Brevíssima introdução…
Amigos da Toca,
Antes de passar ao que interessa, que é a bela análise que segue, gostaria de fazer pequenas colocações, claro, pertinentes à atualização do blog...
... a Toca dos Efeitos, o que suponho esteja mais claro para àqueles que visitam e conhecem o site desde o início, é um projeto paralelo, sem fins lucrativos, que procuro tocar, antes de mais nada, por conta da minha paixão pelo mundo dos efeitos de guitarra, e também pela falta de um canal idôneo e desvinculado de análise dos equipamentos ofertados no mercado...
... contudo, como foi pontuado antes, trata-se de um projeto sem fins lucrativos, um hobby, na verdade, e que depende das minhas atividades com fins lucrativos para eu poder fazer a manutenção dele, e, por conta disso, foi, é e será natural que eventualmente eu não consiga cumprir a periodicidade de atualização quinzenal que desejo operacionalizar...
... por outro lado, mesmo tendo tido muitas atividades no último mês, admito que parte do “desleixo” se deu por desorganização da minha parte e, portanto, fica aqui o meu compromisso em manter a Toca com mais organização, uma vez que, dado os contatos que tenho tido do pessoal, a Toca já não é mais, assim como nunca foi, um projeto do Milton, mas sim de todos os interessados por efeitos de guitarra, o que não são poucos...
... ademais, “frivolidades” à partes, vamos ao que interessa... hehehehe ;]
Amigos da Toca,
Antes de passar ao que interessa, que é a bela análise que segue, gostaria de fazer pequenas colocações, claro, pertinentes à atualização do blog...
... a Toca dos Efeitos, o que suponho esteja mais claro para àqueles que visitam e conhecem o site desde o início, é um projeto paralelo, sem fins lucrativos, que procuro tocar, antes de mais nada, por conta da minha paixão pelo mundo dos efeitos de guitarra, e também pela falta de um canal idôneo e desvinculado de análise dos equipamentos ofertados no mercado...
... contudo, como foi pontuado antes, trata-se de um projeto sem fins lucrativos, um hobby, na verdade, e que depende das minhas atividades com fins lucrativos para eu poder fazer a manutenção dele, e, por conta disso, foi, é e será natural que eventualmente eu não consiga cumprir a periodicidade de atualização quinzenal que desejo operacionalizar...
... por outro lado, mesmo tendo tido muitas atividades no último mês, admito que parte do “desleixo” se deu por desorganização da minha parte e, portanto, fica aqui o meu compromisso em manter a Toca com mais organização, uma vez que, dado os contatos que tenho tido do pessoal, a Toca já não é mais, assim como nunca foi, um projeto do Milton, mas sim de todos os interessados por efeitos de guitarra, o que não são poucos...
... ademais, “frivolidades” à partes, vamos ao que interessa... hehehehe ;]
MARSHALL GV-2 - GUV’NOR Plus
Por Charles “Brown” Fernandes
Charles “Brown” Fernandes é guitarrista da Banda Unha Encravada de Indaiatuba/SP
Quando adquiri o Guv’nor Plus, tive o intuito de usá-lo como drive secundário do meu set, afim de variar as minhas distorções porque sempre tive predileção pelos médios evidentes de outro pedal da Marshall, o Drive Master, que é um modelo que possuo da linha original e descontinuada do GV-I, aqueles das carcaças grandes e pretas. No entanto, aos poucos o GV-2 foi me cativando pelas suas qualidades e hoje já adquiriu status de distorção essencial em meu set. Esta minha predileção pelas distorções de pedais compactos da Marshall deve ter motivado o Milton a realizar o convite para escrever na Toca, e, portanto, confesso que será difícil igualar meu singelo review aos excelentes textos aqui postados, mas tentarei, na medida do possível, ser digno da confiança em mim depositada.
Bom, pra começar a entender melhor as características do Guv’nor Plus, acho interessante observar como os demais pedais de distorção executam este efeito e traçar paralelos com nosso pedal em questão.
Então, como rola a distorção? Bom, é o mais simples dos efeitos, e envolve apenas ganho do sinal e capacidade de amplificação de um aparelho. Em amplificadores ela acontece quando a potência do aparelho não consegue mais elevar a intensidade do sinal e ele abre o bico, ou seja, estabelece um limite no sinal onde não consegue mais elevar a intensidade, clipando-o, cortando-o, distorcendo-o. Em pedais compactos a clipagem é feita de uma maneira mais simples para que não se precise aumentar volumes a taxas exageradas afim de distorcer. O sinal é elevado por um pré-amplificador inicial na entrada do efeito que é controlado pelo knob de drive do pedal. Existe um componente de passagem que corta o sinal com o desenho desejado, em geral transistores ou diodos, e depois outro pré-amplificador eleva novamente o sinal para estabelecer um volume de saída, controlado pelo knob de Level (devemos entendê-lo como Level de saída). Resumindo, um pedal compacto possui um level de entrada que quanto maior, mais intensa deixará a ação dos componentes clipadores sobre o sinal, e um level de saída que controla o volume final do efeito já distorcido.
Acontece exatamente assim no Guv’nor, ele é um overdrive bem acentuado e sua distorção é levemente aveludada, não podendo ser considerada áspera. Desenhada para adquirir as características dos drives da linha JCM-800, a distorção do GV-2 possui uma clipagem forte, não linear e homogenia, como em todo overdrive (clipagens retilíneas e homogenias são característica de Fuzzes e distortions), podendo-se perceber onde o sinal não sofre alteração, em baixas intensidades (ver samples com drive às 9hs), e que a partir de ganhos mais elevados começa uma perda gradual que inicia lenta mas vai aumentando a taxa conforme aumenta também o ganho. Na minha opinião, o Guv’nor não determinará nunca numa linha horizontal de clipagem, podendo-se comparar o attack desta distorção a uma parábola côncava.
Este attack lento da distorção, que inicia roubando pouco e lentamente aumentando cada vez que o sinal eleva o ganho, lembra muito um set de válvulas EL-34 fritando em altos volumes, pois sente-se a clipagem roubando muito de freqüências bem exaltadas e nitidamente deixando a base do som de pouca intensidade passar mais livremente. O diferencial do Guv’nor para os outros overdrives está nesta clipagem em intensidades mais elevadas, mas ainda em formato de overdrive, pois esta parábola mais achatada, por estar tão alta, acaba assemelhando este pedal a distortions em algumas regulagens de alto ganho.
Ainda falando em distorção, mais especificamente em harmônicos, esta clipagem em intensidades mais elevadas possibilita que os Harmônicos do som da guitarra, que ocorrem sempre em freqüências mais altas que a nota tocada e que são sempre bem menos intensas que a freqüência fundamental, adquiram evidência e saiam muitas vezes sem distorção ou com taxas baixas, soando maravilhosos e nítidos, gerando um ganho de médios e agudos - estes últimos, em especial, são passíveis de exageros, embora, geralmente, o som adquira um brilho gostoso e significante, podendo-se acentuar, também, detalhes de timbragem do instrumento, em especial os de caráter mais estalado e agudo como das Stratocaster.
É característica de distorções com clipagem em altas intensidades enriquecer o som de harmônicos agudos e realçar timbragens. Fala-se até em som abelhudo para algumas delas e o Guv’nor quase cai neste adjetivo.
Pode-se notar como isso acontece analisando o spectro de um som de guitarra limpo e analisando a quantidade de freqüências mais altas (mais agudas) em relação a freqüência fundamental (nota tocada) e suas intensidades. Este desenho será como uma linha inclinada, iniciando elevada na freqüência fundamental e diminuindo a intensidade, ora mais, ora menos, a cada grupo de harmônicos mais agudos que se segue.
A ação da distorção neste sprectro estabelece um teto para as freqüências de maior intensidade e, ao se elevar o ganho de saída após a clipagem, evidencia-se os harmônicos mais fracos. Isso dependerá em muito da timbragem e característica de seu instrumento e em especial do ganho de sua captação.
Saindo da distorção propriamente dita, podemos observar outras qualidades deste pedal de efeito, e uma delas, e que é diferencial do Guv’nor, está nas 4 bandas de equalização. Além de agudos, médios e graves, possui também DEEP, que são graves bem baixos, entre 50 e 100 hz, e que parecem sair das profundezas da guitarra. Estas freqüências são o paraíso dos guitarristas pois encorpam muito, perigosamente na mesma medida em que embolam, pois aproximam a guitarra da faixa de freqüências usada pelo baixo e o bumbo, tornando-se um caos se você não tiver sensibilidade para usá-la.
Bom, vamos pensar um pouco: se o Mizão solto da sexta corda da guitarra possui aprox. 82,4 Hz, e que não se soltam harmônicos mais baixos (graves) que a freqüência fundamental, pra que se ter uma regulagem de sub graves num pedal de guitarra?
Simples. Encare esta regulagem como uma função paramétrica do tone de graves, fazendo com que se consiga controlar melhor a incidência do knob de graves sobre o som, mais para o mi bordão, se o DEEP estiver excitado, ou mais para perto do fim dos graves, em 250 hz (o que equivale proximidade do “A” 220 Hz da 3ª corda casa 2), se o DEEP estiver retraído.
Além destes tones de Deep e Bass, existe também o de médios e o de agudos, que também possuem particularidades. Como a distorção evidencia muito os harmônicos mais altos e timbragens mais agudas, este pedal acaba passando a sensação de falta de médios. E isso que muitos vêem com estranheza no Guv’nor, na verdade é uma arma na mão dos guitarristas mais sagazes. Imagine você poder elevar os médios de seu ampli, encorpando e definindo seu som limpo sem contudo transformar sua distorção numa corneta? Pois é, este pedal proporciona este baixo ganho de médios que alguns acharão depreciativo e que encaro como grande qualidade. No caso do meu equipamento pessoal, fico bem tranqüilo usando o Guv’nor pois meu Fender, da linha Hot Rod, é médio até os ossos. Esta eficiente combinação permite que meu amplificador possa trabalhar com os médios plenos empurrando harmônicos de maneira muito gostosa, mas sem excessos.
Quanto à regulagem de agudos, posso afirmar para o Guv’nor o que é verdade para 100% dos pedais de efeitos e amplificadores: não existem freqüências fundamentais (notas) agudas na guitarra, pois a escala cessa perto de 1300 Hz e os agudos só se iniciam à 2000 Hz (Graves 20Hz a 250 Hz / Médios 250 Hz a 2000 Hz / agudos 2000 Hz a 20000 Hz, para padrões internacionais de áudio). Então, o knob de agudos não atua sobre a nota tocada, mas sim sobre o timbre e os harmônicos. Guitarras Les Paul, por exemplo, podem trabalhar com grande taxa de agudos para realçar seus harmônicos, pois possui timbre pouco estridente. O mesmo não se pode dizer das Strato, onde se deve trabalhar os agudos com parcimônia. Se eu fosse renomear os knobs chamaria o tone Agudo de “tempero” ou de “Ganho de timbre”. Vale lembrar disso ao cortar os agudos de seu Guv’nor.
Este pedal possui uma das mais práticas e versáteis equalizações que já experimentei, é realmente muito difícil não se chegar ao ponto desejado com ele.
Quanto à construção, o pedal é robusto, muito bem construído e projetado, inteiro em liga metálica com base de borracha colada na tampa metálica inferior. Seus knobs são bem rebaixados, evitando que se “chute” regulagens durante o uso. Sua luz de acionamento poderia ser um pouco melhor posicionada, mas também não é um ponto fraco. Os acabamentos dos knobs são do tipo “safado”, bonitinho mas ordinário, pois são metálicos e dourados, lindos, mas a marcação da regulagem é silkada e gasta com o tempo. Tenho outros 2 pedais da mesma linha da Marshall, cuja pintura refiz com esmalte de unha, um pecado para um produto de tão grande qualidade. Trocando em miúdos, você pode ir até o inferno com o pedal e trazê-lo de volta intacto, no máximo com os knobs apagados.
Muito se fala dos pedais compactos de distorção da Marshall e duas opiniões são freqüentemente observadas: 1) a adoração incondicional, cujo grupo me encaixo; 2) e a rejeição imediata ... bom, vale dizer que a Marshall usa as características dos drives de seus amplificadores para projetar sua linha de pedais compactos assemelhando os componentes analógicos de clipagem com as taxas de distorção harmônica utilizados em seus amplificadores. Então, pode-se dizer que usar um pedal de Distorção Marshall em um amplificador Marshall ou semelhante é “chover no molhado”, e isso pode explicar a indignação do grupo que rejeita o pedal. Por outro lado, quem possui amplificadores de grande headroom, ou seja, grande capacidade de produzir som limpo que acaba proporcionando uma distorção mais áspera e texturizada, como os Fender, tem nos pedais Marshall o complemento necessário para uma enorme versatilidade de timbres, efeitos e distorções.
A Marshall divulga este pedal como capaz de realizar gravações diretamente em linha sem amplificação, e, embora eu não tenha testado o pedal desta maneira, pois costumo ensaiar com minha banda com fones de ouvido, usando os pedais e o pré do meu amplificador, mandando um sinal pelo préamp out e colocando um plug sem fios no return para zerar o som do power, posso dizer que de longe este pedal é a melhor distorção de meu set para se trabalhar em linha, mas não indico este uso pra ninguém.
Fechando minhas opiniões sobre o Guv’nor, posso defini-lo como versátil, pois não possui um drive marcante ou característico, podendo se encaixar facilmente às suas necessidades de overdrive; e suave, pois possui uma grande taxa de compressão numa clipagem forte e aveludada. Recomendo esse pedal a quem possui amplificadores de bom som limpo e que gosta de praticar a dinâmica na(s) sua(s) banda(s), pois as múltiplas possibilidades de equalização possibilitam que ele se destaque dentre os instrumentos ou adquira uma conotação secundária sem se sobressair, se isso for a intenção do guitarrista.
Samples do Guv’nor
Link: http://www.4shared.com/file/29286107/41328a59/OVERDRIVE_MARSHALL_GV-2_-_GUVNOR_Plus_-_Charles_Brown_Fernandes.html?dirPwdVerified=7a2db832
Disponibilizei algumas gravações realizadas de maneira amadora em um estúdio de ensaio da minha banda e que pecam pela qualidade, pois não possuo equipamento adequado. Ainda assim, tentei elaborar este material da maneira mais didática e simples que pude para que não fosse impregnado por impressões subjetivas. São gravações curtas, simples e secas para poder visualizar melhor a ação do efeito.
Foi utilizado uma Telecaster Hand Made, feita pela Luthieria Tonewood, de Americana, com braço de Pau Marfim e corpo de Mogno, que é um projeto bem alternativo para uma Tele, com um pickup Lip Stick Fender american no Neck, um Seymour Duncam Little 59 “for Tele” na ponte e encordoamento 0.11 Ernnie Ball.
O amplificador foi um Fender Hot Rod Deluxe, onde se procurou trabalhar as tonalidades o mais próximo possível de 50% (0dB), o bright acionado e o presence no zero. Este amplificador possui um Falante Eminence Legend. Ainda, utilizei uma caixa lacrada adicional com outro falante Eminence Legend 121, microfonando as caixas em lados separados e em stereo. A caixa lacrada está no lado esquerdo e o falante do amplificador está no lado direito do stereo. Esta diferença de timbragem dos falantes acentuou as qualidades de timbre do pedal.
As trilhas com o Guv’nor, gravadas diretamente do ampli, serviram de base para a criação de outras trilhas que foram renomeadas e trabalhadas no programa Adobe Audition, onde receberam efeitos diversos como chorus, phaser, delays e reverbs, para que se tenha a comparação da distorção seca e de efeitos adicionados. Os arquivos alterados possuem o mesmo nome dos originais acrescidos de “_efeito” no fim do nome. Observação para os delays que possuem tempos diferentes em cada lado do stereo para evidenciar as qualidades de timbre.
Na trilha “01_Telecaster_neck limpa” - som de referencia da guitarra limpa com pickup de neck.
Na trilha “02_guvnor_drive 9hs” o pedal estava com suas regulagens de tone à 50% (0dB) e o drive às 9hs, ou seja, bem baixo. No primeiro trecho utilizou-se o pickup da ponte, na seqüência ponte e neck e o último só o do neck.
O level de saída do Guv’nor procurou estar próximo ao volume da guitarra limpa, assim como recomenda a Marshall em seu manual e como acredito ser mais interessante para o uso deste efeito.
Na trilha “03_guvnor_drive 12hs” o pedal estava com suas regulagens de tone à 50% (0dB) e o drive às 12hs, ou seja, exatamente no meio. Utilizei somente o pickup da ponte. Até este ponto a intensidade do Drive não chega a tocar com força a área de clipagem do Guv’nor e a distorção sai magra.
Nas trilhas “04_guvnor_drive 3hs_01” e “04_guvnor_drive 3hs_02” o tone de grave e médio estavam à 1h e o resto às 12hs. O drive estava às 3hs, ou seja, quase no máximo. Esta é a regulagem que uso mais comumente no meu set, somente acrescentando um pouco mais de graves, dependendo da regulagem do ampli.
Na trilha “04_guvnor_drive 3hs_Tone deep” os tones todos estavam à 50% e o tone de DEEP às 2hs, dando uma embolada nos graves e pesando o efeito. Nota-se que ao tocar notas mais altas nada se escuta de diferente no pedal, já que estas regulagens do DEEP incidem somente na primeira escala da guitarra.
Sei que não é pra falar de outros efeitos, mas vale ressaltar que o peso adicional dado na trilha “04_guvnor_drive 3hs_Tone deep_efeito” vem de um delay com tempos múltiplos a 50 ms e 75 ms, em lados diferentes do stereo, que fazem a distorção pesar mais sem que se acrescente drive.
O Guv’nor como Booster
Bom, mais uma vez gostaria de definir algumas coisas antes de prosseguir. Não achei nenhuma referência na literatura de áudio ou efeito que defina boosters de guitarra mas tenho um conceito claro na minha cabeça: eu encaro que existe o booster e a distorção, nesta ordem. Quem aumenta o ganho antes está boostando o sinal para quem vem depois. Então, pode-se falar em Guv’nor Boostando ou sendo Boostado, conforme sua posição na pedaleira.
Nos samples gravados, achei interessante colocar trechos com o pedal interagindo com outros drives, em especial com o Fuzz Face e com o TS-9, que combinam com tudo em matéria de distorção.
Na trilha “05_Fuzz Face_ Guvnor” utilizei o Guv’nor como distorção principal sendo Boostado pelo Fuzz Face (na verdade um Fuzz Tone, da EFX, com transistores de germânio) com regulagens a 50% (12 hs) em todos os knobs . O resultado foi uma distorção bem definida e ligeiramente áspera, pois o Fuzz Face entra com uma compressão muito suave do sinal, clipando apenas as mais altas intensidades de maneira rápida e áspera, enquanto o Guv’nor tende a amaciar esta clipagem, arredondando-a. Assim, como distorção “a ser boostada por outro pedal”, o Guv’nor amacia muito bem e apara arestas de pedais mais ásperos vindos antes dele.
Na trilha “05_Guvnor_Tube” o Guv’nor está boostando um Tube Screamer TS-9, que agora trabalha como distorção principal. O TS-9 está com drive às 9hs e tone às 11 hs, após receber o som do Guv’nor que boosta o sinal o TS-9, amaciando mais ainda o timbre e criando um som cremoso, encorpado e aveludado.
Infelizmente não possuo equipamento de gravação adequado e algumas trilhas estouraram em nível de entrada, pelo que peço desculpas antecipadamente, e aproveito para lembrar do caráter amador deste review, não só na qualidade de gravação bem como na minha percepção sobre o equipamento e na técnica de guitarra utilizada.
Bom, pra começar a entender melhor as características do Guv’nor Plus, acho interessante observar como os demais pedais de distorção executam este efeito e traçar paralelos com nosso pedal em questão.
Então, como rola a distorção? Bom, é o mais simples dos efeitos, e envolve apenas ganho do sinal e capacidade de amplificação de um aparelho. Em amplificadores ela acontece quando a potência do aparelho não consegue mais elevar a intensidade do sinal e ele abre o bico, ou seja, estabelece um limite no sinal onde não consegue mais elevar a intensidade, clipando-o, cortando-o, distorcendo-o. Em pedais compactos a clipagem é feita de uma maneira mais simples para que não se precise aumentar volumes a taxas exageradas afim de distorcer. O sinal é elevado por um pré-amplificador inicial na entrada do efeito que é controlado pelo knob de drive do pedal. Existe um componente de passagem que corta o sinal com o desenho desejado, em geral transistores ou diodos, e depois outro pré-amplificador eleva novamente o sinal para estabelecer um volume de saída, controlado pelo knob de Level (devemos entendê-lo como Level de saída). Resumindo, um pedal compacto possui um level de entrada que quanto maior, mais intensa deixará a ação dos componentes clipadores sobre o sinal, e um level de saída que controla o volume final do efeito já distorcido.
Acontece exatamente assim no Guv’nor, ele é um overdrive bem acentuado e sua distorção é levemente aveludada, não podendo ser considerada áspera. Desenhada para adquirir as características dos drives da linha JCM-800, a distorção do GV-2 possui uma clipagem forte, não linear e homogenia, como em todo overdrive (clipagens retilíneas e homogenias são característica de Fuzzes e distortions), podendo-se perceber onde o sinal não sofre alteração, em baixas intensidades (ver samples com drive às 9hs), e que a partir de ganhos mais elevados começa uma perda gradual que inicia lenta mas vai aumentando a taxa conforme aumenta também o ganho. Na minha opinião, o Guv’nor não determinará nunca numa linha horizontal de clipagem, podendo-se comparar o attack desta distorção a uma parábola côncava.
Este attack lento da distorção, que inicia roubando pouco e lentamente aumentando cada vez que o sinal eleva o ganho, lembra muito um set de válvulas EL-34 fritando em altos volumes, pois sente-se a clipagem roubando muito de freqüências bem exaltadas e nitidamente deixando a base do som de pouca intensidade passar mais livremente. O diferencial do Guv’nor para os outros overdrives está nesta clipagem em intensidades mais elevadas, mas ainda em formato de overdrive, pois esta parábola mais achatada, por estar tão alta, acaba assemelhando este pedal a distortions em algumas regulagens de alto ganho.
Ainda falando em distorção, mais especificamente em harmônicos, esta clipagem em intensidades mais elevadas possibilita que os Harmônicos do som da guitarra, que ocorrem sempre em freqüências mais altas que a nota tocada e que são sempre bem menos intensas que a freqüência fundamental, adquiram evidência e saiam muitas vezes sem distorção ou com taxas baixas, soando maravilhosos e nítidos, gerando um ganho de médios e agudos - estes últimos, em especial, são passíveis de exageros, embora, geralmente, o som adquira um brilho gostoso e significante, podendo-se acentuar, também, detalhes de timbragem do instrumento, em especial os de caráter mais estalado e agudo como das Stratocaster.
É característica de distorções com clipagem em altas intensidades enriquecer o som de harmônicos agudos e realçar timbragens. Fala-se até em som abelhudo para algumas delas e o Guv’nor quase cai neste adjetivo.
Pode-se notar como isso acontece analisando o spectro de um som de guitarra limpo e analisando a quantidade de freqüências mais altas (mais agudas) em relação a freqüência fundamental (nota tocada) e suas intensidades. Este desenho será como uma linha inclinada, iniciando elevada na freqüência fundamental e diminuindo a intensidade, ora mais, ora menos, a cada grupo de harmônicos mais agudos que se segue.
A ação da distorção neste sprectro estabelece um teto para as freqüências de maior intensidade e, ao se elevar o ganho de saída após a clipagem, evidencia-se os harmônicos mais fracos. Isso dependerá em muito da timbragem e característica de seu instrumento e em especial do ganho de sua captação.
Saindo da distorção propriamente dita, podemos observar outras qualidades deste pedal de efeito, e uma delas, e que é diferencial do Guv’nor, está nas 4 bandas de equalização. Além de agudos, médios e graves, possui também DEEP, que são graves bem baixos, entre 50 e 100 hz, e que parecem sair das profundezas da guitarra. Estas freqüências são o paraíso dos guitarristas pois encorpam muito, perigosamente na mesma medida em que embolam, pois aproximam a guitarra da faixa de freqüências usada pelo baixo e o bumbo, tornando-se um caos se você não tiver sensibilidade para usá-la.
Bom, vamos pensar um pouco: se o Mizão solto da sexta corda da guitarra possui aprox. 82,4 Hz, e que não se soltam harmônicos mais baixos (graves) que a freqüência fundamental, pra que se ter uma regulagem de sub graves num pedal de guitarra?
Simples. Encare esta regulagem como uma função paramétrica do tone de graves, fazendo com que se consiga controlar melhor a incidência do knob de graves sobre o som, mais para o mi bordão, se o DEEP estiver excitado, ou mais para perto do fim dos graves, em 250 hz (o que equivale proximidade do “A” 220 Hz da 3ª corda casa 2), se o DEEP estiver retraído.
Além destes tones de Deep e Bass, existe também o de médios e o de agudos, que também possuem particularidades. Como a distorção evidencia muito os harmônicos mais altos e timbragens mais agudas, este pedal acaba passando a sensação de falta de médios. E isso que muitos vêem com estranheza no Guv’nor, na verdade é uma arma na mão dos guitarristas mais sagazes. Imagine você poder elevar os médios de seu ampli, encorpando e definindo seu som limpo sem contudo transformar sua distorção numa corneta? Pois é, este pedal proporciona este baixo ganho de médios que alguns acharão depreciativo e que encaro como grande qualidade. No caso do meu equipamento pessoal, fico bem tranqüilo usando o Guv’nor pois meu Fender, da linha Hot Rod, é médio até os ossos. Esta eficiente combinação permite que meu amplificador possa trabalhar com os médios plenos empurrando harmônicos de maneira muito gostosa, mas sem excessos.
Quanto à regulagem de agudos, posso afirmar para o Guv’nor o que é verdade para 100% dos pedais de efeitos e amplificadores: não existem freqüências fundamentais (notas) agudas na guitarra, pois a escala cessa perto de 1300 Hz e os agudos só se iniciam à 2000 Hz (Graves 20Hz a 250 Hz / Médios 250 Hz a 2000 Hz / agudos 2000 Hz a 20000 Hz, para padrões internacionais de áudio). Então, o knob de agudos não atua sobre a nota tocada, mas sim sobre o timbre e os harmônicos. Guitarras Les Paul, por exemplo, podem trabalhar com grande taxa de agudos para realçar seus harmônicos, pois possui timbre pouco estridente. O mesmo não se pode dizer das Strato, onde se deve trabalhar os agudos com parcimônia. Se eu fosse renomear os knobs chamaria o tone Agudo de “tempero” ou de “Ganho de timbre”. Vale lembrar disso ao cortar os agudos de seu Guv’nor.
Este pedal possui uma das mais práticas e versáteis equalizações que já experimentei, é realmente muito difícil não se chegar ao ponto desejado com ele.
Quanto à construção, o pedal é robusto, muito bem construído e projetado, inteiro em liga metálica com base de borracha colada na tampa metálica inferior. Seus knobs são bem rebaixados, evitando que se “chute” regulagens durante o uso. Sua luz de acionamento poderia ser um pouco melhor posicionada, mas também não é um ponto fraco. Os acabamentos dos knobs são do tipo “safado”, bonitinho mas ordinário, pois são metálicos e dourados, lindos, mas a marcação da regulagem é silkada e gasta com o tempo. Tenho outros 2 pedais da mesma linha da Marshall, cuja pintura refiz com esmalte de unha, um pecado para um produto de tão grande qualidade. Trocando em miúdos, você pode ir até o inferno com o pedal e trazê-lo de volta intacto, no máximo com os knobs apagados.
Muito se fala dos pedais compactos de distorção da Marshall e duas opiniões são freqüentemente observadas: 1) a adoração incondicional, cujo grupo me encaixo; 2) e a rejeição imediata ... bom, vale dizer que a Marshall usa as características dos drives de seus amplificadores para projetar sua linha de pedais compactos assemelhando os componentes analógicos de clipagem com as taxas de distorção harmônica utilizados em seus amplificadores. Então, pode-se dizer que usar um pedal de Distorção Marshall em um amplificador Marshall ou semelhante é “chover no molhado”, e isso pode explicar a indignação do grupo que rejeita o pedal. Por outro lado, quem possui amplificadores de grande headroom, ou seja, grande capacidade de produzir som limpo que acaba proporcionando uma distorção mais áspera e texturizada, como os Fender, tem nos pedais Marshall o complemento necessário para uma enorme versatilidade de timbres, efeitos e distorções.
A Marshall divulga este pedal como capaz de realizar gravações diretamente em linha sem amplificação, e, embora eu não tenha testado o pedal desta maneira, pois costumo ensaiar com minha banda com fones de ouvido, usando os pedais e o pré do meu amplificador, mandando um sinal pelo préamp out e colocando um plug sem fios no return para zerar o som do power, posso dizer que de longe este pedal é a melhor distorção de meu set para se trabalhar em linha, mas não indico este uso pra ninguém.
Fechando minhas opiniões sobre o Guv’nor, posso defini-lo como versátil, pois não possui um drive marcante ou característico, podendo se encaixar facilmente às suas necessidades de overdrive; e suave, pois possui uma grande taxa de compressão numa clipagem forte e aveludada. Recomendo esse pedal a quem possui amplificadores de bom som limpo e que gosta de praticar a dinâmica na(s) sua(s) banda(s), pois as múltiplas possibilidades de equalização possibilitam que ele se destaque dentre os instrumentos ou adquira uma conotação secundária sem se sobressair, se isso for a intenção do guitarrista.
Samples do Guv’nor
Link: http://www.4shared.com/file/29286107/41328a59/OVERDRIVE_MARSHALL_GV-2_-_GUVNOR_Plus_-_Charles_Brown_Fernandes.html?dirPwdVerified=7a2db832
Disponibilizei algumas gravações realizadas de maneira amadora em um estúdio de ensaio da minha banda e que pecam pela qualidade, pois não possuo equipamento adequado. Ainda assim, tentei elaborar este material da maneira mais didática e simples que pude para que não fosse impregnado por impressões subjetivas. São gravações curtas, simples e secas para poder visualizar melhor a ação do efeito.
Foi utilizado uma Telecaster Hand Made, feita pela Luthieria Tonewood, de Americana, com braço de Pau Marfim e corpo de Mogno, que é um projeto bem alternativo para uma Tele, com um pickup Lip Stick Fender american no Neck, um Seymour Duncam Little 59 “for Tele” na ponte e encordoamento 0.11 Ernnie Ball.
O amplificador foi um Fender Hot Rod Deluxe, onde se procurou trabalhar as tonalidades o mais próximo possível de 50% (0dB), o bright acionado e o presence no zero. Este amplificador possui um Falante Eminence Legend. Ainda, utilizei uma caixa lacrada adicional com outro falante Eminence Legend 121, microfonando as caixas em lados separados e em stereo. A caixa lacrada está no lado esquerdo e o falante do amplificador está no lado direito do stereo. Esta diferença de timbragem dos falantes acentuou as qualidades de timbre do pedal.
As trilhas com o Guv’nor, gravadas diretamente do ampli, serviram de base para a criação de outras trilhas que foram renomeadas e trabalhadas no programa Adobe Audition, onde receberam efeitos diversos como chorus, phaser, delays e reverbs, para que se tenha a comparação da distorção seca e de efeitos adicionados. Os arquivos alterados possuem o mesmo nome dos originais acrescidos de “_efeito” no fim do nome. Observação para os delays que possuem tempos diferentes em cada lado do stereo para evidenciar as qualidades de timbre.
Na trilha “01_Telecaster_neck limpa” - som de referencia da guitarra limpa com pickup de neck.
Na trilha “02_guvnor_drive 9hs” o pedal estava com suas regulagens de tone à 50% (0dB) e o drive às 9hs, ou seja, bem baixo. No primeiro trecho utilizou-se o pickup da ponte, na seqüência ponte e neck e o último só o do neck.
O level de saída do Guv’nor procurou estar próximo ao volume da guitarra limpa, assim como recomenda a Marshall em seu manual e como acredito ser mais interessante para o uso deste efeito.
Na trilha “03_guvnor_drive 12hs” o pedal estava com suas regulagens de tone à 50% (0dB) e o drive às 12hs, ou seja, exatamente no meio. Utilizei somente o pickup da ponte. Até este ponto a intensidade do Drive não chega a tocar com força a área de clipagem do Guv’nor e a distorção sai magra.
Nas trilhas “04_guvnor_drive 3hs_01” e “04_guvnor_drive 3hs_02” o tone de grave e médio estavam à 1h e o resto às 12hs. O drive estava às 3hs, ou seja, quase no máximo. Esta é a regulagem que uso mais comumente no meu set, somente acrescentando um pouco mais de graves, dependendo da regulagem do ampli.
Na trilha “04_guvnor_drive 3hs_Tone deep” os tones todos estavam à 50% e o tone de DEEP às 2hs, dando uma embolada nos graves e pesando o efeito. Nota-se que ao tocar notas mais altas nada se escuta de diferente no pedal, já que estas regulagens do DEEP incidem somente na primeira escala da guitarra.
Sei que não é pra falar de outros efeitos, mas vale ressaltar que o peso adicional dado na trilha “04_guvnor_drive 3hs_Tone deep_efeito” vem de um delay com tempos múltiplos a 50 ms e 75 ms, em lados diferentes do stereo, que fazem a distorção pesar mais sem que se acrescente drive.
O Guv’nor como Booster
Bom, mais uma vez gostaria de definir algumas coisas antes de prosseguir. Não achei nenhuma referência na literatura de áudio ou efeito que defina boosters de guitarra mas tenho um conceito claro na minha cabeça: eu encaro que existe o booster e a distorção, nesta ordem. Quem aumenta o ganho antes está boostando o sinal para quem vem depois. Então, pode-se falar em Guv’nor Boostando ou sendo Boostado, conforme sua posição na pedaleira.
Nos samples gravados, achei interessante colocar trechos com o pedal interagindo com outros drives, em especial com o Fuzz Face e com o TS-9, que combinam com tudo em matéria de distorção.
Na trilha “05_Fuzz Face_ Guvnor” utilizei o Guv’nor como distorção principal sendo Boostado pelo Fuzz Face (na verdade um Fuzz Tone, da EFX, com transistores de germânio) com regulagens a 50% (12 hs) em todos os knobs . O resultado foi uma distorção bem definida e ligeiramente áspera, pois o Fuzz Face entra com uma compressão muito suave do sinal, clipando apenas as mais altas intensidades de maneira rápida e áspera, enquanto o Guv’nor tende a amaciar esta clipagem, arredondando-a. Assim, como distorção “a ser boostada por outro pedal”, o Guv’nor amacia muito bem e apara arestas de pedais mais ásperos vindos antes dele.
Na trilha “05_Guvnor_Tube” o Guv’nor está boostando um Tube Screamer TS-9, que agora trabalha como distorção principal. O TS-9 está com drive às 9hs e tone às 11 hs, após receber o som do Guv’nor que boosta o sinal o TS-9, amaciando mais ainda o timbre e criando um som cremoso, encorpado e aveludado.
Infelizmente não possuo equipamento de gravação adequado e algumas trilhas estouraram em nível de entrada, pelo que peço desculpas antecipadamente, e aproveito para lembrar do caráter amador deste review, não só na qualidade de gravação bem como na minha percepção sobre o equipamento e na técnica de guitarra utilizada.
Quaisquer dúvidas e demais esclarecimentos podem ser deixados com o Grande Milton pelo e mail da Toca dos Efeitos (tocadosefeitos@yahoo.com.br) ou para este guitarrista pelo e email Charles@unhaencravada.com.br
15 comentários
Muito bom o review, ainda não pude ouvir os samples, mas farei isso ainda hoje...
Quanto ao texto, só posso dizer que está impecável...
Parabêns Charles e principalmente Milton...
Antes que eu me esqueça...
Longa vida á "Toca dos efeitos"
Bodão(Flávio)
Muito bom e detalhado o review, ótima iniciativa de reunir tanto conhecimento em um lugar só. Parabéns!
Pelos samples o pedal parece ser bem versátil, na regulagem 4 ficou muito bacana!
Valeu
gostei bastante do review... só fiquei meio que boiando, no inicio, pois nao entendo nada sobre (a teoria) efeitos...
Senti falta da linguagem mais acessivel =)!
Mas gostei bastante...
Benke
Muito bom o blog Milton, está de parabéns, ótimos reviews, parabéns pro Charles e pro Lelo que ajudaram também pelos ótimos reviews.
como disse o Bodão:
"Longa vida á "Toca dos efeitos"
Muito bom o review, assim como o pedal e o sample!
Parabéns ao Charles e ao Milto. Continue assim, pelo nosso bem!
Muito boa análise, vou visitar mais o blog...
Tenho o pedal e fiquei mais impressionado por concordar com tudo que foi dito a respeito dele.
Parabéns Charles...
Abraços,
Keno.
Aproveitando a atualização no review do Guv´nor (agora tb na versão "Paramount Pictures" rsrs)
passo pra dar os parabéns ao Charles pela profunda análise e samples.
Estou aguardando agora uns samples do "Marshall Bluesbreaker" empurrando o TS-9 e tb funcionando sozinho, a la Clapton "CREAM YEARS".
Vamos lá, "Tcharles"! ehehe
[ ]s
Lelo
pouco versátil hein?
to atrás de um pedal que possa ser usado como uma dist. suplementar, e pelo que eu ja ouvi desse pedal, ele nao iria me decepcionar
parabens pra galera da comunidade, a melhor relacionada a guitarra no orkut
Falou todos os termos da literatura tecnica da guitarra, explicou até a relação dos spectros, das frequencias e da parabola concava na hora do ´´attack´´, mas o review do pedal so vi nos ultimos 2 paragrafos...Nao precisa falar das teorias quanticas dos efeitos de guitarra pra saber tocar, ninguem quando compra um pedal vai pensar em como sera a parabola na hora do attack, como serao os spectros da frequencia e blablabla, tocou, gostou, levou. Basta ouvir pra saber se o timbre te agrada, o ruim dessa galera de hoje em dia é que tocam mais com os olhos e numeros, ninguem mais preza pelo ouvido e feeling
Aprendi muito
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