marshall VS8080... que baita timbre, senhores, baita timbre... mexendo e mexendo nas caixas e microfones do rack nunca consegui timbre sequer 100km próximo da resposta que conseguia ligando no VS8080 (para quem não conhece, o VS8080 é um combo de 1x12 - o que eu usava era inglês e tinha falante Celestion de fábrica - híbrido, ou seja, pré-valvulado - que não era usado - e power transistorizado, portanto um amp. bastante simples, mas muito bom, diga-se de passagem)...

... saindo do universo de estúdio, não consigo lembrar quantas vezes pensei quão útil e mais fácil seria minha vida se eu simplesmente usasse um pré para o pedalboard e um bom simulador de falantes... pensei nisso muitas vezes, até o dia que pude fazer esse teste, usando como pré o canal limpo de um V-Twin e o rack PDI-03, da Palmer, quase uma unanimidade entre músicos e engenheiros de som, como simulador de caixa... e o teste comprovou o que eu pensava: minha vida seria muito mais fácil, salvo pelo fato que esse rack da Palmer não é barato... para se ter uma ideia, passando pelo eBay encontrei um por 680,00 dólares... agora imagina o preço no Brasil? hehehe

... fato é que há muita praticidade no uso desse equipamento, mas em situações bem específicas... decididamente não é um equipamento fundamental para tocar em casa...

... seja como for, como disse no início, esse DICA DA SEMANA traz mais uma reflexão e menos uma dica de produto, como é o usual, muito embora abaixo virão 2 vídeos que mostram 3 equipamentos diferentes, e que foram, na verdade, o que motivaram eu optar por essa temática no DICA DA SEMANA de hoje...

... no primeiro vídeo o Pete Thorn, que tem um canal no Youtube excelente, e que toca uma barbaridade, mostra o Torpedo CAB, da Two Notes, em formato de pedal, pois a marca possui, claro, a versão em rack... recomendo observarem que por software é possível simular até mesmo a resposta de um power amp...

... no segundo vídeo os caras da Andertons mostram 2 racks da Palmer, entre eles o PDI-03, e procuram compará-los com uma caixa real... também um baita vídeo, que na minha opinião merece muito destaque pelo som do amp. usado no teste... a criança tem um timbre matador... hehehe

... de resto, amigos, mais uma vez agradeço pelo prestígio... reforço o convite para curtirem nossa página e participarem do grupo da Toca dos Efeitos no Facebook...

Abraços e até a próxima...



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Pedais & Efeitos, site de louco como todos nós...

3 de abr. de 2013 |

Meus amigos, vai acontecer, no dia 5 de abril, portanto nesta sexta-feira, em Recife-PE, o Pedais & Efeitos Experience... é até difícil explicar a grandiosidade deste evento... diversas marcas se farão presentes, centenas de pedais estarão disponíveis para serem conhecidos, enfim, será, provavelmente, o maior evento voltado para pedais e efeitos do Brasil...

... e essa loucura começou com o Leonardo Ximenes, idealizador do site Pedais & Efeitos, que a Toca dos Efeitos mais que recomenda... quem não conhece, o que deve ser meia dúzia de perdidos por aí, tem de conhecer no endereço www.pedaiseefeitos.com... 

... e para reforçar a importância deste grande evento, convido os amigos a conhecerem um pouco mais do Leonardo, na entrevista que segue abaixo, feita e cedida pelo Jean Claudio Sousa Santos, em contato com o Vino Ferrari... desde já agradeço o Jean pela gentileza e o grande Ximenes pela iniciativa...

... de resto, sem mais delongas, vamos à entrevista...  ;]





Hoje vamos entrevistar o colecionador de pedais Leonardo Ximenes, idealizador/dono do site www.pedaiseefeitos.com, antes de tudo, Leo é um apaixonado pela boa música, um atento olheiro aos lançamentos do mercado mundial e um visionário no fomento de projetos inovadores no Brasil no mundo dos pedais de efeitos.

Por: Jean Claudio Sousa Santos

01 – Leo, quando surgiu o teu interesse por pedais de efeitos? E como aconteceu desse interesse migrar para a vontade de colecionar pedais?

Comecei buscando ferramentas que atendessem ao som que eu fazia quando comecei a tocar. E quanto mais você busca e pesquisa, mais coisas legais aparecem. E aí você vai adicionando um timbre aqui, uma textura diferente acolá, e quando olha...

Óbvio que errei bastante no começo. Passei por pedaleiras digitais com todos aqueles recursos e efeitos. Lembro-me de um momento que me marcou, fui realizar uma apresentação com minha banda na concha acústica na Universidade Federal de Pernambuco, bom público, boa expectativa e lá estava eu com minha Zoom 4040, toda programada para o repertório da banda, eis que no meio da segunda música acontece uma queda de energia! Imagina o que
aconteceu? A miserável se desprogramou toda! Pânico no meio do show! Nesse dia decidi adotar os pedais.

02 – A sua coleção é objetiva, isto é, segue um padrão, ou é só um ajuntamento?

O Padrão é a minha preferência. Isso acaba se refletindo em Overdrives, Distortions e Fuzzes na sua maioria. Procuro pesquisar bastante e encontrar oportunidades legais de compra. Não existe uma homogeneidade na minha coleção. Não existe isso de ter tudo de um determinado fabricante ou efeito. Tem de tudo um pouco. Just for fun.

03 – Qual critério você utiliza hoje na escolha de um pedal novo?

Tem que ter um bom timbre e um bom acabamento. Com a tecnologia e recursos que dispomos hoje, não justifica um pedal ser fabricado de qualquer jeito. Dificilmente um fabricante que se preocupou com a construção e estética do seu pedal vacila com relação à busca dos componentes mais interessantes para o seu produto. Esse tipo de fabricante entende que o visual complementa e transmite ao consumidor o excelente produto que ele está disponibilizando ao mercado...

Isso não é uma regra absoluta, mas funciona várias vezes.

04 – Qual é o pedal mais raro que você tem? Qual o pedal que geralmente ninguém dá nada que te surpreendeu? E qual um muito famoso que te decepcionou? Você poderia citar alguns pedais que você tem não pelo som, mas por ser colecionável?

O mais raro sem dúvida é um Boss CE-1 de 1978. Se você torceu o nariz porque não gosta de Chorus, ele tem um vibrato...


Acho que hoje em dia não tem mais esse pedal ou fabricante que “ninguém dá nada”. O pessoal tem buscado informação e pesquisado bastante. Se é pra citar apenas um pedal, um que ainda não tem o devido reconhecimento é o Yellow Cab da Favoretti’s. É um PUTA overdrive, que encara de frente qualquer overdrive gringo e não faz feio. A Favoretti’s passou um tempo parada mas está voltando com tudo aí...

Eu não sou de comprar baseado em hypes e modismos não. Quando eu compro um pedal eu já sei o que esperar mais ou menos dele e creio que ele pode acrescentar algo ao que já tenho. Óbvio que quando você está num processo de aprendizado e experiência, comete alguns erros. Um pedal que muita gente idolatra mas não faz a minha cabeça é o OCD da Fulltone. O The Elements da Dr. Scientist também deixou um pouco a desejar. Não é um pedal ruim de forma alguma. Mas como a expectativa estava alta...

Acho que o único pedal que eu não comprei pelo som e sim pra coleção foi um do Bruce Bennett, que não está mais no mercado. É um Fuzz com Octave!

05 – Você já teve algum interesse em aprender a montar/construir pedais?

Não tenho o menor talento/capacidade para isso! É melhor deixar para os profissionais!

06 – Qual o efeito que você mais gosta e por quê? Imaginando um cenário apocalíptico e um board pequeno (risos), se fosse para ter somente cinco pedais quais seriam?

Gosto muito de Fuzz. Acho imbatíveis os timbres e dinâmicas que um bom pedal de Fuzz podem proporcionar!

MXR Custom Áudio Electronics Wah > BOG Deep Trip > Voyager Walrus Audio > Rook Mojo Hand FX > Hummingbirg Earthquaker Devices > Analog Delay GF Pedals.

O Wah fica fora do board... rs

07 – Para você o que uma marca precisa ter para conquistar sucesso no mundo dos pedais? Você poderia citar alguns nomes de empresas nacionais e internacionais que você mais gosta?

Eu deveria cobrar para os fabricantes que estão lendo isso, né? rs.

Primeiro cada um vai ter que definir o que
é “sucesso”. E a partir daí definir os recursos que vai disponibilizar para chegar lá. Uma coisa que parece óbvia, mas que muita gente não entende: Divulgar é preciso! Você precisa conhecer o seu público e utilizar ferramentas para se comunicar com ele! Hoje em dia estar presente(e atuante!!!) nas redes sociais é imprescindível. Disponibilizar contatos para que as pessoas entrem em contato com você é necessário! Parece incrível tocar nesse ponto, mas existem fabricantes por aí que não disponibilizam nem um email válido para que os potenciais clientes entrem em contato! Vai vender como meu querido??

Sites como a Toca dos Efeitos são uma ótima forma de se comunicar com um público especializado e interessado, que costuma buscar novidades. Porque não utilizar essas ferramentas para ajudar na divulgação da sua marca? E tem também o Pedais & Efeitos, hein? =)

Citar meus fabricantes preferidos certamente vai me fazer cometer alguma injustiça. Mas no Brasil: Deep Trip, Ed’s Mod Shop, Favoretti’s e GF Guitar Pedals.

Lá fora Electro-Harmonix, Dunlop, Basic Audio, Mojo Hand, HAO, Walrus Audio e Earthquaker Devices pra não me estender muito.

08 – Para quem está começando a tocar e planeja a compra dos seus primeiros pedais o que você recomendaria para essa galera?

Pesquise. Não engula fórmulas e opiniões pré-estabelecidas. Não existem “gurus” ou alguém que domine absolutamente tudo sobre o tema. Procure definir os sons que te agradam e pesquise a partir disso. E procure filtrar as informações. Tem muita gente boa opinando por aí, mas também tem muito lixo. A Toca dos Efeitos é há bastante tempo um espaço bacana para isso. O Pedais & Efeitos também tem procurado ser.

09 – A pergunta que não quer calar! Quantos pedais você possui atualmente? Ou isso continuará a ser um grande mistério da humanidade?

Minha esposa pode ler a qualquer momento essa entrevista, então eu não falo nem sob tortura! Mas acredite, conheço gente que tem muito mais pedais do que eu!!

10 – Já li sobre o interesse de fazerem aqui no Brasil um museu de guitarra, mas nunca sobre pedais, você já imaginou isso no Brasil?

Não acho que tenhamos um amadurecimento cultural/comercial para esse tipo de iniciativa. Mas seria bem legal!

11 – A Proguitarshop lançou atualmente uma tecnologia que promete balançar o mundo dos aficionados por pedais o Demo It Live que dispõe uma biblioteca de pedais de efeitos através do computador/tablet ou celular ao qual o usuário terá a possibilidade de ouvir o pedal que deseja comprar no seu próprio amplificador através de um cabo entre o dispositivo e o amplificador com a finalidade do cliente saber exatamente como este pedal irá soar no seu amp e não ficar sujeito a surpresas, enfim, você acha que isso vai pegar?

Sinceramente não sei. Guitarrista normalmente é um bicho bem conservador. Mas esse treco deve ser bem divertido!

12 – Talvez existam alguns pernambucanos desatentos com o evento Pedais e Efeitos Experience, você poderia nos falar deste evento? Qual a data, local e o formato que será o evento?
O Pedais & Efeitos Experience é um evento que visa difundir a informação e o conhecimento. Como respondi numa outra questão, é preciso pesquisar e buscar informações para encontrarmos o som que procuramos. Só que muitas vezes não é fácil ter um contato direto com esses equipamentos, quando se tratam dos chamados “Pedais de Boutique”. O Evento é justamente para tentar encurtar essa distância entre consumidores e fabricantes. Temos 18 fabricantes confirmados, de todas as partes do Mundo(EUA, Argentina, Tailândia, Espanha e claro, do Brasil) que normalmente não estão disponíveis para serem testados “in loco”pelo público. Então eu acredito que vai ser uma oportunidade bem bacana de conhecer muita coisa boa!

O Evento será dividido em três partes:

No primeiro momento os equipamentos serão demonstrados pelo compositor, guitarrista e violonista pernambucano Fred Andrade.

Em seguida, os participantes do evento poderão interagir com os fabricantes que estarão presentes para tirar dúvidas e perguntar sobre equipamentos, construção, mercado, timbres, etc...

Por último, os pedais e amplificadores ficarão a disposição para serem testados pelo público.

O Evento acontece no dia 5 de Abril, no Conservatório Pernambucano de Música, em Recife-PE. Das 18 às 21h.

13 – Leo, obrigado pelo seu tempo, agora o espaço é seu, nos conte dos seus projetos para o futuro? Promoções que virão no pedaiseefeitos?

Eu é que agradeço por esse espaço. O Pedais & Efeitos vai passar por uma grande reformulação nos próximos dias. Teremos colunistas, reviews, enfim, mais conteúdo no site! Sonho em levar o Pedais & Efeitos Experience para outras cidades, será que acontece? Temos uma promoção acontecendo agora na nossa fanpage no Facebook (www.facebook.com/PedaiseEfeitos) e outras mais vem por aí! Teremos GF Pedals, Zvex, MBS Efectos... Fiquem ligados!

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DICA DA SEMANA

1 de abr. de 2013 |

O DICA DA SEMANA dessa semana traz um vídeo meu, feito justamente para mostrar o funcionamento de uma ferramenta lançada pela ProGuitarShop, chamada DEMO IT LIVE...

... o DEMO IT LIVE possui um conceito muito simples: com apenas um cabo é possível ligar seu computador/notebook/tablet/celular ao seu amplificador e, dessa forma, ouvir diretamente nele o som de diversos pedais disponibilizados pela ProGuitarShop... é basicamente isso, sem tirar nem por...

... como tenho andado muito ocupado, apenas na Sexta-Feira Santa abri o email da ProGuitarShop que referia sobre essa nova ferramenta... e tão logo entendi o esquema, fiz meus testes, que foram tão bons, que resolví gravar um vídeo mostrando aos amigos como a bagaça funciona e que opções ela tem...

... portanto, sem mais delongas, segue abaixo o vídeo demonstração do DEMO IT LIVE... ;]

Abraços...


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