Sempre que vou começar a escrever um review, penso em como introduzir o pedal, o que falar dele, antes de passar à análise em si do som e das nuances que ele pode produzir. Em relação ao OD-3, acho que o mais apropriado é o óbvio: trata-se do overdrive mais subestimado do mercado, sem dúvida alguma...
... eu o vejo, assim como o BD-2, como refém do SD-1, já que é o overdrive da BOSS mais testado, comprado, usado, falado e etc.... por conta disso, os outros dois, OD-3 e BD-2, acabam ficando um pouco à margem, o que é, realmente, uma pena, pois, considerando-se as características dos 3 pedais, temos em cada um elementos totalmente distintos, específicos para sonoridades muito diferentes...
... segundo o que se depreende do site da BOSS tupiniquim (http://www.pedaleira.com.br/produto.php?prod_id=18), o OD-3 possui um circuito de estágio duplo, que produz um som mais encorpado e um ótimo sustain. Além disso, permite uma grande variedade de timbres de overdrive, tendo uma ótima resposta à pegada, à dinâmica do guitarrista...
... se isso é balela? Não, o que é pior... o OD-3 efetivamente é um pedal que impressiona... e no meu caso, como com a maioria, pelo efetivo desconhecimento do pedal. Eu, como muitos, optei pelo SD-1 sem antes testar melhor o OD-3. Se me arrependo depois desse teste? Não, pois pro meu som o SD-1 responde melhor, mas, de qualquer forma, fica sempre a lição que, ainda que não se trate de um pedal badalado, pode se encontrar ótimos recursos, o que de fato aconteceu... e olha que eu sou muito adepto dessa lição, já que testo de tudo, mas eventualmente posso “me passar”... hehehehe...
... enfim, o OD-3 é o drive mais ardido da BOSS. Diferentemente do graaaannnnde legado deixado pelo Tube Screamer, e copiado por praticamente todos os overdrive´s mais badalados, esse pedal vai por uma via diferente, e muito interessante... em primeiro lugar, não é aturdido de médios... por conta disso, o timbre é menos macio, mais ardido, como mencionei antes, e mais transparente que a média...
... ele é um ótimo boost clean... mesmo no meu pequeno Staner Kute25, o som saía estalado, com excelente presença e brilho... confesso que toquei por muito tempo com esse tipo de regulagem, com pouquíssimo ganho, antes de procurar outras sonoridades no pedal... o timbre é realmente muito bom e a dinâmica, referida com certo destaque nas descrições da BOSS, aparece de forma muito destacada...
... o primeiro momento que percebi isso foi quando troquei a captação com essa regulagem mais “clean”... inicialmente, eu estava usando o humbucker da ponte (EMG-81), tocando coisas como Stones e Beatles... de repente, quando passei para o single do meio (EMG-SA), quanta diferença... de cara toquei alguma coisa do tipo “blues texano”, com um crunch bem rasgado... os solos, apesar do pouco drive, tinham excelente presença e um sustain muito satisfatório... como disse, sem brincadeiras, fiquei tocando praticamente 2hs na mesma regulagem, de tão encantado que eu estava com o som do OD-3...
... de repente, ao olhar no relógio, e ver que eu tinha pouco mais de 1h para tocar e gravar o sample e o vídeo, resolvi ser mais prático e procurar sonoridades diferentes... de fato, conhecer melhor o pedal... a primeira coisa que fiz foi conhecer melhor a ação do TONE do pedal...
... repetindo o que já tinha dito, o pedal é mais ardido, pouco macio, e portanto puxa facilmente para as freqüências médio-agudas... com o TONE na região das 9hs, é possível conseguir um timbre mais macio (nem tanto quanto a grande família “Tube Screamer”), mas ao mesmo tempo bem brilhante... subindo disso, a partir da 12hs, o TONE começa a ficar bem médio-agudo e, trabalhando com determinados níveis de DRIVE, lembra muito algumas sonoridades a la Marshall... vejam bem, não estou querendo sugerir que seja um pedal com som de Marshall, mas que, sim, em determinadas regulagens pode lembrar muito bem famosos sons que esse amp. já produziu, como algumas coisas a la AC/DC, Kiss e, mais recentemente, The Darkness... por outro lado, e aí vai de gosto, acho que regulagens mais pesadas do TONE produzem um som muito estridente, agudo, o que não é muito a minha praia, mas, enfim, pode ser a de muita gente...
... o DRIVE, por sua vez, é bem sensível... pequenas mexidas mudam bastante desde o nível de ganho ao nível de compressão do timbre... ainda que o pedal se saia bem com níveis de ganho até 3hs, creio que esse pedal seja muito mais especial com o DRIVE até 12hs, quando muito, pois ele produz um clean boost muito bom, como já mencionei, e um dos crunch´s que mais me agradaram ultimamente...
... ainda, e não poderia deixar de mencionar, um dos pontos altos desse pedal é a resposta à dinâmica... isso é realmente muito bom no pedal. Desde a mudança na dinâmica, e mesmo na mudança da captação, é possível perceber que, em alguns casos, nem é preciso desligar o pedal para ter um timbre limpo e outro mais sujo... apenas com a intensidade da pegada pode-se conseguir isso...
... especialmente no sample que gravei, fica fácil perceber isso... em primeiro lugar, porque efetivamente procuro trabalhar bem a dinâmica do pedal em quase tudo que toquei... em segundo lugar, porque em cada regulagem eu ora toco com o humbucker da ponte (EMG-81), e ora toco com o single do meio (EMG-SA)... e, em cada caso, a diferença é bastante perceptível...
... aliás, e aqui apenas uma análise muito pessoal, apesar do OD-3 ter muito boa resposta em muitas situações, acho que o pedal se sai melhor com single-coil´s... infelizmente não tive oportunidade, pois o pedal ficou pouco tempo comigo, mas não tenho dúvidas que plugado numa Strato esse overdrive soa acima da média... com humbucker´s o OD-3 também soa muito bem, mas especialmente em regulagens mais fortes pode embolar um pouco, perdendo definição, por causa do excesso de médio-agudos, mas nunca, pelos testes que fiz, de forma que isso fosse um grande problema...
... no mais, o que posso oferecer é o sample e o vídeo para que todos possam tirar suas próprias conclusões e conhecer mais um pouco deste, reitero, subestimado pedal... em tempo, sugiro maior detimento ao sample, pois acho que o som do vídeo ficou um pouco distorcido (não pelo pedal, obviamente, mas sim pela proximidade da câmera ao amp.)... de qualquer forma, claro, não custa nada dar uma olhada no vídeo, pois não está ruim...
... para baixar o sample, basta acessar http://www.4shared.com/file/29281908/4249fec9/OVERDRIVE_BOSS_OD-3.html?dirPwdVerified=7a2db832. No arquivo constam as informações sobre a forma da gravação e o equipamento utilizado...
... ah, reitero que o pessoal que queira entrar no mailist da Toca dos Efeitos deve enviar um email para tocadosefeitos@yahoo.com.br. Entrando no mailist, será possível receber mensagens contendo notícias, novidades e as atualizações do site... não deixe de participar...
... mais uma vez tenho de agradecer ao Zé, da Vibe Guitars (http://www.vibeguitars.com.br/), que generosamente cedeu o OD-3, do seu portfólio de pedais usados à venda, para o review e para a produção do material multimídia do pedal...
... eu o vejo, assim como o BD-2, como refém do SD-1, já que é o overdrive da BOSS mais testado, comprado, usado, falado e etc.... por conta disso, os outros dois, OD-3 e BD-2, acabam ficando um pouco à margem, o que é, realmente, uma pena, pois, considerando-se as características dos 3 pedais, temos em cada um elementos totalmente distintos, específicos para sonoridades muito diferentes...
... segundo o que se depreende do site da BOSS tupiniquim (http://www.pedaleira.com.br/produto.php?prod_id=18), o OD-3 possui um circuito de estágio duplo, que produz um som mais encorpado e um ótimo sustain. Além disso, permite uma grande variedade de timbres de overdrive, tendo uma ótima resposta à pegada, à dinâmica do guitarrista...
... se isso é balela? Não, o que é pior... o OD-3 efetivamente é um pedal que impressiona... e no meu caso, como com a maioria, pelo efetivo desconhecimento do pedal. Eu, como muitos, optei pelo SD-1 sem antes testar melhor o OD-3. Se me arrependo depois desse teste? Não, pois pro meu som o SD-1 responde melhor, mas, de qualquer forma, fica sempre a lição que, ainda que não se trate de um pedal badalado, pode se encontrar ótimos recursos, o que de fato aconteceu... e olha que eu sou muito adepto dessa lição, já que testo de tudo, mas eventualmente posso “me passar”... hehehehe...
... enfim, o OD-3 é o drive mais ardido da BOSS. Diferentemente do graaaannnnde legado deixado pelo Tube Screamer, e copiado por praticamente todos os overdrive´s mais badalados, esse pedal vai por uma via diferente, e muito interessante... em primeiro lugar, não é aturdido de médios... por conta disso, o timbre é menos macio, mais ardido, como mencionei antes, e mais transparente que a média...
... ele é um ótimo boost clean... mesmo no meu pequeno Staner Kute25, o som saía estalado, com excelente presença e brilho... confesso que toquei por muito tempo com esse tipo de regulagem, com pouquíssimo ganho, antes de procurar outras sonoridades no pedal... o timbre é realmente muito bom e a dinâmica, referida com certo destaque nas descrições da BOSS, aparece de forma muito destacada...
... o primeiro momento que percebi isso foi quando troquei a captação com essa regulagem mais “clean”... inicialmente, eu estava usando o humbucker da ponte (EMG-81), tocando coisas como Stones e Beatles... de repente, quando passei para o single do meio (EMG-SA), quanta diferença... de cara toquei alguma coisa do tipo “blues texano”, com um crunch bem rasgado... os solos, apesar do pouco drive, tinham excelente presença e um sustain muito satisfatório... como disse, sem brincadeiras, fiquei tocando praticamente 2hs na mesma regulagem, de tão encantado que eu estava com o som do OD-3...
... de repente, ao olhar no relógio, e ver que eu tinha pouco mais de 1h para tocar e gravar o sample e o vídeo, resolvi ser mais prático e procurar sonoridades diferentes... de fato, conhecer melhor o pedal... a primeira coisa que fiz foi conhecer melhor a ação do TONE do pedal...
... repetindo o que já tinha dito, o pedal é mais ardido, pouco macio, e portanto puxa facilmente para as freqüências médio-agudas... com o TONE na região das 9hs, é possível conseguir um timbre mais macio (nem tanto quanto a grande família “Tube Screamer”), mas ao mesmo tempo bem brilhante... subindo disso, a partir da 12hs, o TONE começa a ficar bem médio-agudo e, trabalhando com determinados níveis de DRIVE, lembra muito algumas sonoridades a la Marshall... vejam bem, não estou querendo sugerir que seja um pedal com som de Marshall, mas que, sim, em determinadas regulagens pode lembrar muito bem famosos sons que esse amp. já produziu, como algumas coisas a la AC/DC, Kiss e, mais recentemente, The Darkness... por outro lado, e aí vai de gosto, acho que regulagens mais pesadas do TONE produzem um som muito estridente, agudo, o que não é muito a minha praia, mas, enfim, pode ser a de muita gente...
... o DRIVE, por sua vez, é bem sensível... pequenas mexidas mudam bastante desde o nível de ganho ao nível de compressão do timbre... ainda que o pedal se saia bem com níveis de ganho até 3hs, creio que esse pedal seja muito mais especial com o DRIVE até 12hs, quando muito, pois ele produz um clean boost muito bom, como já mencionei, e um dos crunch´s que mais me agradaram ultimamente...
... ainda, e não poderia deixar de mencionar, um dos pontos altos desse pedal é a resposta à dinâmica... isso é realmente muito bom no pedal. Desde a mudança na dinâmica, e mesmo na mudança da captação, é possível perceber que, em alguns casos, nem é preciso desligar o pedal para ter um timbre limpo e outro mais sujo... apenas com a intensidade da pegada pode-se conseguir isso...
... especialmente no sample que gravei, fica fácil perceber isso... em primeiro lugar, porque efetivamente procuro trabalhar bem a dinâmica do pedal em quase tudo que toquei... em segundo lugar, porque em cada regulagem eu ora toco com o humbucker da ponte (EMG-81), e ora toco com o single do meio (EMG-SA)... e, em cada caso, a diferença é bastante perceptível...
... aliás, e aqui apenas uma análise muito pessoal, apesar do OD-3 ter muito boa resposta em muitas situações, acho que o pedal se sai melhor com single-coil´s... infelizmente não tive oportunidade, pois o pedal ficou pouco tempo comigo, mas não tenho dúvidas que plugado numa Strato esse overdrive soa acima da média... com humbucker´s o OD-3 também soa muito bem, mas especialmente em regulagens mais fortes pode embolar um pouco, perdendo definição, por causa do excesso de médio-agudos, mas nunca, pelos testes que fiz, de forma que isso fosse um grande problema...
... no mais, o que posso oferecer é o sample e o vídeo para que todos possam tirar suas próprias conclusões e conhecer mais um pouco deste, reitero, subestimado pedal... em tempo, sugiro maior detimento ao sample, pois acho que o som do vídeo ficou um pouco distorcido (não pelo pedal, obviamente, mas sim pela proximidade da câmera ao amp.)... de qualquer forma, claro, não custa nada dar uma olhada no vídeo, pois não está ruim...
... para baixar o sample, basta acessar http://www.4shared.com/file/29281908/4249fec9/OVERDRIVE_BOSS_OD-3.html?dirPwdVerified=7a2db832. No arquivo constam as informações sobre a forma da gravação e o equipamento utilizado...
... ah, reitero que o pessoal que queira entrar no mailist da Toca dos Efeitos deve enviar um email para tocadosefeitos@yahoo.com.br. Entrando no mailist, será possível receber mensagens contendo notícias, novidades e as atualizações do site... não deixe de participar...
... mais uma vez tenho de agradecer ao Zé, da Vibe Guitars (http://www.vibeguitars.com.br/), que generosamente cedeu o OD-3, do seu portfólio de pedais usados à venda, para o review e para a produção do material multimídia do pedal...
... de resto, aguardo todos de volta nos próximos review´s.... abraços!
8 comentários
Outro ótimo review, gostei, tenho um Sd-1 e agora penso em comprar o OD-3 rsrsrs...
Acho o Sd-1 meio sem graça, sem um drive legal...
o Od-3 esta mais caro que o SD-1?
Abraços
Excelente blog...tá de parabéns.
Continue postando mais pedais pra galera fissurada ;)
Curti o som do OD-3, e confesso que nunca tinha sequer pensado em testá-lo.
Abraço
PQP CARA!
Quer se casar comigo? Puta blog malandro. Esse é o tipo de iniciativa que da gosto de ter guardada nos meus favoritos.
Keep up the good work. /o/
Mto bom o blog.
Gostaria de um review sobre o delay analógico da Ibanez qdo vc puder vai ser mto bom!!!
Valeu
Parabens Milton, gostei muito do review, meu vizinho sempre diz a mesma coisa que vc "o pessoal subestima muito o OD-3", quando li o review me lembrei logo do que meu vizinho diz. Continuo falando, acho que este blog deveria ser mais divulgado na Comunidade.
Abraços
Não sria mais adequado testar um over-drive num amp que REALMENTE reagisse ao nominado 'drive em excesso'? Ou seja, um valvulado qualquer e não um Staner Kute.
Só uma pergunta mesmo, sem ofensas. O trampo da 'toca' é excelente e valioso.
Abraço!
Marcus, antes de mais nada, obrigado pelo prestígio à Toca dos Efeitos e do interesse em fazer uma sugestão/questionamento...
... a Toca dos Efeitos foi concebida como efeito à um trabalho similar que era feito numa comunidade do orkut... como isso acabou ganhando notoriedade fora do orkut, recebí muitas mensagens de algumas pessoas que não acessavam o orkut, pedindo que eu as enviasse os review´s, samples, ou seja, todo o material produzido sobre determinado pedal...
... ocorre que, entre outros fatores, o que justamente chamou a atenção do pessoal era um dos conceitos basilares da Toca, qual seja, produzir um material multimídia compatível com a realidade da grande maioria dos músicos amadores, notademente aqueles que, em grande parte, tinham transistorizados, e não valvulados... portanto, são pessoas que querem ouvir um pedal, mesmo que num Staner Kute25, e terem uma idéia de como esse pedal poderia soar no seu amp., geralmente, melhores que o Kute25, não é verdade? hehehe
... ainda assim, passado o primeiro ano da Toca, tenho pensando em fazer alguns materiais em valvulados, especialmente para mostrar o que citas, que é o "drive em excesso", ok?...
... portanto, aguarde, que em breve a Toca terá boas novidades nesse sentido... hehehe
Abraços!
Muito Bom!
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