Considerações iniciais
Dando continuidade ao review do 56inc Tubestation, passo à segunda parte das três, que, como adiantei na primeira, abordará “elementos menos usuais na experiência com o Tubestation, como o uso com booster´s e etc....”...
... claro, eu não poderia fugir do que já tinha referido no primeiro review, mas tenho de admitir que talvez “elementos menos usuais” não represente à contento o que efetivamente se dará nesse review... acho que “particularidades menos objetivas”, deixando claro que “objetivas” se referem, mais especificamente, aos assuntos abordados no primeiro review, como as diferenças entre os canais, as respostas das freqüências e etc., seja um pouco mais feliz quanto à proposta desta análise...
... desde que escrevi e publiquei a primeira parte do review, me vi tendo de procurar o melhor momento para gravar com o Tubestation (as circunstâncias da gravação serão abordadas ao final)... aliás, quando me refiro ao “melhor momento”, me refiro ao momento em que teria clareza quanto a melhor forma de abordagem nos samples, tendo em vista que a minha intenção era poder mostrar a maior quantidade possível de variações de timbres do pedal...
... assim, me pareceu óbvio que, ainda que “elementos menos usuais” realmente seja deveras impreciso, e que “particularidades menos objetivas” seja mais preciso, o melhor que eu poderia fazer era sustentar a segunda parte do review em cima das variações dos samples gravados, ou seja, abordar alguns pontos “menos objetivos” com base nos samples, o que, de fato, procurarei fazer a partir de agora, espero, com clareza e sucesso...
Afinal, o Tubestation oferece muitas variações de timbres?
Na minha opinião, sim, e muito...
... pode parecer pretensioso da minha parte, mas a considerar o alto custo dos amp´s valvulados, mesmo os artesanais, tendo a concluir que a maioria de nós, quiça uma margem relevante, tipo 90%, não possui boa experiência com valvulados... e quando falo em boa experiência, não me refiro a testar bastante ou tocar em alguns estúdios que tenham esse tipo de amp., mas sim da experiência mais freqüente, advinda, em especial, da propriedade de um equipamento valvulado, ainda que um pedal, como é o caso do Tubestation... essa “boa experiência” é fundamental para conhecer as diversas nuances das válvulas, tanto que é fato que a falta de contato com esse tipo de equipamento sugere menos condições para poder entender e conhecer melhor essas “nuances”...
... agora, para ajudar quem nunca teve ou teve pouco contato com valvulados, eu pergunto: lembra daquelas expressões “isso aqui é futebol e não ballet”?; “por acaso és de açúcar que não podes pegar chuva”?; “se encostar machuca”?... pois é, além daquele seu amigo que não botava o pé numa dividida, ou da sua amiga que não pegava chuva por causa do cabelo, podes incluir nessa lista as válvulas... sim, elas são sensíveis à tudo, parece manteiga... a diferença é que você ficava puto com o seu amigo ou amiga, mas não com as válvulas, pois é justamente essa sensibilidade que as diferencia e torna QUASE todo BOM equipamento valvulado, para muitos e muitos do ramo, num “Santo Graal”...
... aliás, é por essa razão que respondo taxativamente que sim, que o Tubestation tem muitas variações sonoras, pois ele responde muito sensivelmente às diversas variáveis existentes, como tipo de captador, saída do captador, madeira da guitarra e etc... claro, você pode pensar: “mas isso faz diferença mesmo no meu pedalzinho”... sem dúvidas, não posso dizer que não, mas posso afirmar que essa dinâmica adquire outra dimensão com as válvulas...
... especificamente quanto ao Tubestation, me parece razoável referir que sim, é possível ter respostas absolutamente distintas, mesmo que, sendo baseado nos prés da linha Rectifier, da Mesa Boogie, o mais comum a se pensar seja que ele serve apenas, ou com melhor desempenho, para sons pesados... ledo engano, na minha opinião... não acho que seja um pedal que suporte qualquer estilo, não é isso, mas também não é um pedal de um só estilo...
... aliás, para demonstrar isso, aproveito para colocar abaixo 3 samples mostrando o Tubestation em situações absolutamente distintas, demonstrando um pouco a afirmação feita no parágrafo anterior:
Tubestation - Soando bem light...
Tubestation - Se enervando um pouco...
Tubestation - Ah, amigo, agora é fúria total...
Dando continuidade ao review do 56inc Tubestation, passo à segunda parte das três, que, como adiantei na primeira, abordará “elementos menos usuais na experiência com o Tubestation, como o uso com booster´s e etc....”...
... claro, eu não poderia fugir do que já tinha referido no primeiro review, mas tenho de admitir que talvez “elementos menos usuais” não represente à contento o que efetivamente se dará nesse review... acho que “particularidades menos objetivas”, deixando claro que “objetivas” se referem, mais especificamente, aos assuntos abordados no primeiro review, como as diferenças entre os canais, as respostas das freqüências e etc., seja um pouco mais feliz quanto à proposta desta análise...
... desde que escrevi e publiquei a primeira parte do review, me vi tendo de procurar o melhor momento para gravar com o Tubestation (as circunstâncias da gravação serão abordadas ao final)... aliás, quando me refiro ao “melhor momento”, me refiro ao momento em que teria clareza quanto a melhor forma de abordagem nos samples, tendo em vista que a minha intenção era poder mostrar a maior quantidade possível de variações de timbres do pedal...
... assim, me pareceu óbvio que, ainda que “elementos menos usuais” realmente seja deveras impreciso, e que “particularidades menos objetivas” seja mais preciso, o melhor que eu poderia fazer era sustentar a segunda parte do review em cima das variações dos samples gravados, ou seja, abordar alguns pontos “menos objetivos” com base nos samples, o que, de fato, procurarei fazer a partir de agora, espero, com clareza e sucesso...
Afinal, o Tubestation oferece muitas variações de timbres?
Na minha opinião, sim, e muito...
... pode parecer pretensioso da minha parte, mas a considerar o alto custo dos amp´s valvulados, mesmo os artesanais, tendo a concluir que a maioria de nós, quiça uma margem relevante, tipo 90%, não possui boa experiência com valvulados... e quando falo em boa experiência, não me refiro a testar bastante ou tocar em alguns estúdios que tenham esse tipo de amp., mas sim da experiência mais freqüente, advinda, em especial, da propriedade de um equipamento valvulado, ainda que um pedal, como é o caso do Tubestation... essa “boa experiência” é fundamental para conhecer as diversas nuances das válvulas, tanto que é fato que a falta de contato com esse tipo de equipamento sugere menos condições para poder entender e conhecer melhor essas “nuances”...
... agora, para ajudar quem nunca teve ou teve pouco contato com valvulados, eu pergunto: lembra daquelas expressões “isso aqui é futebol e não ballet”?; “por acaso és de açúcar que não podes pegar chuva”?; “se encostar machuca”?... pois é, além daquele seu amigo que não botava o pé numa dividida, ou da sua amiga que não pegava chuva por causa do cabelo, podes incluir nessa lista as válvulas... sim, elas são sensíveis à tudo, parece manteiga... a diferença é que você ficava puto com o seu amigo ou amiga, mas não com as válvulas, pois é justamente essa sensibilidade que as diferencia e torna QUASE todo BOM equipamento valvulado, para muitos e muitos do ramo, num “Santo Graal”...
... aliás, é por essa razão que respondo taxativamente que sim, que o Tubestation tem muitas variações sonoras, pois ele responde muito sensivelmente às diversas variáveis existentes, como tipo de captador, saída do captador, madeira da guitarra e etc... claro, você pode pensar: “mas isso faz diferença mesmo no meu pedalzinho”... sem dúvidas, não posso dizer que não, mas posso afirmar que essa dinâmica adquire outra dimensão com as válvulas...
... especificamente quanto ao Tubestation, me parece razoável referir que sim, é possível ter respostas absolutamente distintas, mesmo que, sendo baseado nos prés da linha Rectifier, da Mesa Boogie, o mais comum a se pensar seja que ele serve apenas, ou com melhor desempenho, para sons pesados... ledo engano, na minha opinião... não acho que seja um pedal que suporte qualquer estilo, não é isso, mas também não é um pedal de um só estilo...
... aliás, para demonstrar isso, aproveito para colocar abaixo 3 samples mostrando o Tubestation em situações absolutamente distintas, demonstrando um pouco a afirmação feita no parágrafo anterior:
Tubestation - Soando bem light...
Tubestation - Se enervando um pouco...
Tubestation - Ah, amigo, agora é fúria total...
Plugando no INPUT ou no LOOP
Certamente uma grande questão que vem à cabeça quando temos em mãos, digo, nos pés, um equipamento que além de pedal é preamp (é o caso do Tubestation, do Sansamp GT2, entre outros), é onde ele se comportará melhor, se ligado no INPUT do amp., passando pelo pré desse amp., ou se no LOOP, mais especificamente no RETURN, adquirindo, portanto, a prerrogativa de preamp...
... genericamente, não existe uma resposta certa para essa dúvida... na verdade, a melhor resposta, na minha opinião, ainda é aquela que aguça mais a dúvida, pois deixa a questão a cargo dos ouvidos de cada um, do gosto muito particular que cada um tem...
... agora, é evidente que eu poderia pular para outro tópico, pois, de certa forma, o “fica ao gosto do freguês” serviria de resposta, mas sem qualquer profundidade e interesse prático... não sei se a minha experiência causará esse efeito (profundidade e interesse prático), mas acho interessante relatar as minhas impressões sobre o assunto, até para oferecer algum ponto de vista...
... desde que recebi o pedal, diria até, quando da época que o João estava estudando o projeto, e que eu já ficava pensando no dia que teria o meu Tubestation, nunca tive dúvidas de que, quando e se esse dia chegasse, usaria o dito cujo como pedal, e não como preamp, em especial porque, a priori, não haveria um canal limpo, um “clean padrão”...
... com o pedal nos pés, naturalmente, fiz grande parte dos primeiros testes plugando-o no INPUT, até que, certo dia, com tempo e vizinhos viajando, resolvi testá-lo no LOOP do amp., o que gerou uma série de testes posteriores, feitos até os dias de hoje, para avaliar o Tubestation em diversas situações de palco...
... antes de opinar sobre o assunto, quero reiterar o que escrevi no início, que tudo depende do gosto de cada um, e, portanto, o que escreverei não é regra, mais sim as minhas impressões, sempre à luz do meu timbre e da melhor forma de usar o Tubestation para as minhas necessidades... feita essa ressalva, vamos ao que interessa...
... como referi anteriormente, no início, eu não considerava muito a hipótese de usar o Tubestation como preamp, antes de mais nada, porque ele não tem um canal totalmente limpo... por conta disso, pensei nas diversas hipóteses em que isso poderia complicar o uso dos demais efeitos, uma vez que o canal green é um canal muito sensível à intensidade do sinal e, portanto, suja com muita facilidade... não se trata nem de sujar como um drive, mas sim de uma aspereza no timbre, que me agrada muito, mas que pode nem sempre ser desejável... além disso, antes da chegada do Tubestation, eu usava dois pedais de saturação: 1) o Line6 Uber Metal, numa linha mais hi gain moderno, como o canal red do Tubestation; 2) e o Marshall Jackhammer, naturalmente, numa linha mais Marshall de timbre, não só de hi gain, mas como de drive mais leve, tendo em vista que a amplitude de ganho deste pedal é muito grande... no geral, o usava ou como um overdrive ou como um hi gain mais “duro” e com maior presença de médios que o Uber Metal... portanto, o meu maior problema para usar o Tubestation como preamp era conseguir uma forma de soar numa linha mais britânica, mais Marshall, e, acaso não conseguisse, o que seria bastante provável, casá-lo com o Jackhammer, o que seria bem complicado, tendo em vista as características do canal green, que, como mencionei antes, não é um clean totalmente limpo e responde muito sensivelmente às variações de intensidade do sinal... por tudo isso é que, num primeiro momento, refutei o uso do Tubestation como preamp...
... contudo, como curioso que sou, resolvi fazer um primeiro e longo teste no LOOP do meu amp., o que gerou uma série de muitos outros testes, feitos, inclusive, em amp´s diferentes, fazendo com que eu pudesse agregar informações e tirasse algumas conclusões, na medida que tudo que escrevi no parágrafo anterior era, na época, teoria...
... ocorre que, no final das contas, a teoria se fez prática e tudo aquilo que considerei como probabilidade se mostrou realidade, refutando, ao final, a hipótese de usar o Tubestation como preamp (claro, sempre considerando-se o som que faço atualmente, como hoje em dia uso meus efeitos e etc.... se mudar esses elementos no futuro, pode ser que usá-lo como preamp seja melhor opção)...
... contudo, algumas coisas nesses tantos testes foram muito interessantes de observar, especialmente porque fiz muitos testes em amplificadores absolutamente diferentes, e, creio, talvez essa seja a parte mais interessante...
... aos que tem menos conhecimento no assunto, acho relevante explicar que os botões (chamados knob´s) que você mexe para regular o som do seu amp. (volume, drive, ganho, agudos, médios, graves, etc.) fazem parte da seção de preamp do seu amplificador... ali se prepara o som que será enviado para outra seção de amplificação, chamada poweramp, que, a grosso modo, reforça o sinal para ser “jogado” no falante e, por óbvio, ser emitido para as pessoas ouvirem (desculpem-me, técnicos de plantão, mas foi a forma mais rústica que achei para explicar... hehehe)... assim, quando o Tubestation estiver plugado no RETURN do LOOP do amplificador (naqueles amp´s que tiverem LOOP, claro), e não no INPUT, como ocorre geralmente, ele assumirá o posto de preamp e, portanto, se combinará com o poweramp, desabilitando o preamp do amplificador...
... o que tornou muito interessante os meus testes foi que usando o Tubestation no INPUT e no LOOP de um mesmo amp. tive como avaliar melhor a qualidade do preamp, do poweramp e do(s) falante(s) dele... claro, isso é o que menos importa agora, mas a observação em si é relevante, uma vez que somente dessa forma será possível identificar qual será o melhor uso a se dar a um pedal/preamp como o Tubestation...
... ligado no LOOP, o Tubestation assume integralmente suas características, ficando, digamos assim, mais Mesa Boogie, uma vez que se usado como pedal, no INPUT, o preamp do amplificador acaba funcionando mais como um filtro das freqüências vindas dele... esse “mais Mesa Boogie” enseja, basicamente, um som mais gordo e grave, no canal green, e num som MUITO mais grave no canal red... não por acaso eu destaco o MUITO, pois é MUITO mesmo... aliás, para dar melhor seguimento à minha linha de raciocínio, colocarei abaixo 2 samples, feitos com a mesma guitarra e captadores, no mesmo amplificador e com todos os knob´s do pedal em flat (às 12hs)... a única coisa que vai diferí-los é que no primeiro sample (single-coil do meio EMG-SA: 0:00min até 1:01min / humbucker da ponte EMG-81: 1:02min até o final) o Tubestation está ligado no INPUT (amplificador regulado com todos os knob´s às 12hs) e no segundo sample (single-coil do meio EMG-SA: 0:00min até 0:45min / humbucker da ponte EMG-81: 0:46min até o final) está ligado no LOOP do amp.:
Tubestation - Plugado no INPUT do amp...
Tubestation - Plugado no LOOP do amp...
… eu não sei exatamente como os samples vão soar no equipamento de cada um (o ideal, especialmente os samples disponíveis para download, é ouvir num aparelho de som de boa qualidade), ainda mais porque o MP3Tube.net comprime mais o .mp3, da mesma forma que o Youtube faz com os vídeos, mas creio que será possível perceber as diferenças existentes usando o Tubestation ou no INPUT ou no LOOP...
... claro que a diferença mais evidente foi a mencionada antes, os graves, mas poderia apontar algumas outras até para reforçar o que afirmei acima sobre o comportamento diferente do Tubestation em diferentes preamp´s e poweramp´s...
... é mais fácil pra mim, claro, porque gravei os samples ao vivo, mas creio que seja perceptível que o sample do INPUT “suja” mais que o do LOOP... infelizmente, esse “suja” não advém de drive ou aquecimento da válvula, mas, em especial, do som de “rachado” vindo do preamp transistorizado... aliás, em contrapartida, me parece perceptível que a saturação do pedal no LOOP é mais redonda e cheia, ou seja, superior, na minha opinião...
... por outro lado, entre prós e contras, parece que o som vindo do INPUT é melhor, isso se a quantidade de graves adquiridos no LOOP for um problema para você... o que diferencia uma situação da outra é que quando o Tubestation passa pelo preamp do Marshall, o preamp funciona como um filtro e, como esse amp. tem pouca proeminência de graves, e muita presença de médio-agudos, naturalmente consegue soar menos grave e mais brilhoso... não posso deixar de referir que, não fosse o interesse de deixar o amp. em flat, possivelmente mexendo no preamp dele eu conseguiria um som melhor que o do sample, afinal, teria como tirar um pouco do excesso de agudos e etc...
... doutra forma, imagino que algumas pessoas estejam se perguntando se Mesa Boogie de verdade é grave que nem o Cid Moreira... e a resposta é sim, possui graves muito proeminentes, mas ao mesmo tempo com mais brilho que o havido no sample do LOOP... qual a diferença? O poweramp...
... a maioria dos poweramp´s valvulados, em especial, os de hi gain, possuem alguns controles no power, a se destacar o controle de PRESENCE... o PRESENCE já foi alvo de algumas discussões em alguns fóruns que participei, e, seja como for compreendido, como um controle de presença de agudos ou de outra freqüência, como um filtro ou etc., todos esses conceitos servem para controles chamados de PRESENCE e havidos no pré, como é o caso do Tubestation, que possui controle de PRESENCE... ocorre que, tecnicamente, o PRESENCE se encontra mesmo no poweramp e é justamente lá que ele fará mais diferença...
... veja bem, no sample INPUT, o PRESENCE do Tubestation estava às 12hs, que foi o padrão que usei em todos os samples gravados pelo INPUT... contudo, no sample LOOP o PRESENCE está às 3hs, ou seja, precisei abrir bastante a presença de freqüências altas e, ainda assim, os graves tinham maior presença que as outras freqüências... mas esse é o papel desse PRESENCE de pré, ele “abre” o timbre, mas não resolve nesse caso...
... infelizmente não tive como gravar, pois isso se deu aos 48 minutos do segundo tempo da gravação, mas pluguei o Tubestation no LOOP de um Laney VH100r, alltube, e usei o poweramp valvulado dele... pena, realmente, que não pude gravar, pois a diferença era absurda, não só por ser tratar de um poweramp valvulado de alta qualidade, ainda mais se comparado ao poweramp transistorizado do honesto VS8080, mas, especialmente, porque o controle de PRESENCE do power do Laney funcionava de forma absolutamente ativa e funcional para dar mais vida ao timbre, deixando-o menos “opaco”...
... para o meu gosto, o PRESENCE do power é fundamental, mas, claro, repetindo, “para o meu gosto”... eu acho os graves do segundo sample excessivos, outro pode achar que não... logo, a conclusão que tenho pra mim, repito, PRA MIM, é que poderia usar o Tubestation como préamp se tivesse usando um poweramp valvulado, do contrário, em nenhum amp. transistorizado que testei o som ficou a contento PRO MEU GOSTO, especialmente do canal red... por outro lado, de uma forma geral o Tubestation, no INPUT, tem casado muito bem com o preamp dos amplificadores, especialmente aqueles de presença mais equilibrada, ou mesmo com um pouco mais de presença de médio-graves... os com maior presença de médio-agudos, como é o caso do Marshall usado nos samples, tendem a deixar a saturação um pouco “rachada”, e menos “redonda”, que é a minha preferência...
... em tempo, reitero, nada do que escrevi é regra... antes de mais nada são as minhas impressões e que achei que poderiam servir de luz para que o pessoal entendesse algumas da variantes do uso do Tubestation no INPUT ou no LOOP... portanto, só posso recomendar atenção à esses e outros elementos que chamarão mais a sua atenção, dependendo sempre da necessidade do seu som, do seu timbre e etc...
Tubestation e booster
Só posso escrever uma coisa: esse tem sido o grande pivô dos meus testes com o Tubestation... hehehe...
... feito esse comentário quase inoportuno, me recordo um pouco da minha pequena e discutível experiência com booster´s, sejam limpos ou sujos...
... em primeiro lugar, e tenho certeza que aqui os técnicos de plantão, aqueles que riram ou se enervaram com a minha pobre explicação sobre preamp e poweramp, terão mais alguns para dividir o riso ou a indignação, já que esses refutaram fortemente a minha opinião, qual seja, de que não gosto nem nunca gostei de usar booster´s com pedais transistorizados, salvo limpos para aumentar o volume em solos... nunca gostei mesmo... o máximo que acho interessante é o uso de um OD depois do drive principal, mas não para dar mais ganho, e sim para modelar o timbre... sempre achei que se eu precisava de mais ganho, comprava um pedal com mais ganho e pronto... claro, alguns afirmarão que existem ótimas combinações de pedais, com ótimos sons, ótimos timbres, no que não duvido, afinal, a política do “gosto cada um tem um” ainda se presta aqui, e, portanto, me resta respeitar essas opiniões, embora meus ouvidos não concordem plenamente... hehehe
... só que, quando estava por receber o Tubestation, e naquela altura estava analisando o setup de algumas bandas, especialmente aquelas que usavam Mesa Boogie da linha Rectifier, resolvi consultar alguns amigos, que têm larga experiência com amp´s valvulados de hi gain, para saber como e porque eles usavam overdrive´s como booster, uma vez que um amp. hi gain, em tese, tinha todo o ganho necessário... basicamente, o que me foi respondido é que normalmente são usados overdriver´s para modelar melhor o timbre, e não para dar mais ganho (no caso em questão, estou tratando de amp´s hi gain), tal qual aquela situação de exceção que me agradava, qual fosse, usar um OD depois de um pedal transistorizado de saturação...
... assim, tão logo o pedal chegou, uma das primeiras coisas que fiz foi justamente testar os dois OD´s que possuo (Ibanez TS9 e MXR Wylde Overdrive) no canal red (de hi gain) do Tubestation... como era de se esperar, a mudança é sutil, mas ela existe e é muito interessante... digo mais, pro meu estilo de timbre, é fundamental, por isso o comentário que fiz no início desse tópico... hehehe
... depois de um tempo, testando melhor o Tubestation sem os OD´s, consegui identificar quais necessidades eu tinha, que eram “apertar” um pouco mais o timbre, deixando-o menos gordo, o que é diferente de deixá-lo menos grave; um pouco mais de brilho, uma “aquecida”; encher mais o timbre, deixando a saturação mais cheia, mais completa, mais intensa... identificadas as necessidades, passei a testar o TS9 e o Wylde OD com mais detimento para verificar qual deles poderia resolver o maior número de necessidades que eu tinha...
... o primeiro que testei e usei mais tempo foi o TS9, justamente porque a primeira coisa que se percebe é como ele dá brilho e aquece o timbre... nesse quesito ele é excelente... ao mesmo tempo que dava brilho, ele “apertava” um pouco e enchia o timbre, ou seja, teoricamente resolvia meus problemas... teoricamente... depois de ter achado em casa as regulagens ideais, fiz o primeiro ensaio e.... é, o TS9 fez tudo que eu queria... mas, fez mais, infelizmente... matou os graves do timbre... e isso é tão crônico que ligando e desligando o pedal a diferença de presença do timbre junto com a banda era enorme (aos que não têm experiência com banda, o dia que tiverem descobrirão que é diferente timbrar no quarto e tocar com mais 3 instrumentos)... com o TS9, meu som sumia... sem ele, voltava muito presente... portanto, ele dava mais presença às primas e tirava presença dos bordões, o que é uma fórmula kamikaze para quem toca metal... hehehe... infelizmente, fui mais uma vítima de um problema corriqueiramente reclamado por muitos músicos, a chacina nos graves feita pelo TS9...
... por conta disso, passei a dar mais atenção ao Wylde OD, já que de cara, na primeira sentada, não tinha conseguido uma boa regulagem, pois achava que ele sujava um pouco o timbre... assim, com mais calma, consegui uma boa regulagem que me proporcionou um som mais cheio, ainda que um pouco aquém do TS9 (possivelmente por ter menos médios que o Ibanez), um timbre ainda mais “apertado” que o Ibanez, o que achei ótimo, mas sem o mesmo brilho do outro... e tudo isso com uma vantagem: o Wylde OD não matou drasticamente os graves... ele chega a atenuar um pouco os graves, mas bem menos que o TS9, provavelmente por ser um pedal mais equilibrado...
... agora, tudo que escrevi antes certamente pode parecer que com um pedal o timbre fica mais “azul” e com o outro fica mais “vermelho”, como se a diferença fosse gritante... não é... como a velha máxima do “gosto cada um tem um”, eu costumo ser do tipo que complica a própria vida e que, para tanto, precisa se apegar aos mínimos detalhes, o que faço com muito sucesso, para meu azar... hehehe... salvo pelo brilho que o TS9 dá, consideravelmente superior ao do Wylde OD, e o fato do Wylde OD preservar mais os graves que o TS9, o resto é muito parecido e, batendo tudo num liquidificador, o resultado final ainda é muito similar...
... aliás, para demonstrar isso (espero que consiga demonstrar... hehehe), resolvi gravar 2 samples, um com o TS9 e outro com o Wylde OD... em ambos foi usada a mesma guitarra e a mesma regulagem no Tubestation (red mode)... a única coisa que os diferirá é o booster... no primeiro sample, o TS9 está regulado com o DRIVE às 10hs, TONE às 12hs e LEVEL às 3hs... no segundo sample, o Wylde OD está regulado com o OUTPUT às 2hs, TONE às 11hs e GAIN às 10hs...
Tubestation - RED MODE e TS9
Tubestation - RED MODE e Wylde OD
… como a maioria já deve ter percebido, sem falar daqueles que já sabiam previamente, embora eu tenha outro projetos, minha principal banda é de metal, e, portanto, quando falo do meu timbre, na maioria das vezes estou me referindo à um timbre hi gain... contudo, não vivo somente dele... embora use primordialmente timbres pesados, intercalo, nas composições da minha banda, texturas diferentes, seja de som limpo, crunchado, drive ou um outro tipo de hi gain...
... não sei quantos estão acordados até aqui... hehehe... mas no início do review, mais especificamente na parte que tratou do uso do Tubestation no INPUT ou no LOOP, escrevi brevemente sobre a antiga composição que fazia com os meus timbres de saturação, que consistia num hi gain moderno com o Line6 Uber Metal, agora substituído pelo canal red do Tubestation, e um drive e hi gain a la Marshal com o Marshall Jackhammer, agora substituído pelo ??????????...
... então, esse foi outro dilema, mas nem tão grande, uma vez que eu precisava de timbres menos específicos, mas com características específicas, ou seja, não precisava ser exatamente ou similar à um Marshall, mas que agregasse mais brilho e presença de médios... e foi aqui que a diversão começou... hehehe
... o Tubestation possui dois canais distintos, mas não independentes, ou seja, ainda que soem completamente diferentes, são usados os mesmos potenciômetros para regular ambos canais e, portanto, aqui encontra-se uma limitação, uma vez que é preciso escolher um canal, regular ele e, depois, ver como pode usar o outro... na prática, não vejo grande problema nisso, pois o canal green tende a responder de forma muito parecida, mesmo que com regulagens diferentes... não estou dizendo que ele soa sempre igual, mas que mantém algumas características, mesmo mudando muito as regulagens, como o brilho, a transparência e etc... enfim, como os canais não são independentes, precisava achar uma solução externa para deixar o canal green mais versátil e, claro, a primeira opção foi um booster...
... diferentemente do canal red, aqui os dois pedais mostram mais como são distintos e como podem atuar de formas absolutamente diferentes, praticamente descaracterizando o som do Tubestation... é verdadeiramente um deleite, divertido e útil, o que é mais importante, as opções que podem ser encontradas usando um pedal de saturação antes do canal green... aliás, já referi isso muitas vezes, o canal green é muito sensível, e responde de maneira muito diferente dependendo do captador, do booster e etc., e, por isso, é tão interessante para conseguir um timbre absolutamente limpo e, com uma pisada em outro pedal, partir para um timbre ardido ou até pesado...
... para exemplificar essa sensibilidade e fluidez do canal green, bem como de que forma o TS9 e o Wyde OD podem responder quando usados com ele, gravei 2 samples, com o Tubestation regulado da mesma forma em ambos e usando a mesma guitarra, mas com os pedais regulados de forma um pouco diferente, com intuito de mostrar as possibilidades do canal green somado à um drive, seja lá qual for... segue abaixo a legenda dos dois samples:
- USANDO TS9 COMO BOOSTER – Drive 12hs / Tone 12hs / Level 12hs
Single-coil do meio – EMG-SA – 0:00min->0:39min
Humbucker da ponte – EMG-81 – 0:40min->final
-> 1:15min – solo sem booster
-> 1:21min – solo com booster
Tubestation - GREEN MODE e TS9
- USANDO WYLDE OVERDRIVE COMO BOOSTER – Output 2hs / Tone 2hs / Gain 2hs
Single-coil do meio – EMG-SA – 0:00min->0:31min
Humbucker da ponte – EMG-81 – 0:39min->final
-> 1:16min – solo sem booster
-> 1:22min – solo com booster
Tubestation - GREEN MODE e Wylde OD
… como apontamentos finais, acho relevante mencionar que nem todo mundo usa booster sujo para bases, pois em alguns casos ele é usado apenas nos solos... nesses casos, o timbre da base, seja limpo ou sujo, é regulado no amp., e o booster é apenas usado para dar mais compressão e sustain, deixando o timbre do solo muito melhor...
... além disso, para que não digam que não referi, usei algumas vezes um booster limpo, como o MXR Microamp... salvo para aumentar o volume dos solos, não gostei muito dele com o Tubestation... tudo que eu conseguia dar um “up” com o Microamp, depois conseguia o mesmo resultado apenas no Tubestation, mas com nível bem menor de “sujeira”... seja como for, ainda assim recomendo o teste...
... por fim, afinal, um dia teria de parar de escrever sobre o assunto... hehehe... eu acho quase fundamental ter algum pedal (sugiro um overdrive) como booster para acompanhar o Tubestation... as possibilidades são tantas que não consigo me imaginar saindo de casa com um sem o outro... em ambos canais um booster, SE BEM USADO, pode ser muito útil e muito interessante...
... ah, sim, aos que quiserem saber do capítulo atual da minha saga, no momento estou usando mais o Wylde OD como booster... em breve farei mais alguns testes com o TS9 para ver se consigo melhorar a resposta de graves já que, no geral, salvo por isso, gosto mais da resposta dele que do Wylde OD no canal red... contudo, se meu teste não lograr êxito, continuarei muito satisfeito usando o Wylde OD, embora vá investir numa nova opção de booster, um que “aquece” como um TS9, mas que tem um controle independente de equalização ativa de graves e agudos, que é o BB Preamp... se partir pra ele mesmo, em outro momento narro aqui como foi esse novo capítulo... hehehe
Considerações a respeito da gravação dos samples
Quando pensei como gravar os samples, resolvi que deveria gravar samples na melhor qualidade possível por várias razões, em especial pelo fato de se tratar de um pedal que gerou grande interesse do pessoal...
... infelizmente, não tive como produzir os samples que esperava... o tempo de gravação foi exíguo para poder tentar mostrar o máximo de variações possíveis do pedal, sendo usadas, inclusive, algumas guitarras que estava vendo pela primeira vez naquele dia, na hora de gravar, mas que foram muito úteis para darem alguns nortes/sonoridades/timbres diferentes daquele que a minha guitarra daria... também não tive tempo para masterizar os audios e garantir um som mais rico, o que já teria feito muita diferença... contudo, o grande amigo e colaborador, Marcos “Lelo” Craveiro, conseguiu dar uma boa mexida e uma considerável melhorada nos samples (Grande Lelo, como sempre, muito obrigado!)... assim, certamente alguns timbres não agradarão, outros sim, a execução dos trechos gravados é ruim, porque tudo foi feito na hora, durante o take de gravação, enfim, infortunadamente não tive como produzir o que queria...
... aliás, ainda que os samples não tenham ficado como eu queria, recomendo a audição deles em algum aparelho de som, pois nos falantes feitos para PC o som sairá muito “rachado”, pois dificilmente suportará a contento a projeção das freqüências baixas...
... de qualquer forma, creio que se trata de um material interessante e que, agregado aos vídeos postados na primeira parte do review, podem servir como bons elementos para conhecer um pouco mais do Tubestation...
... apropósito, devo ressaltar, exatamente porque os samples não ficaram como deveriam, que posso garantir, com absoluta convicção, que o som ao vivo do pedal é bastante superior aos dos samples... se gostar de algum sample, procure imaginar isso, pelo menos, umas 10 vezes melhor... hehehe
... no arquivo do link abaixo constam todos os samples postados neste review, além de outros, totalizando 20 samples, e um arquivo contendo todas as regulagens e equipamentos utilizados...
- http://www.4shared.com/file/37284031/b422a5d0/56INCcom_TUBESTATION_MILTON_MORALES_wwwtocadosefeitosblogspotcom.html?dirPwdVerified=7a2db832 (55mb)
Considerações finais
Espero que esse material seja de bom proveito à todos... embora esteja sendo trabalhoso, não posso dizer que não esteja sendo muito agradável se deter tanto e em busca de tantos detalhes de um equipamento dessa qualidade...
... em tempo, a terceira e última parte do review será no estilo FAQ, ou seja, respostas para uma série de perguntas que foram feitas através ou do email da Toca ou do meu email pessoal... como a publicação da última parte levará mais alguns dias, gostaria que todos que tiverem dúvidas, perguntas, enfim, qualquer questionamento sobre o Tubestation, que o faça pelo email da Toca (tocadosefeitos@yahoo.com.br) para que eu possa incluir seu questionamento na última parte do review... ah, sim, a resposta não virá somente na publicação, mas em no máximo 24hs após o recebimento do email... hehehe...
... de resto, agradeço à todos pelo apoio e aguardo comentários, sugestões, o que for... quem quiser entrar no mailist da Toca, por favor, envie um email para tocadosefeitos@yahoo.com.br, pois seu email será imediatamente incluído... a inclusão no mailist significará aviso por email das atualizações do blog, bem como o recebimento de um boletim sobre efeitos e equipamentos afins, que só o afiliado da Toca recebe... PORTANTO, NÃO PERCA TEMPO...
Certamente uma grande questão que vem à cabeça quando temos em mãos, digo, nos pés, um equipamento que além de pedal é preamp (é o caso do Tubestation, do Sansamp GT2, entre outros), é onde ele se comportará melhor, se ligado no INPUT do amp., passando pelo pré desse amp., ou se no LOOP, mais especificamente no RETURN, adquirindo, portanto, a prerrogativa de preamp...
... genericamente, não existe uma resposta certa para essa dúvida... na verdade, a melhor resposta, na minha opinião, ainda é aquela que aguça mais a dúvida, pois deixa a questão a cargo dos ouvidos de cada um, do gosto muito particular que cada um tem...
... agora, é evidente que eu poderia pular para outro tópico, pois, de certa forma, o “fica ao gosto do freguês” serviria de resposta, mas sem qualquer profundidade e interesse prático... não sei se a minha experiência causará esse efeito (profundidade e interesse prático), mas acho interessante relatar as minhas impressões sobre o assunto, até para oferecer algum ponto de vista...
... desde que recebi o pedal, diria até, quando da época que o João estava estudando o projeto, e que eu já ficava pensando no dia que teria o meu Tubestation, nunca tive dúvidas de que, quando e se esse dia chegasse, usaria o dito cujo como pedal, e não como preamp, em especial porque, a priori, não haveria um canal limpo, um “clean padrão”...
... com o pedal nos pés, naturalmente, fiz grande parte dos primeiros testes plugando-o no INPUT, até que, certo dia, com tempo e vizinhos viajando, resolvi testá-lo no LOOP do amp., o que gerou uma série de testes posteriores, feitos até os dias de hoje, para avaliar o Tubestation em diversas situações de palco...
... antes de opinar sobre o assunto, quero reiterar o que escrevi no início, que tudo depende do gosto de cada um, e, portanto, o que escreverei não é regra, mais sim as minhas impressões, sempre à luz do meu timbre e da melhor forma de usar o Tubestation para as minhas necessidades... feita essa ressalva, vamos ao que interessa...
... como referi anteriormente, no início, eu não considerava muito a hipótese de usar o Tubestation como preamp, antes de mais nada, porque ele não tem um canal totalmente limpo... por conta disso, pensei nas diversas hipóteses em que isso poderia complicar o uso dos demais efeitos, uma vez que o canal green é um canal muito sensível à intensidade do sinal e, portanto, suja com muita facilidade... não se trata nem de sujar como um drive, mas sim de uma aspereza no timbre, que me agrada muito, mas que pode nem sempre ser desejável... além disso, antes da chegada do Tubestation, eu usava dois pedais de saturação: 1) o Line6 Uber Metal, numa linha mais hi gain moderno, como o canal red do Tubestation; 2) e o Marshall Jackhammer, naturalmente, numa linha mais Marshall de timbre, não só de hi gain, mas como de drive mais leve, tendo em vista que a amplitude de ganho deste pedal é muito grande... no geral, o usava ou como um overdrive ou como um hi gain mais “duro” e com maior presença de médios que o Uber Metal... portanto, o meu maior problema para usar o Tubestation como preamp era conseguir uma forma de soar numa linha mais britânica, mais Marshall, e, acaso não conseguisse, o que seria bastante provável, casá-lo com o Jackhammer, o que seria bem complicado, tendo em vista as características do canal green, que, como mencionei antes, não é um clean totalmente limpo e responde muito sensivelmente às variações de intensidade do sinal... por tudo isso é que, num primeiro momento, refutei o uso do Tubestation como preamp...
... contudo, como curioso que sou, resolvi fazer um primeiro e longo teste no LOOP do meu amp., o que gerou uma série de muitos outros testes, feitos, inclusive, em amp´s diferentes, fazendo com que eu pudesse agregar informações e tirasse algumas conclusões, na medida que tudo que escrevi no parágrafo anterior era, na época, teoria...
... ocorre que, no final das contas, a teoria se fez prática e tudo aquilo que considerei como probabilidade se mostrou realidade, refutando, ao final, a hipótese de usar o Tubestation como preamp (claro, sempre considerando-se o som que faço atualmente, como hoje em dia uso meus efeitos e etc.... se mudar esses elementos no futuro, pode ser que usá-lo como preamp seja melhor opção)...
... contudo, algumas coisas nesses tantos testes foram muito interessantes de observar, especialmente porque fiz muitos testes em amplificadores absolutamente diferentes, e, creio, talvez essa seja a parte mais interessante...
... aos que tem menos conhecimento no assunto, acho relevante explicar que os botões (chamados knob´s) que você mexe para regular o som do seu amp. (volume, drive, ganho, agudos, médios, graves, etc.) fazem parte da seção de preamp do seu amplificador... ali se prepara o som que será enviado para outra seção de amplificação, chamada poweramp, que, a grosso modo, reforça o sinal para ser “jogado” no falante e, por óbvio, ser emitido para as pessoas ouvirem (desculpem-me, técnicos de plantão, mas foi a forma mais rústica que achei para explicar... hehehe)... assim, quando o Tubestation estiver plugado no RETURN do LOOP do amplificador (naqueles amp´s que tiverem LOOP, claro), e não no INPUT, como ocorre geralmente, ele assumirá o posto de preamp e, portanto, se combinará com o poweramp, desabilitando o preamp do amplificador...
... o que tornou muito interessante os meus testes foi que usando o Tubestation no INPUT e no LOOP de um mesmo amp. tive como avaliar melhor a qualidade do preamp, do poweramp e do(s) falante(s) dele... claro, isso é o que menos importa agora, mas a observação em si é relevante, uma vez que somente dessa forma será possível identificar qual será o melhor uso a se dar a um pedal/preamp como o Tubestation...
... ligado no LOOP, o Tubestation assume integralmente suas características, ficando, digamos assim, mais Mesa Boogie, uma vez que se usado como pedal, no INPUT, o preamp do amplificador acaba funcionando mais como um filtro das freqüências vindas dele... esse “mais Mesa Boogie” enseja, basicamente, um som mais gordo e grave, no canal green, e num som MUITO mais grave no canal red... não por acaso eu destaco o MUITO, pois é MUITO mesmo... aliás, para dar melhor seguimento à minha linha de raciocínio, colocarei abaixo 2 samples, feitos com a mesma guitarra e captadores, no mesmo amplificador e com todos os knob´s do pedal em flat (às 12hs)... a única coisa que vai diferí-los é que no primeiro sample (single-coil do meio EMG-SA: 0:00min até 1:01min / humbucker da ponte EMG-81: 1:02min até o final) o Tubestation está ligado no INPUT (amplificador regulado com todos os knob´s às 12hs) e no segundo sample (single-coil do meio EMG-SA: 0:00min até 0:45min / humbucker da ponte EMG-81: 0:46min até o final) está ligado no LOOP do amp.:
Tubestation - Plugado no INPUT do amp...
Tubestation - Plugado no LOOP do amp...
… eu não sei exatamente como os samples vão soar no equipamento de cada um (o ideal, especialmente os samples disponíveis para download, é ouvir num aparelho de som de boa qualidade), ainda mais porque o MP3Tube.net comprime mais o .mp3, da mesma forma que o Youtube faz com os vídeos, mas creio que será possível perceber as diferenças existentes usando o Tubestation ou no INPUT ou no LOOP...
... claro que a diferença mais evidente foi a mencionada antes, os graves, mas poderia apontar algumas outras até para reforçar o que afirmei acima sobre o comportamento diferente do Tubestation em diferentes preamp´s e poweramp´s...
... é mais fácil pra mim, claro, porque gravei os samples ao vivo, mas creio que seja perceptível que o sample do INPUT “suja” mais que o do LOOP... infelizmente, esse “suja” não advém de drive ou aquecimento da válvula, mas, em especial, do som de “rachado” vindo do preamp transistorizado... aliás, em contrapartida, me parece perceptível que a saturação do pedal no LOOP é mais redonda e cheia, ou seja, superior, na minha opinião...
... por outro lado, entre prós e contras, parece que o som vindo do INPUT é melhor, isso se a quantidade de graves adquiridos no LOOP for um problema para você... o que diferencia uma situação da outra é que quando o Tubestation passa pelo preamp do Marshall, o preamp funciona como um filtro e, como esse amp. tem pouca proeminência de graves, e muita presença de médio-agudos, naturalmente consegue soar menos grave e mais brilhoso... não posso deixar de referir que, não fosse o interesse de deixar o amp. em flat, possivelmente mexendo no preamp dele eu conseguiria um som melhor que o do sample, afinal, teria como tirar um pouco do excesso de agudos e etc...
... doutra forma, imagino que algumas pessoas estejam se perguntando se Mesa Boogie de verdade é grave que nem o Cid Moreira... e a resposta é sim, possui graves muito proeminentes, mas ao mesmo tempo com mais brilho que o havido no sample do LOOP... qual a diferença? O poweramp...
... a maioria dos poweramp´s valvulados, em especial, os de hi gain, possuem alguns controles no power, a se destacar o controle de PRESENCE... o PRESENCE já foi alvo de algumas discussões em alguns fóruns que participei, e, seja como for compreendido, como um controle de presença de agudos ou de outra freqüência, como um filtro ou etc., todos esses conceitos servem para controles chamados de PRESENCE e havidos no pré, como é o caso do Tubestation, que possui controle de PRESENCE... ocorre que, tecnicamente, o PRESENCE se encontra mesmo no poweramp e é justamente lá que ele fará mais diferença...
... veja bem, no sample INPUT, o PRESENCE do Tubestation estava às 12hs, que foi o padrão que usei em todos os samples gravados pelo INPUT... contudo, no sample LOOP o PRESENCE está às 3hs, ou seja, precisei abrir bastante a presença de freqüências altas e, ainda assim, os graves tinham maior presença que as outras freqüências... mas esse é o papel desse PRESENCE de pré, ele “abre” o timbre, mas não resolve nesse caso...
... infelizmente não tive como gravar, pois isso se deu aos 48 minutos do segundo tempo da gravação, mas pluguei o Tubestation no LOOP de um Laney VH100r, alltube, e usei o poweramp valvulado dele... pena, realmente, que não pude gravar, pois a diferença era absurda, não só por ser tratar de um poweramp valvulado de alta qualidade, ainda mais se comparado ao poweramp transistorizado do honesto VS8080, mas, especialmente, porque o controle de PRESENCE do power do Laney funcionava de forma absolutamente ativa e funcional para dar mais vida ao timbre, deixando-o menos “opaco”...
... para o meu gosto, o PRESENCE do power é fundamental, mas, claro, repetindo, “para o meu gosto”... eu acho os graves do segundo sample excessivos, outro pode achar que não... logo, a conclusão que tenho pra mim, repito, PRA MIM, é que poderia usar o Tubestation como préamp se tivesse usando um poweramp valvulado, do contrário, em nenhum amp. transistorizado que testei o som ficou a contento PRO MEU GOSTO, especialmente do canal red... por outro lado, de uma forma geral o Tubestation, no INPUT, tem casado muito bem com o preamp dos amplificadores, especialmente aqueles de presença mais equilibrada, ou mesmo com um pouco mais de presença de médio-graves... os com maior presença de médio-agudos, como é o caso do Marshall usado nos samples, tendem a deixar a saturação um pouco “rachada”, e menos “redonda”, que é a minha preferência...
... em tempo, reitero, nada do que escrevi é regra... antes de mais nada são as minhas impressões e que achei que poderiam servir de luz para que o pessoal entendesse algumas da variantes do uso do Tubestation no INPUT ou no LOOP... portanto, só posso recomendar atenção à esses e outros elementos que chamarão mais a sua atenção, dependendo sempre da necessidade do seu som, do seu timbre e etc...
Tubestation e booster
Só posso escrever uma coisa: esse tem sido o grande pivô dos meus testes com o Tubestation... hehehe...
... feito esse comentário quase inoportuno, me recordo um pouco da minha pequena e discutível experiência com booster´s, sejam limpos ou sujos...
... em primeiro lugar, e tenho certeza que aqui os técnicos de plantão, aqueles que riram ou se enervaram com a minha pobre explicação sobre preamp e poweramp, terão mais alguns para dividir o riso ou a indignação, já que esses refutaram fortemente a minha opinião, qual seja, de que não gosto nem nunca gostei de usar booster´s com pedais transistorizados, salvo limpos para aumentar o volume em solos... nunca gostei mesmo... o máximo que acho interessante é o uso de um OD depois do drive principal, mas não para dar mais ganho, e sim para modelar o timbre... sempre achei que se eu precisava de mais ganho, comprava um pedal com mais ganho e pronto... claro, alguns afirmarão que existem ótimas combinações de pedais, com ótimos sons, ótimos timbres, no que não duvido, afinal, a política do “gosto cada um tem um” ainda se presta aqui, e, portanto, me resta respeitar essas opiniões, embora meus ouvidos não concordem plenamente... hehehe
... só que, quando estava por receber o Tubestation, e naquela altura estava analisando o setup de algumas bandas, especialmente aquelas que usavam Mesa Boogie da linha Rectifier, resolvi consultar alguns amigos, que têm larga experiência com amp´s valvulados de hi gain, para saber como e porque eles usavam overdrive´s como booster, uma vez que um amp. hi gain, em tese, tinha todo o ganho necessário... basicamente, o que me foi respondido é que normalmente são usados overdriver´s para modelar melhor o timbre, e não para dar mais ganho (no caso em questão, estou tratando de amp´s hi gain), tal qual aquela situação de exceção que me agradava, qual fosse, usar um OD depois de um pedal transistorizado de saturação...
... assim, tão logo o pedal chegou, uma das primeiras coisas que fiz foi justamente testar os dois OD´s que possuo (Ibanez TS9 e MXR Wylde Overdrive) no canal red (de hi gain) do Tubestation... como era de se esperar, a mudança é sutil, mas ela existe e é muito interessante... digo mais, pro meu estilo de timbre, é fundamental, por isso o comentário que fiz no início desse tópico... hehehe
... depois de um tempo, testando melhor o Tubestation sem os OD´s, consegui identificar quais necessidades eu tinha, que eram “apertar” um pouco mais o timbre, deixando-o menos gordo, o que é diferente de deixá-lo menos grave; um pouco mais de brilho, uma “aquecida”; encher mais o timbre, deixando a saturação mais cheia, mais completa, mais intensa... identificadas as necessidades, passei a testar o TS9 e o Wylde OD com mais detimento para verificar qual deles poderia resolver o maior número de necessidades que eu tinha...
... o primeiro que testei e usei mais tempo foi o TS9, justamente porque a primeira coisa que se percebe é como ele dá brilho e aquece o timbre... nesse quesito ele é excelente... ao mesmo tempo que dava brilho, ele “apertava” um pouco e enchia o timbre, ou seja, teoricamente resolvia meus problemas... teoricamente... depois de ter achado em casa as regulagens ideais, fiz o primeiro ensaio e.... é, o TS9 fez tudo que eu queria... mas, fez mais, infelizmente... matou os graves do timbre... e isso é tão crônico que ligando e desligando o pedal a diferença de presença do timbre junto com a banda era enorme (aos que não têm experiência com banda, o dia que tiverem descobrirão que é diferente timbrar no quarto e tocar com mais 3 instrumentos)... com o TS9, meu som sumia... sem ele, voltava muito presente... portanto, ele dava mais presença às primas e tirava presença dos bordões, o que é uma fórmula kamikaze para quem toca metal... hehehe... infelizmente, fui mais uma vítima de um problema corriqueiramente reclamado por muitos músicos, a chacina nos graves feita pelo TS9...
... por conta disso, passei a dar mais atenção ao Wylde OD, já que de cara, na primeira sentada, não tinha conseguido uma boa regulagem, pois achava que ele sujava um pouco o timbre... assim, com mais calma, consegui uma boa regulagem que me proporcionou um som mais cheio, ainda que um pouco aquém do TS9 (possivelmente por ter menos médios que o Ibanez), um timbre ainda mais “apertado” que o Ibanez, o que achei ótimo, mas sem o mesmo brilho do outro... e tudo isso com uma vantagem: o Wylde OD não matou drasticamente os graves... ele chega a atenuar um pouco os graves, mas bem menos que o TS9, provavelmente por ser um pedal mais equilibrado...
... agora, tudo que escrevi antes certamente pode parecer que com um pedal o timbre fica mais “azul” e com o outro fica mais “vermelho”, como se a diferença fosse gritante... não é... como a velha máxima do “gosto cada um tem um”, eu costumo ser do tipo que complica a própria vida e que, para tanto, precisa se apegar aos mínimos detalhes, o que faço com muito sucesso, para meu azar... hehehe... salvo pelo brilho que o TS9 dá, consideravelmente superior ao do Wylde OD, e o fato do Wylde OD preservar mais os graves que o TS9, o resto é muito parecido e, batendo tudo num liquidificador, o resultado final ainda é muito similar...
... aliás, para demonstrar isso (espero que consiga demonstrar... hehehe), resolvi gravar 2 samples, um com o TS9 e outro com o Wylde OD... em ambos foi usada a mesma guitarra e a mesma regulagem no Tubestation (red mode)... a única coisa que os diferirá é o booster... no primeiro sample, o TS9 está regulado com o DRIVE às 10hs, TONE às 12hs e LEVEL às 3hs... no segundo sample, o Wylde OD está regulado com o OUTPUT às 2hs, TONE às 11hs e GAIN às 10hs...
Tubestation - RED MODE e TS9
Tubestation - RED MODE e Wylde OD
… como a maioria já deve ter percebido, sem falar daqueles que já sabiam previamente, embora eu tenha outro projetos, minha principal banda é de metal, e, portanto, quando falo do meu timbre, na maioria das vezes estou me referindo à um timbre hi gain... contudo, não vivo somente dele... embora use primordialmente timbres pesados, intercalo, nas composições da minha banda, texturas diferentes, seja de som limpo, crunchado, drive ou um outro tipo de hi gain...
... não sei quantos estão acordados até aqui... hehehe... mas no início do review, mais especificamente na parte que tratou do uso do Tubestation no INPUT ou no LOOP, escrevi brevemente sobre a antiga composição que fazia com os meus timbres de saturação, que consistia num hi gain moderno com o Line6 Uber Metal, agora substituído pelo canal red do Tubestation, e um drive e hi gain a la Marshal com o Marshall Jackhammer, agora substituído pelo ??????????...
... então, esse foi outro dilema, mas nem tão grande, uma vez que eu precisava de timbres menos específicos, mas com características específicas, ou seja, não precisava ser exatamente ou similar à um Marshall, mas que agregasse mais brilho e presença de médios... e foi aqui que a diversão começou... hehehe
... o Tubestation possui dois canais distintos, mas não independentes, ou seja, ainda que soem completamente diferentes, são usados os mesmos potenciômetros para regular ambos canais e, portanto, aqui encontra-se uma limitação, uma vez que é preciso escolher um canal, regular ele e, depois, ver como pode usar o outro... na prática, não vejo grande problema nisso, pois o canal green tende a responder de forma muito parecida, mesmo que com regulagens diferentes... não estou dizendo que ele soa sempre igual, mas que mantém algumas características, mesmo mudando muito as regulagens, como o brilho, a transparência e etc... enfim, como os canais não são independentes, precisava achar uma solução externa para deixar o canal green mais versátil e, claro, a primeira opção foi um booster...
... diferentemente do canal red, aqui os dois pedais mostram mais como são distintos e como podem atuar de formas absolutamente diferentes, praticamente descaracterizando o som do Tubestation... é verdadeiramente um deleite, divertido e útil, o que é mais importante, as opções que podem ser encontradas usando um pedal de saturação antes do canal green... aliás, já referi isso muitas vezes, o canal green é muito sensível, e responde de maneira muito diferente dependendo do captador, do booster e etc., e, por isso, é tão interessante para conseguir um timbre absolutamente limpo e, com uma pisada em outro pedal, partir para um timbre ardido ou até pesado...
... para exemplificar essa sensibilidade e fluidez do canal green, bem como de que forma o TS9 e o Wyde OD podem responder quando usados com ele, gravei 2 samples, com o Tubestation regulado da mesma forma em ambos e usando a mesma guitarra, mas com os pedais regulados de forma um pouco diferente, com intuito de mostrar as possibilidades do canal green somado à um drive, seja lá qual for... segue abaixo a legenda dos dois samples:
- USANDO TS9 COMO BOOSTER – Drive 12hs / Tone 12hs / Level 12hs
Single-coil do meio – EMG-SA – 0:00min->0:39min
Humbucker da ponte – EMG-81 – 0:40min->final
-> 1:15min – solo sem booster
-> 1:21min – solo com booster
Tubestation - GREEN MODE e TS9
- USANDO WYLDE OVERDRIVE COMO BOOSTER – Output 2hs / Tone 2hs / Gain 2hs
Single-coil do meio – EMG-SA – 0:00min->0:31min
Humbucker da ponte – EMG-81 – 0:39min->final
-> 1:16min – solo sem booster
-> 1:22min – solo com booster
Tubestation - GREEN MODE e Wylde OD
… como apontamentos finais, acho relevante mencionar que nem todo mundo usa booster sujo para bases, pois em alguns casos ele é usado apenas nos solos... nesses casos, o timbre da base, seja limpo ou sujo, é regulado no amp., e o booster é apenas usado para dar mais compressão e sustain, deixando o timbre do solo muito melhor...
... além disso, para que não digam que não referi, usei algumas vezes um booster limpo, como o MXR Microamp... salvo para aumentar o volume dos solos, não gostei muito dele com o Tubestation... tudo que eu conseguia dar um “up” com o Microamp, depois conseguia o mesmo resultado apenas no Tubestation, mas com nível bem menor de “sujeira”... seja como for, ainda assim recomendo o teste...
... por fim, afinal, um dia teria de parar de escrever sobre o assunto... hehehe... eu acho quase fundamental ter algum pedal (sugiro um overdrive) como booster para acompanhar o Tubestation... as possibilidades são tantas que não consigo me imaginar saindo de casa com um sem o outro... em ambos canais um booster, SE BEM USADO, pode ser muito útil e muito interessante...
... ah, sim, aos que quiserem saber do capítulo atual da minha saga, no momento estou usando mais o Wylde OD como booster... em breve farei mais alguns testes com o TS9 para ver se consigo melhorar a resposta de graves já que, no geral, salvo por isso, gosto mais da resposta dele que do Wylde OD no canal red... contudo, se meu teste não lograr êxito, continuarei muito satisfeito usando o Wylde OD, embora vá investir numa nova opção de booster, um que “aquece” como um TS9, mas que tem um controle independente de equalização ativa de graves e agudos, que é o BB Preamp... se partir pra ele mesmo, em outro momento narro aqui como foi esse novo capítulo... hehehe
Considerações a respeito da gravação dos samples
Quando pensei como gravar os samples, resolvi que deveria gravar samples na melhor qualidade possível por várias razões, em especial pelo fato de se tratar de um pedal que gerou grande interesse do pessoal...
... infelizmente, não tive como produzir os samples que esperava... o tempo de gravação foi exíguo para poder tentar mostrar o máximo de variações possíveis do pedal, sendo usadas, inclusive, algumas guitarras que estava vendo pela primeira vez naquele dia, na hora de gravar, mas que foram muito úteis para darem alguns nortes/sonoridades/timbres diferentes daquele que a minha guitarra daria... também não tive tempo para masterizar os audios e garantir um som mais rico, o que já teria feito muita diferença... contudo, o grande amigo e colaborador, Marcos “Lelo” Craveiro, conseguiu dar uma boa mexida e uma considerável melhorada nos samples (Grande Lelo, como sempre, muito obrigado!)... assim, certamente alguns timbres não agradarão, outros sim, a execução dos trechos gravados é ruim, porque tudo foi feito na hora, durante o take de gravação, enfim, infortunadamente não tive como produzir o que queria...
... aliás, ainda que os samples não tenham ficado como eu queria, recomendo a audição deles em algum aparelho de som, pois nos falantes feitos para PC o som sairá muito “rachado”, pois dificilmente suportará a contento a projeção das freqüências baixas...
... de qualquer forma, creio que se trata de um material interessante e que, agregado aos vídeos postados na primeira parte do review, podem servir como bons elementos para conhecer um pouco mais do Tubestation...
... apropósito, devo ressaltar, exatamente porque os samples não ficaram como deveriam, que posso garantir, com absoluta convicção, que o som ao vivo do pedal é bastante superior aos dos samples... se gostar de algum sample, procure imaginar isso, pelo menos, umas 10 vezes melhor... hehehe
... no arquivo do link abaixo constam todos os samples postados neste review, além de outros, totalizando 20 samples, e um arquivo contendo todas as regulagens e equipamentos utilizados...
- http://www.4shared.com/file/37284031/b422a5d0/56INCcom_TUBESTATION_MILTON_MORALES_wwwtocadosefeitosblogspotcom.html?dirPwdVerified=7a2db832 (55mb)
Considerações finais
Espero que esse material seja de bom proveito à todos... embora esteja sendo trabalhoso, não posso dizer que não esteja sendo muito agradável se deter tanto e em busca de tantos detalhes de um equipamento dessa qualidade...
... em tempo, a terceira e última parte do review será no estilo FAQ, ou seja, respostas para uma série de perguntas que foram feitas através ou do email da Toca ou do meu email pessoal... como a publicação da última parte levará mais alguns dias, gostaria que todos que tiverem dúvidas, perguntas, enfim, qualquer questionamento sobre o Tubestation, que o faça pelo email da Toca (tocadosefeitos@yahoo.com.br) para que eu possa incluir seu questionamento na última parte do review... ah, sim, a resposta não virá somente na publicação, mas em no máximo 24hs após o recebimento do email... hehehe...
... de resto, agradeço à todos pelo apoio e aguardo comentários, sugestões, o que for... quem quiser entrar no mailist da Toca, por favor, envie um email para tocadosefeitos@yahoo.com.br, pois seu email será imediatamente incluído... a inclusão no mailist significará aviso por email das atualizações do blog, bem como o recebimento de um boletim sobre efeitos e equipamentos afins, que só o afiliado da Toca recebe... PORTANTO, NÃO PERCA TEMPO...
... ah, e antes que eu me esqueça, não deixem de acessar a comunidade do orkut da Toca dos Efeitos: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=50019202... Em breve, muitas novidades por lá... ;]
Abraços!
2 comentários
Caraca, velho, o review tá o próprio "As Veias Abertas da América Latina" ahaha. Parabéns pela quantidade de infos. Antes que digam que está "longo demais", eu acho que quem acessa um blog que foi feito pra conter "informação", tem mais é que se alegrar se encontrar abundância.
Espero que os que compraram o Tubestation venham até aqui e consigam rechear mais ainda o blog com observações pessoais, transformando isso numa biblioteca do assunto. Aliás, não só do Tubestation, mas de qualquer outro pedal já postado.
E que a proposta de "EXPOR" um ponto de vista seja sempre compreendida como tal, e que se tire conclusões próprias, cada um com sua experiência, tendo como base o material aqui contido.
Agradeço a menção ao meu nome no que tange ao pequeno ajuste no áudio, mas nem precisa velho, além de ter sido algo simples mesmo, eu apoio a iniciativa aqui, pois se eu tivesse um canal desses alguns bons anos atrás, não teria batido tanto a cabeça em simples questões.
[ ]s
PS: esse mp3 tube foi uma excelente idéia.
Grande Marcos... muito obrigado pela tua sempre presente e atuante participação a ajuda à Toca dos Efeitos... e, claro, pelo elogios ao review...
... assim como tu, espero que o pessoal não se incomode com tanta informação, que pra mim nada mais é informação e ponto... quanto mais melhor... hehehe
Abraços!
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