SE EU SABERIA QUE PEDAIS EU TERIA HOJE? – PARTE 2

30 de out. de 2009 |

Quando escreví a primeira parte dessa série, em determinado momento ponderei que "curiosamente, desde o último post, tem uma posição do setup que está entre 2 efeitos, o que me fez chegar numa interessante opção"... o último post a que me referia é o intulado "Quando o acaso ajuda, e muito...", postado no dia 1 de outubro de 2009... nesse post, eu conto uma pequena história, da forma inusitada como soube da existência da banda Chickenfoot, e do timbre de flanger que ouví em determinada música, que conseguia abarcar aquilo que eu gostaria de fazer com um flanger, algo que, até então, eu só ouvia na minha cabeça... o timbre da música do Chickenfoot não é exatamente o que eu quero, mas foi o que chegou mais perto daquilo que busco...

... contudo, para explicar melhor o que eu quero, vou colar algo que escreví naquele post e que explica relativamente bem o que eu procuro: "uma coisa que o pessoal têm achado muito interessante é quando falo do fato que, muito embora eu queira achar um timbre de flanger que abarque o que ouço na minha cabeça, provavelmente, no momento, eu teria de optar por um chorus, pois com esse efeito sei exatamente o que fazer e quando fazer, especialmente nas minhas composições… contudo, a idéia sempre foi e será o de usar um flanger (no momento, tenho um BOSS BF-2) como se fosse um chorus, mas com aquela camada extra de flanger, que resultaria em algo que transcenderia o chorus"...

... o final dessa parte que copiei é precisa: um chorus com aquela camada extra de flanger... acho que nunca tinha entendido o que eu procurava até escrever esse texto... até então, eu tinha uma imagem, digo, um timbre na cabeça que era mais utópico e subjetivo... entretanto, meio que sem querer, escrevendo aquele post consegui traduzir em palavras o que eu estava querendo fazer...

... claro que o apressado vai sugerir: "ué, então compra um chorus e usa os dois juntos!"... pois é, seria a solução mais fácil, não fosse 1) o fato de que eu tenho um flanger para tentar alguma coisa antes de outras opções; e 2) o fato de que não quero mais um pedal no meu "ainda-em-montagem" novo setup de pedais...

... portanto, a primeira coisa que fiz, por óbvio, foi testar e testar e testar o meu BF-2... e tenho de dizer, é um ótimo flanger, mas que dessa vez ficou refém do conceito "chorus-com-camada-extra-de-flanger"... com ele consigo ou uma coisa ou outra, mas não essas duas camadas que eu quero, sem falar que para algumas coisas, especialmente com distorção, o chorus se comporta melhor que o flanger...

... depois desse teste, comecei a achar que talvez nenhum flanger pudesse me oferecer o que procuro, e aí já estava, evidentemente, pensando em ter em separado um chorus e um flanger... eu achava e acho, entretanto, que o Deluxe Electric Mistress, da EHX, poderia ser a solução pro meu caso, mas ainda assim eu estava um pouco resistente por conta do tamanho desse pedal...

... por essa razão, fui na casa de um amigo, o mais viciado em equipamentos que eu conheço (e com a sorte de ter como comprá-los), para testar o Deluxe Electric Mistress dele... fui lá, testei, adorei, pra variar, mas mal eu começara a mexer no pedal, atrás do timbre que eu quero, quando o cara volta ao estúdio me dizendo: "velho, estou com a solução para os teus problemas na minha mão... larga esse pedal e pluga esse aqui"... e não é que o FDP tinha razão... hehehe


... o que ele me trouxe? Trouxe-me o Stereo Electric Mistress, da EHX, um pedal que ao botar o olho pensei: "tomara Deus que seja o que parece ser"... e é... hehehe... esse pedal tem um chorus e um flanger com controle de profundidade independentes, além de um controle de velocidade compartilhado... eu precisei, sem sacanagem, de menos de 30 segudos para timbrar como eu sempre quis... zerei o flanger, timbrei a velocidade e profundiade somente do chorus, e depois fui adicionando profundidade ao flanger... e pronto, sem mistério algum consegui o timbre que queria... me deu até um certa raiva pela facilidade com que consegui fazer isso...

... além disso, os efeitos isolados são muito bons, muito bons mesmo... o chorus lembra um pouco o do Small Clone, pois soa mais denso, fechado, menos brilhoso, o que me agrada muito desde sempre... o flanger, por sua vez, não está no mesmo patamar do Deluxe Electric Mistress, mas está longe de ser ruim... ele soa bastante orgânico e musical... enfim, são ótimos efeitos num ótimo pedal... fico surpreso por mim mesmo por não ter pensado nessa opção antes, bem como pelo fato do pessoal falar muito pouco dele... dêem uma olhada nos vídeos que seguem, pois acredito que os amigos concordarão comigo que trata-se de um pedal injustamente esquecido ou deixado um pouco de lado... ;]

... de resto, já escreví sobre dois pedais do meu futuro pedalboard: 1) Dirty Little Secret, da Catalibread; e 2) Stereo Electric Mistress, da EHX... no futuro, escreverei sobre os demais... ah, e pra quem quiser saber, gosto do flanger antes dos drives/distorções... ;]

Abraços!






2 comentários

Roberto Ritter

Caro Milton,

A sua última frase me deixou MUITO a vontade para falar sobre modulações antes de distorções. Tenho um DD3, um BF2, e um Chorus da Landscape, e sinceramente, acho que tanto o BF quanto o DD3 podem SIM vir antes das distorções, por trabalhar ainda com o sinal limpo, o que você acha sobre isso?

Milton Morales

Roberto, acho que o post que será publicado hoje responderá plenamente a tua pergunta... hehehe... mas já adianto que acho que posição de pedal na cadeia não tem regra... vai do gosto de cada um, do que cada um procura em termos de timbres... essas são as variáveis mais importantes... ;]

Abraços!

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