BOSS BF-3 - por Marcos Lelo Craveiro

20 de abr. de 2009 |

bf3

Pedais Boss, em alguns fóruns, já é sinônimo de discórdia. Alguns por usarem mal seus recursos, outros por simplesmente não se encaixarem naquilo que é a proposta do pedal, outros por terem condições de acesso aos caríssimos pedais de ponta, e alguns por simples preconceito... Por outro lado, há quem consiga ótimos resultados e se adapte bem ao uso criativo das suas possibilidades. Estes últimos, assim como eu, possuem um exemplar da Boss há muitos anos em seu setup. Enfim, qualquer pedal/efeito sofre desse mal, mas infelizmente a Boss parece ser uma marca que apesar de consagrada, virou ponto de discórdia. Meu review não pretende defender, exaltar e muito menos diminuir a marca, mas apenas apresentar o que é possível extrair desse pedal sob a minha perspectiva. O pedal avaliado neste review, se não é o modelo top dos flangers do mercado, é um excelente pedal, versátil e de preço bem razoável.

Adoro alguns modelos de flangers, como o MXR e os da EHX, e creio que soem até mais orgânicos, mas os altos preços desses modelos me levaram à época a tentar o modelo da Boss.

Um dos problemas com efeitos, principalmente modulações, é a falta de paciência do guitarrista em procurar aquilo que o pedal de fato oferece e encaixá-lo no seu som, então, o que pretendo apresentar nos meus samples são as regulagens de alguns temas conhecidos dentro (ou fora) do classic rock (que é minha praia), tentando sugerir possibilidades para que o pessoal possa partir para encontrar suas próprias regulagens, lembrando sempre que a pegada do guitarrista e o conjunto “guitarra / captador / amplificador / efeitos adicionados” são primordiais para resultados satisfatórios… e é claro: ter um objetivo para usar o efeito irá ajudar bastante, pois tem quem apenas cisme em adquirir um pedal sem saber ao certo do porquê irá utilizá-lo, e como não se trata de uma pedaleira com patches prontos, vai precisar de algum tempo se ajustando ao efeito.

O BF-3 Flanger é um upgrade do famoso BF-2. É estéreo, tem uma entrada específica para contrabaixo e possui a função TAP TEMPO. Como existem manuais disponíveis dessa linha de pedal para download (página da boss: http://www.bosscorp.co.jp/products/en/_support/om.cfm?ln=en&dsp=0&iCncd=114&iStcd=4 ), vou tentar dar uma abordagem levemente pessoal sober cada função, misturando com as definições do manual.

Bem, os controles do BF-3 consistem em:

1) RES (resonance) / MAN (manual) - é aqui que você faz o que seria um tipo de ajuste de “tone” no seu flanger, sendo:

  • Resonance: Ajusta a quantidade de feedback do efeito. Virando o knob à direta você enfatiza mais o som de flanger e mais forte tornar-se a característica do efeito. Este parâmetro controla o efeito de “vai e vem”. No entanto, como este efeito está diretamente ligado a quantidade de desafinação (depht), se vc alterar o depht, deve também regular novamente o ressonance para chegar no tempo desejado. O alcance desta função varia de acordo com o modo selecionado.
  • Manual: Ajusta o centro da frequência onde o efeito será aplicado. A faixa (indo para algo mais agudo) aumenta virando o knob à direita (no sentido horário), então, se você partir com o knob todo voltado para esquerda (7h), você notará que ele atua numa faixa mais grave, ou menos aberta, enquanto que quando o knob estiver totalmente girado para a direita (5h), você notará uma ampliação da abertura do efeito. Uma dica pra perceber como age este knob de forma evidente é deixá-lo girado completamente para um dos lados, colocar os knobs restantes em 12h, e jogar o MODO de flanger em ULTRA. Abafe o som das suas cordas e bata ritmicamente escutando o resultado da onda, depois gire o knob manual completamente para o outro lado e repita a operação. Assim ouve-se perfeitamente a faixa onde ele está trabalhando. Pode-se fazer o mesmo com o “Resonance”, pois lhe dará uma idéia melhor de atuação.

2) Depth: Controla a profundidade da onda;

3) Rate: controla a velocidade da oscilação do efeito, acelerando o mesmo ao girar o knob à direita.

(nota: a função “tap tempo” do pedal atua sobre este parâmetro, só que com a possibilidade de ajuste pelo footswitch, em tempo real);

4) MODE (modos ou funções) – são 4 : a) Momentary / b) Gate - Pan / c) Standard / d) Ultra

Sendo que:

a) Momentary – você ajusta os parâmetros do efeito como desejado (que funcionarão no modo STANDARD nessa função), e só quando pisa e mantém pressionado o footswitch é que o efeito atua. Soltando o foot, o efeito cessa imediatamente. O flanger sempre parte (inicia) do grave nesse modo. É um modo indicado para pequeninos trechos, onde acionar e desacionar dessa forma é bem mais rápido e eficiente do que seria do modo regular, permitindo a adição do efeito no exato ponto desejado do fraseado;

b) Gate / Pan -

Quando usado em MONO, soará como um efeito de GATE, onde o sinal é recortado (como um “engasgo” sonoro, mudanças bruscas de volume de forma alternada) pois ficará oscilando entre o canal A (onde o sinal passa) e o canal B (onde não existe som, pois nenhum cabo está plugado).

Quando o pedal é usado em ESTÉREO (ambas as saídas do pedal - A e B - sendo usadas), soará como PAN, ou seja, o efeito ficará passeando de um lado para o outro, na velocidade e profundidade que for setado, o que sugere um efeito tridimensional, transmitindo a sensação de rotação. Ligado em duas caixas em lados opostos do palco, torna-se algo fantástico;

c) Standard – é a função padrão (e mais usada) do Flanger, como era no modelo anterior, BF-2;

d) Ultra – é uma função, como o nome sugere, para “turbinar’ seu flanger, exacerbando o efeito. Seria algo como o modo standard dobrado, ou seja, o “jatinho” vira “concorde” aqui… ahaha. E é a função mais fácil de se “errar a mão” ao ajustar e/ou usar, mas que, com paciência, te permite algumas inovações;

O “tap tempo” tem a velocidade demonstrada pela variação de cor do LED (a velocidade que alterna é a mesma que o led muda de verde para vermelho), e para acionar essa função basta pressionar o foot e segurá-lo por 2 segundos.

Seu consumo (segundo o manual) é de 40mA, menor que o delay digital da Boss. Este modelo automaticante se liga quando você conecta na fonte (não é defeito, é assim mesmo). Dependendo do tipo de captação do seu instrumento (se ele injetar muito sinal), pode (não obrigatoriamente) haver algum tipo de distorção no sinal em algumas regulagens, que é facilmente compensado mexendo sutilmente no knob de volume do instrumento. Exatamente por essas características, eu recomendo que você teste usar seu flanger ANTES dos drives. Dessa forma, não há uma mistura do som já distorcido vindo dos pedais de drive somado ao resultado do flanger, o que pode ocasionar um boost de médios não agradável. Isso não é obrigatório, e também não se configura no “jeito certo”, é apenas uma sugestão para que você experimente. Ao vivo, meu som de drive vêm do amplificador, e como ligo minhas modulações no input do amplificador, tenho-as antes do drive... os pedais de ganho do meu pedalboard normalmente são usados em outras ocasiões, onde acabo não invertendo essa ordem, porém, novas aquisições me farão mudar toda ordem na cadeia de pedais, provavelmente tendo-os todos após o flanger.

Uma dica para quem resolver experimentar este modelo de pedal, e quiser retirar melhores resultados de algum som específico de FLANGER, é ter em mente que os knobs “Res / Man” são determinantes no ajuste fino. E quando digo “ajuste fino” é realmente entender que um “mínimo ponto” movido pode ultrapassar a linha do que o deixaria com o som mais METALIZADO, ou retirar exatamente aquele “a mais” indesejável, mantendo tanto a característica do efeito de “vai e vem” que você perseguir, quanto aquele som mais “entubado”, que é uma bonita característica de uso dos flangers, e que estão nesse limiar onde você pode também errar a mão no ajuste. Se você encontrar o ponto certo na faixa do knob “Manual”, ao trabalhar com o knob “RES”, faça-o de modo a girar minimamente e, ao mesmo tempo, dar esse mesmo cuidado ao DEPTH, pois RES e DEPTH nesse momento trabalham em conjunto.

Flanger teve seu “auge” (ou seu uso abusivo, como preferirem) nos anos 80, principalmente sendo usado nas bandas pops e new waves, embora muito clássico do rock apresente seu uso, como em canções do Van Halen, do Police, do Led Zeppelin, entre outros...

Como sempre, procuro aproximar as regulagens de algumas músicas e demonstrar as regulagens para aqueles que nunca tiveram um, ou que compraram um mas não tiveram paciência em regular, possam partir de alguma base.

Espero que os samples sejam úteis, e como sempre, espero a compreensão de que se trata de um “lado do prisma” de como abordar este efeito, e em especial, este modelo de pedal, e que não seja encarado como “a única” forma de observar o mesmo.

Os samples foram gravados no meu PC usando um simulador de cabinet da “Big Effects”, que me permite jogar o som pra dentro do micro sem problemas de captação por microfone. Em alguns samples usei outros pedais como compressor (Marshall ED-1), overdrive (TS-9 e ODM-3 Newell) e delay (Boss DD-3) para compor a idéia. O reverb foi adicionado sempre depois, pois o simulador de cabinet não possui reverb como num amplificador. A guitarra utilizada foi a minha Fender Talon IV Heartfield, que possui dois Humbuckers DiMarzio Paf Pro (ponte e braço) e um single-coil Fender no meio. Quando utilizo o single nos samples, este está sempre ligado junto ao Humbucker da ponte, mas com este último splitado (SC + HB split).

SAMPLES - PARTE 1:

Os samples serão apresentados de duas formas: 1) quem quiser baixá-los, juntamente com as regulagens detalhadas, acesse o endereço http://www.4shared.com/file/100452756/abbdf64b/FLANGER_BOSS_BF-3_-_Marcos_Lelo_Craveiro.html ; 2) doutra forma, no final do review será possível ver as regulagens e ouvir os mesmos samples do link acima, mas no formato de vídeo. Por ter recursos mais amples de edição, no vídeo pude colocar além dos samples, as regulagens e o nome das músicas tocadas. Portanto, faça uso das duas opções da melhor forma que lhe convir.

  • FLANGER NO MODO STANDARD

1) “Back on the Chain Gang” (Pretenders): No original desta música usa-se um chorus, creio eu, e aqui coloco uma opção pra usar o efeito na base clean simulando o mesmo, o que dá um bom resultado. (SC + HB ponte split);

2) “Purple Rain” (Prince): escolhi este som pra mostrar o clássico som do Flanger dos anos 80, guita clean, (SC + HB ponte split);

3) “When the Leeve Breaks” (Led Zeppelin): clássicão “lado B” do Led (que sempre cito bastante nos meus samples :D ). O fato curioso aqui é que pus todos os knobs do flanger em 12h e procurei algo que pudesse tocar dessa maneira, onde não precisaria pensar em nada de regulagens, e deu nisso... fiz o mesmo com o Delay da Boss (DD-3) quando o adquiri, como forma de ver o que o efeito me oferecia, e tambem obtive muitos resultados de onde “partir” em busca de outros. É minha maneira pessoal de dizer “olá” ao novo efeito; (SC + HB ponte split)

4) “Every Breath You Take” (Police): Esta banda usa e abusa de Flanger. Pensei em gravar uns 10 trechos seguidos só de coisas do Police por conta disso, pois esse pedal parece feito pra esta ótima banda. Aproveitei o mesmo caso citado acima, o dos knobs em 12h, pra obter o resultado aqui. Só que dessa vez, por coincidência, eu tinha uma Backing Track de baixo/bateria/teclado dessa canção e usei pra gravar a guitarra por cima. O drive usado é um TS-9. (HB ponte)

5) “Nobody´s Fault but Mine” (Led Zeppelin): Flanger é muito associado aos sons dos anos 80, mas e “rock dos 70”? Muitos clássicos usaram este efeito, e aqui nessa intro foi usado até de forma nada sutil, nessa pilha de guitarras, com drive estilão marshall (produzido pelo ODM-3 da Newell). Os exemplos que usei anteriormente eram, até então, com som clean. Assim, abri a parte de sons com drive com este tema. A curiosidade fica por conta de que ao vivo Jimmy Page usava um MXR phaser 90 pra tocar esta mesma intro; (HB ponte)

6) “You Fool No One” (Deep Purple): Ritchie Blackmore usou muito Flanger, principalmente no álbum “Burn” de 1974, ou seja, metade da década de 70. Retirei dois exemplos desse álbum, sendo este o primeiro, onde ele usa o flanger com ótimo resultado, sem ser de forma abusiva, e com drive mais controlado também; (SC + HB ponte split)

7) “Mistreated” (Deep Purple): segundo exemplo do album “Burn”, dessa vez o flanger soa mais proeminente e o “Rate” é menor, deixando-o soar mais profundo e com menos “vai e vem”, além de estar somado a um drive mais forte; (SC + HB ponte split)

8) “Don´t Tell Me [What Love Can Do]” (Van Halen): como vinha diminuindo o RATE, cheguei nesse sample com ele no mínimo. O intuito aqui foi usar o Flanger com o knob RATE zerado e tentar obter uma “aproximação” dessa música, onde o flanger soa sem o “vai e vem” de forma evidente. Nota: eu não afinei o mizão em ré, como é o padrão dessa música, fiz uma adaptação tocando um power chord invertido pra obter um resultado próximo. (HB ponte)

SAMPLES - PARTE 2:

  • FLANGER NO MODO ULTRA

1) “She Sells Sanctuary” (The Cult): intro dessa música, usada pra demonstrar o flanger no modo mais proeminente. (HB ponte)

2) “No Quarter” (Led Zeppelin): testando o modo “Ultra”, comecei a fugir do óbvio dessa função e acabei por encontrar esta regulagem, que me fez experimentar montar um arranjo para guitarra do “piano elétrico” dessa canção. Achei a função extremamente interessante e já faz parte das minhas regulagens favoritas, onde ele lembra um tremolo, mas dá um leve sabor do Flanger ao mesmo tempo. Aqui os knobs “RES / MAN” estão exatamente de lado opostos. (HB ponte + HB braço)

3) “Tema improvisado” (feito por mim): montei um tema pra usar o flanger no modo mais forte deste flanger, o “ultra”, porém, tentei deixar o efeito não encobrir a idéia, pois usar mal esta função impede seu uso de forma “musical” e o transforma em apenas um amontoado de modulação; (SC + HB ponte split)

  • FLANGER NO MODO GATE / PAN

1) “Improviso usando o Modo Gate” (feito por mim): Apenas um improviso aproveitando a sugestão ritmica do mesmo;

2) “Won´t Get Fooled Again” (The Who): aproveitando as mesmas características do sintetizador dessa música e fazendo o arrando transposto para guitarra, com o Flanger nesse modo;

  • FLANGER NO MODO “MOMENTARY”

Nota: Esta função não se trata de uma nova “sonoridade de flanger”, e sim, uma ferramenta de acionamento diferenciada, de um modo já existente no pedal, no caso, habilitada sempre no modo STANDARD, então não vi necessidade de gravar algo com ela.

Abraços,

Marcos “Lelo” Craveiro

17 comentários

Bodão Hubner

Meu, que baita Review Lelo!!!!
Muito bom mesmo, adorei a forma como vc conseguiu explicar o controle "manual",coisa que sempre achei impossível!!!!
E legal mostrar que esse pedal não é só para solos psicodélico e imitações aviãozinho!!!

Parabéns!!!!

Marcos "Lelo"

Thanks, cáprico amigo. Experimenta fazer o teste que indiquei no controle Manual pra sacar, mesmo que seu flanger seja o BF-2. Basta deixar o Depth bem acentuado e testar pra ver como ele atua. Aí é achar o "ponto" certo nesse parâmetro, que nos outros fica mais fácil.
Abraço!

Mahoney

só pra vc não ficar triste que só o bodão comentou!
AEHUA

belo review (que ainda nem li! hehehe)

em breve leio e comento!

Anônimo

Marcos,

Parabéns pelo review, muito detalhado e esclarecedor. Sabe, quando comecei a tocar guitarra (há uns 20 anos atrás.. faz tempo!) sempre desprezei o flanger por causa do efeito "vai e vem" e acabei usando somente o Chorus para modulação mas, graças a reviews como o seu, já tenho idéia de como poderia usá-lo no meu setup. O único porém é que curto sons mais vintage então eu teria que procurar o boss bf-2 que parecer ter um som mais "aveludado" que o boss bf-3. Ah! como pode perceber sou fã dos pedais Boss desde o início. ;-)
Abraços e sucesso com tua banda
Marcelo T. Mendes.

Gladys de Paula Craveiro
Este comentário foi removido pelo autor.
Lelo

Obrigado, Marcelo. Nunca testei com tempo um BF-2 pra saber se é realmente mais vintage. Mas sinceramente, acho que o BF-3 ligado num bom amp valvulado e com boa guitarra, e bem setado, não sei se deixaria esta sensação tão evidente de "moderno". Eu realmente sei que ele soa assim quando se está ainda no processo de achar o ponto "certo", mas é possível fazer muita coisa mesmo com esse tipo de efeito.
Espero que tenha boa sorte com o flanger, e se conseguir bons resultados, divida-os :)
Abraço!

Marcos "Lelo" Craveiro

Anônimo

Caro Marcos, parabéns pelo review. Simplesmente fantástico! Nos anos 80, quando ainda era jovem, apaixonei-me pelo pedal flanger, na época o japonês. Por obra do destino, entretanto, nunca o tive em meu set. Mas após o seu post, vou comprar um consolidar esse "amor" antigo. Forte abraço

Gladys de Paula Craveiro

Eu é que fico contente por ter contribuido de alguma forma, Marcos.
Boa sorte!

Abraço!

Marcos "Lelo" Craveiro

Anônimo

Marcos. Comprei o BF-3 e achei o som lindo demais! Poderia dar sua opinião sobre duas dúvidas que apareceram? 1) Vi que o BF 3 simula muito bem o som do Ce-3 (Chorus), sendo que até achei o BF-3 mais bonito (simulando Chorus). Acha conveniente manter os dois, pois estou agora to querendo tirar o Chorus do set. 2) O BF-3 deve ser ligado antes ou depois das distorções? (testei dos dois jeitos, mas antes parece ter ficado mais bonito o som).

Gladys de Paula Craveiro

Olá Xará.
Sobre suas duas questões:
1) Flanger faz um ótimo chorus, ainda que não seja de fato um. Se vc tem dois sets (boards) ou divide sua cadeia de pedais usando um line selector, obteria mais versatilidade deixando o chorus em um deles e o flanger no outro, já que seu chorus é um boss tb. Se só tem um set e costuma usar bastante ambos efeitos e não divide a cadeia, é interessante mantê-los, pois se formos olhar pelos "detalhes", o chorus sempre te proporcionará ajustes únicos, mas sendo mais prático, usaria um em cada board mesmo. Outra forma seria vc testar agora seu chorus no LOOP do seu amp e ver se te agrada, ainda que isso lhe faça carregar mais dois cabos. Outra: se todos os pedais estão indo direto pro input do amp, observe o tamanho da cadeia de pedais e veja se isso não está roubando um tanto a mais de sinal de forma significativa;

2)esta sua segunda questão, vc mesmo já a respondeu - não existe o certo de "antes e depois", é experimentar e ver o que mais te agrada. Os resultados são um pouco diferentes quando usado antes dos drives como depois dos drives. Eu gosto mais antes pelo motivo citado no review - soa mais musical, definido e menos agressivo.

Boa sorte e parabéns pela sua nova aquisição.
Abraços!
Marcos "Lelo" Craveiro

rafael_cpu

Excelente review, claro, preciso e bem escrito. Parabéns!
Tenho alguns pedais da Boss e sempre fui fã da marca.
Este BF-3 é realmente fantástico, ótimo pedal.
Abraço.

Marcos (Lelo)

rafael_cpu

Obrigado, Rafael.
Espero que tenha sido útil.

Abraço!

Ewerton Reis

Lelo sempre arrebenta, esse já é 4º pedal que vou comprar por causa dos reviews, hehehe

Milton Morales

É, esse review do Lelo foi mortal até pra mim... hehehe

marcosnakaguma

Lelo. Gostaria da sua opinião sobre o BF3 em relação ao BF2, considerando apenas o som de ambos no modo standart, que é o único que uso. Será que o som é igual? Será que o BF2 também dá aquele indesejado boost do BF3? Forte abraço e parabéns pelo excelente review. Bacana mesmo!

Milton Morales

Marcos, passei pro Lelo tua pergunta e em breve ele irá te responder...

... de qualquer forma, como tive um e tenho o outro, posso te dizer que o som é similar, mas não igual... eu tenho o BF-3 e até nem percebo esse boost que falas... mas em termos de som, o BF-3 soa um pouco mais "refinado", na minha opinião, mas um pouco mais magro também... essas são as diferenças que mais percebo entre eles... de qualquer forma, gosto muito do maior refino do BF-3, razão pela qual prefiro ele... ;]

Marcos Lelo Craveiro

Fala Marcos.

Há alguma diferença entre ambos no modo citado, mas é "sutil", não sei te detalhar quão diferente, pois não fiz teste minucioso entre ambas unidades. E isso tb não quer dizer diferença "melhor ou pior". Aí vai depender do seu uso, do estilo que vc toca, entre outras coisas. Em termos de versatilidade, BF-3 é imbatível. Mas se vc procura algo mais vintage e encorpado, e com uso mais "standard", nem sei se o caso seria de pegar o BF-2, talvez se fosse vc, testaria o micro flanger da MXR antes de decidir, pois é um pedal de uso mais simples e com ótimo timbre.

Quanto ao boost de sinal, não se apegue a essa parte, este pedal não tem isso como característica predominante como no caso do MXR Phase 90 block logo. Isso só deve ocorrer se sua aparelhagem e maneira de uso levarem a algo do tipo (e acho difícil), e mesmo assim, se vc colocar o flanger antes dos drives isso já se resolve.

Boa sorte nos testes e nas escolhas e obrigado por prestigiar e ter curtido o review!

Abraço!
Lelo

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