Há algum tempo eu queria testar o Landscape EDY1 com mais tempo. Oportunidades até não me faltavam, mas sim tempo para tanto, essencialmente. Contudo, como eu estava/estou, nunca se sabe, montando um segundo set de pedais, mais simples e para projetos mais ligados ao rock e hard rock, pude unir o útil ao agradável, ou seja, como precisava de um delay, e queria um de baixo custo, fui à cata de alguns modelos, entre eles o EDY1, o que me permitiu analisar e testar relativamente bem o pedal para escrever esse review...
... mesmo já tendo tocando com o pedal em duas oportunidades, acreditem, nunca tinha encostado no pedal... o usei sempre com as regulagens dos donos dos mesmos, tendo podido, apenas, analisar brevemente o timbre dele, e nunca a construção... pessoalmente, quando o peguei na mão, na oportunidade do teste que enseja os apontamentos que farei à seguir, confesso que fiquei um pouco decepcionado, pois sempre tive a impressão de se tratar de um pedal um pouco mais robusto... em tempo, o pedal não é frágil, longe disso, mas é menos robusto do que me parecia ser...
... até que o vendedor preparasse o terreno para o teste, continuei analisando um pouco a construção do pedal... os knob´s são firmes e passam segurança de que a sua regulagem ficará ali, salvo você mesmo mude, e não por conta do transporte do pedal ou etc... a entrada para fonte é na lateral, o que costumeiramente não me agrada, mas que nesse caso teve uma solução interessante, diferentemente dos MXR, pois a entrada fica antes do jack de entrada do cabo do instrumento (na foto isso fica bem claro), ou seja, não é preciso nem passar o cabo de força por baixo do cabo do instrumento, nem rezar para que o tamanho do plugue do cabo de força seja pequeno o suficiente para caber tão próximo ao cabo do instrumento, preocupação que tenho com freqüência com os MXR... o acesso ao clip de bateria, que até então tinha lido ser muito complicado, pareceu-me relativamente fácil... o acesso é feito pela parte traseira do pedal, onde costuma ficar a entrada para fonte nos BOSS, e assim como ocorre em alguns DOD´s, bastando, para tanto, girar um dos dois parafusos que prendem a tampa, na verdade uma chapa, que fica atrás... quanto à arte, fiquei um pouco decepcionado por se tratar de um adesivo... um adesivo bem colado, nem um pouco torto, é verdade, mas ainda assim um adesivo, muito suscetível à batidas, arranhões, descascados, enfim, não é o tipo de acabamento que me agrada, mesmo porque, embora seja um pedal de custo mais baixo, todos dessa faixa de preço usam ou serigrafia ou algo do gênero, o que dá um acabamento melhor e mais durável ao pedal, já que o adesivo se deteriora com certa facilidade, especialmente nos pés de músicos que tocam com muita freqüência... por fim, um ponto que muito lí como negativo do pedal, qual seja, o footswitch... nas duas outras oportunidades que toquei com o pedal, não tinha conhecimento desse tipo de queixa daqueles que testam e até daqueles que possuem o EDY1, e, portanto, não notei nada que o desabonasse nesse quesito... contudo, com o pedal mãos, apertando um pouco o footswitch, tive um pouco da mesma sensação de fragilidade que outras pessoas observaram, mas, sabe, sendo bem objetivo, prefiro ficar com a impressão que tive usando o pedal (num ensaio e num show) e que não foi negativa... claro, o footswitch parece mais frágil porque não tem aquela pressão das chaves DPDT ou 3PDT, ou mesmo de um BOSS, mas mesmo assim não acho que se possa considerar a chave frágil, embora eu recomende, sem dúvidas, uma pisada mais leve para quem pisa como um “ogro”, afinal, definitivamente nem todo pedal suporta esse tipo de pressão, ainda mais um pedal que, no quesito robustez, visto de uma forma mais ampla, qualificaria como médio, na média, nem tanto um Behringer, nem tanto um BOSS...
... outras informações que podem interessar (retiradas do manual do Landscape EDY1): o tempo de atraso do delay varia entre 50ms e 800ms; o consumo do pedal é de 55mA; o pedal pesa em torno de 450g; a dimensões do EDY1 são 102x70x130 mm (LxAxP); o bypass é feito por chaveamento eletrônico, portanto, não é true by pass...
... embora tenha parecido que o vendedor levou horas para montar o amp. e a guita que eu usaria para testar o pedal, provavelmente porque escrevi um bocado até aqui, até que com certa brevidade eu já estava sentado com uma Strato Squier no colo, o pedal num banco ao meu lado e um Meteoro Nitrous Drive GS 160 na minha frente... entretanto, antes de passar ao som propriamente dito, quero escrever um pouco sobre os controles do EDY1, qual sejam, TONE, REPEAT, TIME E LEVEL...
... o TONE atua diretamente e apenas na repetição, e não no som da guitarra, fechando ou abrindo o timbre, já que é um controle que atua especificamente nas freqüências altas... particularmente, gostei muito desse controle, um dos mais funcionais que já vi em qualquer delay que possui esse tipo de recurso, atuando de forma realmente determinante na repetição e sendo muito útil para quem procura texturas diferentes usando um delay...
... o REPEAT é o controle usado para ajustar a quantidade de repetições do efeito, partindo de uma repetição, na posição zero, até o infinito, quando no máximo...
... no TIME se regula o intervalo de tempo entre as repetições, sendo variável entre 50ms e 800ms...
... e, por fim, com o LEVEL se regula o volume do efeito... diferentemente de outras opções do mercado, como o Line6 Echo Park, esse controle atua apenas no volume do efeito, e não como um tipo de MIX, de mistura do sinal do efeito com o sinal do instrumento...
... feitas essas considerações, vamos ao teste em si...
... inicialmente, trabalhei com os controles às 12hs... com o TONE nessa posição, tive a impressão que o sinal da repetição estava um pouco mais fechado que o sinal da guitarra, motivo pelo qual, acaso não esteja enganado, o ponto desse controle que não colore o timbre é pouco acima das 12hs, o que, na minha opinião, é um ponto contra... por outro lado, o REPEAT apresentou um bom nível de repetições, associado aos demais controles, de forma que as repetições não embolavam, sendo muito cristalinas...
... passado esse primeiro momento, resolvi testar individualmente, e com mais detimento, cada controle... começando pelo TONE, resolvi tocar com o controle no máximo e no mínimo para conhecer melhor o alcance dele, no que fiquei muito positivamente impressionado, como já mencionado antes... com o potenciômetro no mínimo, a repetição fica bastante fechada, na minha opinião até demais, mas, aumentando-se um pouco a regulagem, consegue-se um timbre mais denso, muito interessante para algumas simulações de ambiências e ecos... doutra banda, com o potenciômetro em regulagens mais fortes, o timbre do delay fica bastante quente, tendo sido essa a faixa de regulagem que mais me agradou, isso porque o controle atua apenas na repetição, e não no timbre original do instrumento... com o TONE às 3hs consegui timbres quentes para bases e, especialmente, para solos, que ficaram muito bons, ganhando até mais brilho... em tempo, sei que esse poderá ser um recurso controverso para muitas pessoas, que preferem uma repetição mais neutra, sem cor alguma, o que também é possível no pedal, mas isso varia conforme o gosto de cada um e ter um recurso desses no pedal me parece muito interessante...
... após, passei à análise do REPEAT, no que não entendo ter muito o que escrever, afinal, trata-se de um controle auto-descritivo de funcionalidade muito objetiva... contudo, quero apenas apontar que achei o controle muito funcional, sensível na medida certa para se achar, com bastante tranqüilidade, a quantidade ideal de repetição, pois, embora seja possível ir de apenas uma repetição ao infinito, o controle responde muito bem até pouco mais de 12hs, sendo possível controlar facilmente quantidades menores de repetições, consideradas, no caso, menos que 8 repetições, e que costumam ser o mais usual pelos músicos...
... a seguir, comecei a testar melhor o controle de TIME, e aqui, de certa forma, foi que achei algumas particularidades que podem ser indiferentes para uns, mas consideráveis para outros... a primeira coisa que fiz foi colocar o controle às 9hs e ver como o pedal se portava com repetições de tempo mais curto... só que, curiosamente, eu não ouvia quase nenhuma repetição, isso pra não dizer nenhuma... logo pensei que de repente isso fosse uma particularidade do controle, que nessa posição ainda tivesse um tempo delay muito curto, motivo pelo qual coloquei o potenciômetro em pouco mais que 10hs, mas sem sucesso algum, e o que foi mais curioso, quase sem mudança alguma na resposta final do pedal... então, resolvi aumentar um pouco a quantidade de repetições, e mais uma vez pouca coisa mudou... depois, considerando que o tempo tivesse muito curto, resolvi colocar o volume no máximo, e o máximo que consegui foi um aumento na presença da ambiência... depois disso tudo, resolvi aumentar, gradativa e paulatinamente o TIME, até que, de repente, entre 11hs e 12hs, as repetições começaram a aparecer, mas não de uma forma gradativa, mas sim de um forma até relativamente brusca, motivo pelo qual achei o pedal um pouco fraco para algumas das usuais finalidades das repetições curtas, como country e algumas coisas de surf music dos anos 60... por outro lado, se o desejo é apenas ambiência sem repetição aparente, similar à um reverb, o pedal se comporta bem...
... doutra banda, com repetições um pouco mais longas, o pedal se sai muito bem... aliás, quando refiro-me à repetições curtas - creio que devo deixar claro isso, falo daquelas próximas ou com pouco mais que 150ms, sendo as repetições um pouco mais longas aquelas acima disso, quiçá a partir de 200ms, mais ou menos... enfim, nos valores acima disso, o pedal se comporta muito bem, sendo muito eficiente para diversas finalidades...
... o último controle que faltava testar era o LEVEL, provavelmente o mais óbvio de analisar, mas nem tanto, tendo em vista que é um controle essencial para conhecer melhor o, na minha opinião, elemento mais importante do pedal, qual seja, o timbre... em relação ao controle em si, funciona muito bem, de forma gradual, sendo descomplicado encontrar a regulagem certa para o volume desejado no delay... não observei em ponto algum do potenciômetro algum tipo de mácula, como, por exemplo, um ponto específico em que o volume aumentasse bruscamente... de fato isso não ocorre no pedal, o controle é gradual e eficiente...
... ainda, é com o LEVEL que tenho como colocar o pedal mais à prova, pois com ele posso evidenciar mais o timbre, se há algum tipo de distorção no efeito, nuances dos controles, como a ação do TONE, se o som embola em regulagens mais acentuadas do REPEAT, e etc... e em todos os quesitos o pedal se portou bem... o efeito é muito limpo, o timbre é muito bom, o TONE responde muito bem, especialmente com regulagens mais abertas, claro, pro meu gosto, e o efeito não tende a embolar... aliás, sobre esse tema, uma observação importante, na minha opinião: o embolar ou não embolar também depende da regulagem usada, do tempo daquilo que se está tocando e etc.... é evidente que quanto mais repetições, numa regulagem com 200ms, numa base de tempo 2 por 2, a tendência é embolar, portanto, tenham sempre claro a diferença entre o que pode ser responsabilidade do pedal e o que pode ser responsabilidade de quem regula o dito cujo... pelo que pude apurar, quase não vi qualquer coisa que pudesse ser de responsabilidade do pedal, e foi isso que quis dizer quando escrevi que o pedal não tende a embolar...
... ao final do teste, fiquei com uma impressão positiva do pedal, especialmente ao se considerar o preço dele... claro, já lí muitos textos de pessoas fazendo algumas comparações, dizendo que o EDY1 seria similar à algumas das unidades mais famosas, e de custo superior (me refiro, em especial, ao delay BOSS DD-3), no que me resta respeitar como respeito qualquer opinião... a minha opinião sobre o assunto é que, sim, o EDY1 é um bom delay, sem dúvidas, mas que não está no patamar do DD-3... nem digo, com isso, que ele está muito longe, nem que seja muito inferior ao DD-3, mas apenas que é inferior, pra mim, sem sombra de muitas dúvidas... ele tem um timbre muito bacana, um pequeno problema para regular repetições curtas, uma construção razoável, enfim, entre prós e contras, na minha opinião, tem um custo x benefício muito bom...
... como ficou claro no curso do review, não tive acesso ao pedal de forma que fosse possível gravar alguns samples, portanto recomendo a audição dos samples oferecidos no site da Landscape (http://www.landscapeaudio.com.br/prod_detail.asp?prod_id=24&cat_id=4), pois me pareceram bastante fiéis e honestos...
... por fim, agradeço, mais uma vez, a visita de todos, sempre reiterando o convite para acessarem a comunidade da Toca dos Efeitos no orkut pelo endereço http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=50019202, e para fazerem parte do mailist da Toca, sendo necessário, para tanto, apenas enviar uma mensagem para o email tocadosefeitos@yahoo.com.br...
... de resto, abraços e até a próxima... \m/
... mesmo já tendo tocando com o pedal em duas oportunidades, acreditem, nunca tinha encostado no pedal... o usei sempre com as regulagens dos donos dos mesmos, tendo podido, apenas, analisar brevemente o timbre dele, e nunca a construção... pessoalmente, quando o peguei na mão, na oportunidade do teste que enseja os apontamentos que farei à seguir, confesso que fiquei um pouco decepcionado, pois sempre tive a impressão de se tratar de um pedal um pouco mais robusto... em tempo, o pedal não é frágil, longe disso, mas é menos robusto do que me parecia ser...
... até que o vendedor preparasse o terreno para o teste, continuei analisando um pouco a construção do pedal... os knob´s são firmes e passam segurança de que a sua regulagem ficará ali, salvo você mesmo mude, e não por conta do transporte do pedal ou etc... a entrada para fonte é na lateral, o que costumeiramente não me agrada, mas que nesse caso teve uma solução interessante, diferentemente dos MXR, pois a entrada fica antes do jack de entrada do cabo do instrumento (na foto isso fica bem claro), ou seja, não é preciso nem passar o cabo de força por baixo do cabo do instrumento, nem rezar para que o tamanho do plugue do cabo de força seja pequeno o suficiente para caber tão próximo ao cabo do instrumento, preocupação que tenho com freqüência com os MXR... o acesso ao clip de bateria, que até então tinha lido ser muito complicado, pareceu-me relativamente fácil... o acesso é feito pela parte traseira do pedal, onde costuma ficar a entrada para fonte nos BOSS, e assim como ocorre em alguns DOD´s, bastando, para tanto, girar um dos dois parafusos que prendem a tampa, na verdade uma chapa, que fica atrás... quanto à arte, fiquei um pouco decepcionado por se tratar de um adesivo... um adesivo bem colado, nem um pouco torto, é verdade, mas ainda assim um adesivo, muito suscetível à batidas, arranhões, descascados, enfim, não é o tipo de acabamento que me agrada, mesmo porque, embora seja um pedal de custo mais baixo, todos dessa faixa de preço usam ou serigrafia ou algo do gênero, o que dá um acabamento melhor e mais durável ao pedal, já que o adesivo se deteriora com certa facilidade, especialmente nos pés de músicos que tocam com muita freqüência... por fim, um ponto que muito lí como negativo do pedal, qual seja, o footswitch... nas duas outras oportunidades que toquei com o pedal, não tinha conhecimento desse tipo de queixa daqueles que testam e até daqueles que possuem o EDY1, e, portanto, não notei nada que o desabonasse nesse quesito... contudo, com o pedal mãos, apertando um pouco o footswitch, tive um pouco da mesma sensação de fragilidade que outras pessoas observaram, mas, sabe, sendo bem objetivo, prefiro ficar com a impressão que tive usando o pedal (num ensaio e num show) e que não foi negativa... claro, o footswitch parece mais frágil porque não tem aquela pressão das chaves DPDT ou 3PDT, ou mesmo de um BOSS, mas mesmo assim não acho que se possa considerar a chave frágil, embora eu recomende, sem dúvidas, uma pisada mais leve para quem pisa como um “ogro”, afinal, definitivamente nem todo pedal suporta esse tipo de pressão, ainda mais um pedal que, no quesito robustez, visto de uma forma mais ampla, qualificaria como médio, na média, nem tanto um Behringer, nem tanto um BOSS...
... outras informações que podem interessar (retiradas do manual do Landscape EDY1): o tempo de atraso do delay varia entre 50ms e 800ms; o consumo do pedal é de 55mA; o pedal pesa em torno de 450g; a dimensões do EDY1 são 102x70x130 mm (LxAxP); o bypass é feito por chaveamento eletrônico, portanto, não é true by pass...
... embora tenha parecido que o vendedor levou horas para montar o amp. e a guita que eu usaria para testar o pedal, provavelmente porque escrevi um bocado até aqui, até que com certa brevidade eu já estava sentado com uma Strato Squier no colo, o pedal num banco ao meu lado e um Meteoro Nitrous Drive GS 160 na minha frente... entretanto, antes de passar ao som propriamente dito, quero escrever um pouco sobre os controles do EDY1, qual sejam, TONE, REPEAT, TIME E LEVEL...
... o TONE atua diretamente e apenas na repetição, e não no som da guitarra, fechando ou abrindo o timbre, já que é um controle que atua especificamente nas freqüências altas... particularmente, gostei muito desse controle, um dos mais funcionais que já vi em qualquer delay que possui esse tipo de recurso, atuando de forma realmente determinante na repetição e sendo muito útil para quem procura texturas diferentes usando um delay...
... o REPEAT é o controle usado para ajustar a quantidade de repetições do efeito, partindo de uma repetição, na posição zero, até o infinito, quando no máximo...
... no TIME se regula o intervalo de tempo entre as repetições, sendo variável entre 50ms e 800ms...
... e, por fim, com o LEVEL se regula o volume do efeito... diferentemente de outras opções do mercado, como o Line6 Echo Park, esse controle atua apenas no volume do efeito, e não como um tipo de MIX, de mistura do sinal do efeito com o sinal do instrumento...
... feitas essas considerações, vamos ao teste em si...
... inicialmente, trabalhei com os controles às 12hs... com o TONE nessa posição, tive a impressão que o sinal da repetição estava um pouco mais fechado que o sinal da guitarra, motivo pelo qual, acaso não esteja enganado, o ponto desse controle que não colore o timbre é pouco acima das 12hs, o que, na minha opinião, é um ponto contra... por outro lado, o REPEAT apresentou um bom nível de repetições, associado aos demais controles, de forma que as repetições não embolavam, sendo muito cristalinas...
... passado esse primeiro momento, resolvi testar individualmente, e com mais detimento, cada controle... começando pelo TONE, resolvi tocar com o controle no máximo e no mínimo para conhecer melhor o alcance dele, no que fiquei muito positivamente impressionado, como já mencionado antes... com o potenciômetro no mínimo, a repetição fica bastante fechada, na minha opinião até demais, mas, aumentando-se um pouco a regulagem, consegue-se um timbre mais denso, muito interessante para algumas simulações de ambiências e ecos... doutra banda, com o potenciômetro em regulagens mais fortes, o timbre do delay fica bastante quente, tendo sido essa a faixa de regulagem que mais me agradou, isso porque o controle atua apenas na repetição, e não no timbre original do instrumento... com o TONE às 3hs consegui timbres quentes para bases e, especialmente, para solos, que ficaram muito bons, ganhando até mais brilho... em tempo, sei que esse poderá ser um recurso controverso para muitas pessoas, que preferem uma repetição mais neutra, sem cor alguma, o que também é possível no pedal, mas isso varia conforme o gosto de cada um e ter um recurso desses no pedal me parece muito interessante...
... após, passei à análise do REPEAT, no que não entendo ter muito o que escrever, afinal, trata-se de um controle auto-descritivo de funcionalidade muito objetiva... contudo, quero apenas apontar que achei o controle muito funcional, sensível na medida certa para se achar, com bastante tranqüilidade, a quantidade ideal de repetição, pois, embora seja possível ir de apenas uma repetição ao infinito, o controle responde muito bem até pouco mais de 12hs, sendo possível controlar facilmente quantidades menores de repetições, consideradas, no caso, menos que 8 repetições, e que costumam ser o mais usual pelos músicos...
... a seguir, comecei a testar melhor o controle de TIME, e aqui, de certa forma, foi que achei algumas particularidades que podem ser indiferentes para uns, mas consideráveis para outros... a primeira coisa que fiz foi colocar o controle às 9hs e ver como o pedal se portava com repetições de tempo mais curto... só que, curiosamente, eu não ouvia quase nenhuma repetição, isso pra não dizer nenhuma... logo pensei que de repente isso fosse uma particularidade do controle, que nessa posição ainda tivesse um tempo delay muito curto, motivo pelo qual coloquei o potenciômetro em pouco mais que 10hs, mas sem sucesso algum, e o que foi mais curioso, quase sem mudança alguma na resposta final do pedal... então, resolvi aumentar um pouco a quantidade de repetições, e mais uma vez pouca coisa mudou... depois, considerando que o tempo tivesse muito curto, resolvi colocar o volume no máximo, e o máximo que consegui foi um aumento na presença da ambiência... depois disso tudo, resolvi aumentar, gradativa e paulatinamente o TIME, até que, de repente, entre 11hs e 12hs, as repetições começaram a aparecer, mas não de uma forma gradativa, mas sim de um forma até relativamente brusca, motivo pelo qual achei o pedal um pouco fraco para algumas das usuais finalidades das repetições curtas, como country e algumas coisas de surf music dos anos 60... por outro lado, se o desejo é apenas ambiência sem repetição aparente, similar à um reverb, o pedal se comporta bem...
... doutra banda, com repetições um pouco mais longas, o pedal se sai muito bem... aliás, quando refiro-me à repetições curtas - creio que devo deixar claro isso, falo daquelas próximas ou com pouco mais que 150ms, sendo as repetições um pouco mais longas aquelas acima disso, quiçá a partir de 200ms, mais ou menos... enfim, nos valores acima disso, o pedal se comporta muito bem, sendo muito eficiente para diversas finalidades...
... o último controle que faltava testar era o LEVEL, provavelmente o mais óbvio de analisar, mas nem tanto, tendo em vista que é um controle essencial para conhecer melhor o, na minha opinião, elemento mais importante do pedal, qual seja, o timbre... em relação ao controle em si, funciona muito bem, de forma gradual, sendo descomplicado encontrar a regulagem certa para o volume desejado no delay... não observei em ponto algum do potenciômetro algum tipo de mácula, como, por exemplo, um ponto específico em que o volume aumentasse bruscamente... de fato isso não ocorre no pedal, o controle é gradual e eficiente...
... ainda, é com o LEVEL que tenho como colocar o pedal mais à prova, pois com ele posso evidenciar mais o timbre, se há algum tipo de distorção no efeito, nuances dos controles, como a ação do TONE, se o som embola em regulagens mais acentuadas do REPEAT, e etc... e em todos os quesitos o pedal se portou bem... o efeito é muito limpo, o timbre é muito bom, o TONE responde muito bem, especialmente com regulagens mais abertas, claro, pro meu gosto, e o efeito não tende a embolar... aliás, sobre esse tema, uma observação importante, na minha opinião: o embolar ou não embolar também depende da regulagem usada, do tempo daquilo que se está tocando e etc.... é evidente que quanto mais repetições, numa regulagem com 200ms, numa base de tempo 2 por 2, a tendência é embolar, portanto, tenham sempre claro a diferença entre o que pode ser responsabilidade do pedal e o que pode ser responsabilidade de quem regula o dito cujo... pelo que pude apurar, quase não vi qualquer coisa que pudesse ser de responsabilidade do pedal, e foi isso que quis dizer quando escrevi que o pedal não tende a embolar...
... ao final do teste, fiquei com uma impressão positiva do pedal, especialmente ao se considerar o preço dele... claro, já lí muitos textos de pessoas fazendo algumas comparações, dizendo que o EDY1 seria similar à algumas das unidades mais famosas, e de custo superior (me refiro, em especial, ao delay BOSS DD-3), no que me resta respeitar como respeito qualquer opinião... a minha opinião sobre o assunto é que, sim, o EDY1 é um bom delay, sem dúvidas, mas que não está no patamar do DD-3... nem digo, com isso, que ele está muito longe, nem que seja muito inferior ao DD-3, mas apenas que é inferior, pra mim, sem sombra de muitas dúvidas... ele tem um timbre muito bacana, um pequeno problema para regular repetições curtas, uma construção razoável, enfim, entre prós e contras, na minha opinião, tem um custo x benefício muito bom...
... como ficou claro no curso do review, não tive acesso ao pedal de forma que fosse possível gravar alguns samples, portanto recomendo a audição dos samples oferecidos no site da Landscape (http://www.landscapeaudio.com.br/prod_detail.asp?prod_id=24&cat_id=4), pois me pareceram bastante fiéis e honestos...
... por fim, agradeço, mais uma vez, a visita de todos, sempre reiterando o convite para acessarem a comunidade da Toca dos Efeitos no orkut pelo endereço http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=50019202, e para fazerem parte do mailist da Toca, sendo necessário, para tanto, apenas enviar uma mensagem para o email tocadosefeitos@yahoo.com.br...
... de resto, abraços e até a próxima... \m/
9 comentários
Mais um excelente review de mais um pedal que eu possuo. Eu tava doido pra mais alguém testar e concordar comigo nessa falha do time. Ele passa de curto pra longo muito bruscamente...
O timbre é ótimo, ainda mais pelo preço, mas eu gosto de delays precisos e isso o EDY-1 não consegue proporcionar.
achei ótimo e esclarecedor este review, haja vista o tanto de comments que jogam sobre este pedal, e deu pra ver claramente do que se trata... ou seja, vou juntar mais uma grana e pegar um DD-6! hehe.
Mas só fiquei triste porque disseste anteriormente que o review seria sobre o multi-efeitos da Behringer, e eu estava ansioso para lê-lo!
Então, Marcelo, na verdade eu não cheguei a escrever que o FX-600 seria o próximo review, depois da última parte do review do Tubestation, mas sim que seria "outro futuro review da Toca"... de qualquer forma, não se preocupe, pois o review desse pedal sairá em breve, ok? ;]
... e, claro, o DD-6 é um ótimo pedal... excelente escolha...
Abraços!
Não conhecia o som do pedal, só havia visto foto dessa caixinha nem lembro mais onde...interessante delay.
Pedais diferentes dos habitués aparecendo por aqui, legal :)
[]s
Parabéns! Excelente review, consegui tirar muitas dúvidas, já que não encontrei o pedal em nenhuma loja aqui na minha cidade ;]
Obrigado!
Que blog é esse!
Excelente!!!
Com certeza, será parada obrigatória!!! Ja esta salvo no meu Google Reader.
Parabens
Grande abraço
Daniel Campos
Sempre quando compro um pedal a primeira coisa que faço é mexer e remexer nele tentar todas as possibilidades de regulagens e ver com quais me identifico, depois sempre faço uma pesquisa a respeito do pedal procuro informaçoes, opniões de maneira geral a respeito, e gostei muito deste poste. Parabéns.
A principio não confiei muito no potencial deste pedal delay landscape não mas hoje vejo que valeu a pena cada centavo
Edson, obrigado pelo comentário... fico feliz de saber que a Toca pode lhe ajudar... ;]
Abraços!
depois de muito pesquisar pra mim ficou claro que esse pedal não é lá essas coisas. tem outros pedais landscape que sao ótimos,como o angel chorus e o brutal distorction, mas esse delay ouvi poucas pessoas falarem bem dele.
ótimo reviewl!!!!!!
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