SE EU SABERIA QUE PEDAIS EU TERIA HOJE? – PARTE 6

1 de set. de 2010 |

Breve consideração

Bom, faz tempo que não passo por aqui… o acúmulo de atividades no trabalho tem dificultado para que eu tenha tempo para diversas coisas, quiça poder escrever um texto um pouco mais longo… seja como for, sempre procuro dar um jeito, e hoje, felizmente, foi possível “dar um jeito”… hehehe

… como retomarei essa saga, desde já posso adiantar que o final dela, para muitos, é bastante imprevisível… não percam os próximos capítulos…  ;]

 

Paramos onde mesmo?

Até o momento, escreví acerca de 5 pedais do pedalboard que idealizei quando comecei a escrever essa saga… até o momento, apenas para recordar, escreví sobre os seguintes efeitos:

-> WAH (Morley Bad Horsie 2) –> COMPRESSOR (MXR Vintage Dyna Comp) –> PHASER (MXR Phase90 EVH) –> ??? –> ??? –> DRIVE PRINCIPAL (Catalinbread Dirty Little Secret – COLLATERAL FX Brit Little Secret) –> CHORUS/FLANGER (EHX Stereo Electric Mistress) –> ???

… ou seja, falta revelar apenas 3 pedais, além do capítulo final…

… o pedal do texto de hoje é um fundamental na idéia do pedalboard… a minha intenção com ele era o de usá-lo como crunch definitivo, já que uso muito pouco timbres limpos, o que significa que ele ficaria ligado 90% do tempo e seria usado em conjunto com os outros pedais de saturação… portanto, estou falando de um pedal que precisaria ter características específicas, pois, do contrário, não funcionaria conforme as minhas necessidades…

… uma coisa que sempre facilitou a minha escolha, ou, melhor dizendo, a falta de necessidade d´eu acabar pegando 2 pedais, um para crunch e outro para booster, é justamente o fato de que aprecio boosters com brilho, que não só adicionam ganho ao sinal, mas que também consigam “empurrar pra fora” o timbre do pedal da frente, que, claro, terá características diferentes, provavelmente com mais médios… naturalmente, muitos poderam pensar no TS9, que é um pedal que possui algumas dessas características… contudo, ele tem um defeito bastante grave, pelo menos pra mim, quando o assunto é “crunch para ficar ligado direto”: o fato de que ele colore o som, tirando, em especial, graves do timbre da guitarra…

… o que, portanto, nos remete à característica fundamental do crunch, e que, felizmente, acaba facilitando a escolha de um booster brilhante: o pedal precisa ser realmente transparente…

bb-preamp  … o primeiro pedal que tive com essa característica foi um clone do Xotic BB Preamp… excelente pedal… em alguns casos, sendo bastante sincero, é um pedal fabuloso… com controles ativos de graves e agudos, do conceito ao som sempre me pareceu ser a opção certa… salvo por uma questão: a faixa de graves que o eq do pedal trabalha… a faixa de graves do BB Preamp é bastante baixa, como um DEEP de alguns pedais, ou mesmo um RESONANCE de alguns amps… dessa forma, os graves acabam sendo mais “redondos e profundos”, o que não me agrada muito ao usar o pedal com um booster… claro que pode soar como um contra-senso, já que estamos falando de um pedal transparente… ocorre, entretanto, que em alguns casos eu poderia querer compensar alguma perda, e ao fazer isso o faria de uma forma que não me agradaria completamente…

… na mesma época, tive a oportunidade de tocar longamente com o Fulltone Full-Drive2 MOSFET… e foi com ele que tive a FD2 oportunidade de ouvir exatamente o que queria: um drive transparente, com excelente crunch, ótimo timbre… e graves “firmes”, assim como o meu antigo MXR Wylde Overdrive, fantástico booster, mas que não servia para o crunch que eu desejava fazer…

… o Full-Drive2 MOSFET é, na minha opinião, um drive sensacional, pois oferece um timbre mais médio, mais “TS-like”, com a opção VINTAGE, da mesma forma que oferece um timbre mais transparente, perfeito para o que eu queria, com a opção FM…

… ocorre que não estou falando de um pedal barato, nem de custo razoável, na minha opinião… estou falando de um pedal realmente caro, que, na época, custava aproximadamente R$800,00… por conta disso, precisei procurar outra opção, o que não era algo fácil… o primeiro que passou pelos meus pés foi o MXR GT-OD… pedal excelente, de timbre excelente, mas que não tinha a textura de crunch que eu procurava…

… por essa razão, segui procurando, pesquisando, e cheguei num MOD descrito de forma muito interessante: o Monte Allums´ SD-1 GT MOD… pelas descrições ela parecia ser tudo o que eu estava procurando, inclusive em relação ao custo, já que um SD-1 novo custava R$169,00, e o MOD, com envio, não mais que R$50,00… por tudo isso, eu já estava bastante decidido a correr o risco, como já tinha feito outras vezes, inclusive com outro MOD do Monte, o MT-2 SUSTANIA PLUS TRI-GAIN MOD… só que, como se não bastasse tudo isso, um conhecido do orkut, o “portuga” Nuno, resolveu encarar o MOD antes de mim… e antes que eu pudesse tirar minhas próprias conclusões, ele me passou as melhores impressões do MOD, inclusive comparado ao MXR GT-OD, que ele ainda tem (se não me engano!)… bom, com tudo isso não tive dúvidas: comprei o pedal, encomendei o MOD e aguardei pela melhor sorte possível…

SD1  … que foi o que aconteceu… na verdade, o SD-1 GT é um MOD que transforma o SD-1 num pedal com mais virtudes do que eu esperava… aliás, esqueça o antigo SD-1… esse MOD não visa melhorar o que o SD-1 não tem de melhor, mas sim de transformá-lo em um novo pedal, totalmente diferente… e, felizmente, atendendo as minhas necessidades…

… a primeira coisa que procurei constatar foi a qualidade dele como booster limpo e transparente… e para essa finalidade ainda não achei pedal melhor… creio que o vídeo que postarei abaixo deixará isso bem claro, mas posso adiantar que com ele é possível deixar o timbre do pedal exatamente igual ao da guitarra (pelo menos aos meus ouvidos), sendo um booster limpo absolutamente competenente e um promissor crunch para o que eu desejava…

… que era um crunch com o timbre da guita limpa preservada… em alguns pedais, quando o sinal começa a distorcer, o timbre colore, chegando, em alguns casos, a colorir tanto que o timbre modifica frequencias importantes do sinal original… o caso clássico, pelo menos pra mim, é o do TS9, que tem um crunch excelente, mas que colore o timbre, cortando um pouco os graves vindos da guitarra… isso não acontece com o SD-1 GT, que preserva tanto o timbre da guita, que mesmo com muito drive, e olha que esse pedal tem realmente mais ganho que original, a saturação parece se misturar com o som da guita limpa, sendo possível distinguir ambos facilmente… é incrível, pelo menos pra mim; é sensacional, pelo menos para as minhas necessidades…

… superadas as virtudes do booster limpo e do crunch transparente, faltava ver como o pedal se comportava como booster sujo, além do que mais ele poderia oferecer afora as minhas necessidades…

… como booster sujo, eu não consigo descrevê-lo de outra forma, a não ser comparando-o com outros 2 pedais: 1) comparado com o TS9, ele oferece ao timbre tanta ou mais riqueza de agudos, menor presença de médio-agudos, e graves inalterados e firmes; 2) comparado com o BB Preamp, o SD-1 GT tem um pouco menos de médio-graves, além de graves mais firmes, “não-redondos”, como o do pedal da Xotic… portanto, quem procura um booster sujo que se assemelhe ao TS9, trazendo mais brilho e harmônicos ao timbre, não pense duas vezes… por outro lado, quem procura um booster mais fechado, mais assemelhado ao TS808, procure o……… MXR Wylde Overdrive, certamente um dos melhores boosters que já passaram pelos meus pés…

… por fim, tão logo verifiquei que o MOD tinha transformado o SD-1 em tudo que eu precisava, resolví testar o pedal em diversas outras possibilidades, especialmente como se fosse o drive principal do meu set… e ele me supreendeu profundamente nessa condição… como o timbre do SD-1 GT é brilhoso e transparente, com mais ganho ele lembra os timbres do Matchless C-30… o MOD tem duas chaves que interferem bastante no timbre, sendo uma para usar ou clipagem simétrica ou assimétrica, e outra para ter um ganho X ou um ganho 2X… além disso, no meu coloquei um plus, que foi uma chave que atua nos médios, tendo ou os médios do MOD ou os médios do SD-1… essa chave é bem menos determinante no timbre que as outras, mas funciona bem quando quero ter um timbre mais forte e mais médio, mais cheio…

… enfim, o SD-1 GT é um MOD e tanto… poucos pedais me surpreenderam tanto depois de uma modificação… DUVIDA??? Então dá um confere no material abaixo…

… o sample abaixo é o mesmo disponível no site do Monte Allums… diferentemente de grande parte dos samples que estão contidos no site, na minha opinião esse sample mostra bem muitas nuances do MOD:

… o sample abaixo eu gravei para um conhecido que queria saber como o pedal se comportaria quando usado com uma strato com singles e com um ganho “mais generoso”… aqui é possível verificar como a saturação não esconde o timbre da guita:

… a seguir, segue o primeiro vídeo que encontrei com o MOD… não é brilhante, mas mostra virtudes:

… por fim, chegue abaixo o vídeo que gravei para mostrar o SD-1 GT em diversas situações… diferentemente do usual, quando costumo gravar vídeos com guitas com humbuckers, resolví gravar um vídeo com strato e singles… espero que agrade…

… de resto, meus amigos, espero que tenham gostado deste capítulo… fiquem atentos pois, muito em breve virão os últimos capítulos dessa saga…

Abraços… \m/

7 comentários

Mauricio Maia Vinhas de Azevedo

Cara!
Review mt boa!

Eu já sou fã do SD-1 original, mas essa MOD... putz! Demais.


Aproveitando: ótimo blog!

Milton Morales

Maurício, que bom que tenhas gostado desse pequeno review... e do MOD, que realmente deixa o SD-1 incrível... ;]

Anônimo

E que tal um Small Stone da Electro-Harmonix?

Um belo de um Phaser clássico.
Trouxeram um desses para mim e ele é incrivel!

Milton Morales

André, não sei se chegaste a ler a parte da saga que falo de phaser, mas lá eu comento que o Small Stone é um ótimo phaser... inclusive usei um clone dele por muito tempo... entretanto, o que me fez passar para o Phase90 EVH foi a forma como ele modula a distorção quando com a opção Block Logo, que é exatamente como gosto, e que é diferente do EHX... mas ambos são excelentes... os melhores, na minha opinião... ;]

Abraços!

Bruno Rabelo de Souza

Olá Milton tudo bom? Estou querendo fazer um upgrade no meu SD1. Gostaria de saber se o seu SD 1 GT MOD foi feito no exterior pela própria Monte Allums ou no Brasil pelo Júnior Rossetti ( que é o autorizado oficial da Monte no Brasil)? E se foi no exterior, queria saber quanto ficou no total. Parabéns pelo blog e o review.

Milton Morales

Bruno, eu comprei o kit pelo site do Monte e pedi para uma pessoa fazer o MOD pra mim... se conheceres algum técnico em eletrônica, não precisas mandar pra ninguém, apenas tens de comprar o kit ou o manual, que ele também vende separado...

Bruno Rabelo de Souza

Bacana, Milton. De fato, é muito mais simples. Sou fã do SD1 e quero melhorá-lo o quanto antes. Obrigado mais uma vez.

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