COLLATERAL Vespa Drive

6 de jan. de 2013 |

Primeiro as coisas primeiras…

Senhores, antes de mais nada, tenho de desejar à todos um excelente 2013… muita saúde, música e GAS moderada (se possível) neste ano que inicia…  ;]

… além disso, 2013 é um ano que promete… muitos dos projetos de 2012 tiveram de ser postergados, mas quase todos estão a pleno vapor para começar, e logo, em 2013… já temos presença confirmada na próxima Expomusic… teremos mais promoções… teremos mais postagens… teremos mais de tudo do que faltou em 2012… enfim, 2013 promete mesmo… ;]

… portanto, fiquem conosco… ;]

… e a primeira mudança do ano é quanto aos canais interativos da Toca dos Efeitos… o ano de 2012 me provou o óbvio: estar em todos os canais é o mesmo que estar em nenhum, portanto, a partir de agora o canal interativo oficial da Toca é a página do Facebook, no endereço http://www.facebook.com/tocadosefeitos … sim, continuaremos tendo Twitter, Google+ e todo o resto, mas todos eles replicarão a informação colocada na página do Facebook… ocorre que algumas publicações não são replicadas como deveriam, razão pela qual, a partir de hoje, o canal interativo oficial da Toca dos Efeitos é a página do Facebook…

… e o que verei na página da Toca? Originalmente, eram postadas informações sobre a Toca, quando sairiam as novas publicações e etc… a partir de hoje, além dessas informações, serão postados informativos genéricos que não teriam espaço no site da Toca dos Efeitos, como o NA TOCA DO TIMBRE, onde serão colocados vídeos/samples com timbres que tenham chamado a atenção; ainda terá o NEWS & GAS, com informações das mais diversas sobre equipamentos e afins; enfim, a página será totalmente informativa, com tudo aquilo que foge do conteúdo do site, portanto, passem lá e dêem uma curtida para não perderem todas as novidades que virão neste ano…  ;]


E abrindo os trabalhos deste review, não posso esquecer…

… de agradecer o grande apoio da loja Vibe Guitars, do meu amigo José Luis Fraga, vulgo “Zé”, que inclusive cedeu este pedal para o review, e que é o colaborador mais antigo da Toca dos Efeitos…

… e não só agradeço o apoio, como indico a loja para os amigos… quer sair da mesmice e encontrar opções diferentes? A Vibe Guitars é possivelmente a melhor loja do Brasil nesse sentido… o site da loja está no endereço http://www.vibeguitars.com.br , bem como a página do Facebook no endereço http://www.facebook.com/VibeGuitars


Enfim, o review…

… não lembro há quanto tempo conheço o Guilherme, que é o cabeça da Collateral… creio que ainda pelo orkut, quando pedi pra ele fazer um pedal que nenhum outro cloner fazia na época, que era uma cópia “cheia de implementações” do Dirty Little Secret, da Catalibread, um pedal que quem acompanha a Toca sabe que eu sou verdadeiro fã…

... de lá pra cá segui acompanhando o trabalho do Guilherme pelas redes sociais, e com o advento do uso mais frequente do Facebook, especialmente no grupo da Toca dos Efeitos, pude conhecer o início do processo de concepção do primeiro pedal totalmente exclusivo da Collateral, o Vespa Drive…

… nas primeiras vezes que o Guilherme postou sobre o desenvolvimento do Vespa, ele dizia que o projeto “começou a partir de um OCD, foi ficando diferente do OCD e no final não tinha absolutamente nada a ver com um OCD”… sempre achei engraçado quando ele escrevia isso, mas o fato é que é a mais pura verdade…

… não tivesse ele citado o OCD alguma vez, certamente nunca imaginaria que o Vespa Drive partiu de uma derivação ou total desconstrução do OCD… eles não se assemelham em absolutamente nada… portanto, se você procura algo que vá na onda do pedal da Fulltone, esqueça, pois o Vespa Drive está numa categoria bastante diferente de drive…

… em tempo, antes de passar a analisar o som, vou falar brevemente sobre a construção do pedal…


Construção

Quando fui pegar o Vespa Drive na Vibe Guitars, confesso que a primeira impressão foi positiva… o tom de amarelo se destaca, sem ser excessivamente chamativo, e a arte é clean e funcional… confesso que nas fotos não tinha gostado muito do visual, mas ao vivo tive uma impressão completamente diferente…

… além disso, me saltou aos olhos, e isso desde a primeira foto que o Guilherme postou no grupo da Toca no Facebook, o estilo dos knobs, que são lindos… a maioria do pessoal usa aqueles knobs que ficaram famosos por conta da Fulltone, e que realmente funcionam em quase qualquer arte, mas destaco esse detalhe porque mostra o interesse da Collateral em experimentar aspectos visuais diferentes, ainda que apenas os knobs… eles se sobressaem na arte limpa do pedal e são o destaque visual do Vespa Drive, na minha opinião…

… ainda, o Vespa é construído com ótimos componentes, como potenciômetros ALPHA, resistores de metal flim 1%, jacks de ótima qualidade e caixa hammond, ou seja, um excelente padrão de componentes…

… entretanto, um ponto ficou aquém do esperado: logo que peguei o pedal na mão, senti que a qualidade da pintura não era muito boa… na verdade, sentia-se, muito mais que o aceitável, relevos na pintura, como se a caixa não tivesse sido devidamente limpa antes da aplicação da pintura… nesse sentido, entendo que esse aspecto é um ponto contra da unidade que passou por mim…

… aliás, como tenho contato com o Guilherme, antes mesmo de escrever o review, comentei com ele sobre essa questão… o Guilherme, como sempre, foi muito atencioso e já estava atento à essa questão… até por isso, coloco abaixo um trecho da conversa que tivemos sobre o assunto, até para que os futuros interessados não se preocupem tanto com a pintura do pedal no futuro…

13:56
Milton Morales
Sobre a observação, achei que o acabamento poderia ter um up.
A pintura tinha muitas pontas...
Aquelas que parecem que algo ficou por baixo da tinta, sacas?

13:57
Guilherme Ribeiro Nunes
esse primeiro lote de caixinhas realmente não saiu como o planejado... não são pintadas por mim, mando fazer pintura eletrostática numa fábrica de móveis por aqui

13:57
Milton Morales
Teu pedal é muito bom, mas o acabamento, comparado com o padrão de exigência do pessoal, pode pesar contra pra ti. É só uma opinião, que queria te passar, mesmo porque, por questões de idoneidade, será o único ponto contra que colocarei no review.
Pensas em mudar algo ou só a empresa de pintura mesmo?

13:58
Guilherme Ribeiro Nunes
o cara veio se justificar dizendo que a câmara de pintura estava suja e n sei o que
então, estou estudando o uso de silk screen, no próximo lote
além de mudar a empresa que faz a pintura
no comecinho de janeiro devo começar a produção do segundo lote (incluindo aquele pedal da caixinha de leite)... ambos vão ter uma pintura diferente dessa aí (vai ser eletrostática tbm, mais lisinha), e ambos com acabamento em silk

Ou seja, neste mês a Collateral já deverá ter unidades com esse problema resolvido, felizmente…


E o som, mermão, e o som???

O Vespa Drive é da família de drives que trabalham com freqüências altas… entretanto, ele não soa agudo ou super-agudo, mas sim numa faixa de médio-agudos das mais interessantes, pelo menos na minha opinião… o som tende a soar mais “crocante”, e nem tanto chapado, como muitos pedais que tendem a ser mais agudos… de fato a primeira referência que se poderia fazer é de som de Marshall, mas não creio que seja a melhor forma de adjetivar o pedal… entretanto, pra quem gosta de começar tendo alguma referência de amp., certamente um Marshall é o que mais se aproxima…

… o TONE do pedal trabalha de forma bastante efetiva na característica que identifica o timbre do Vespa, que é essa “crocância médio-aguda”… sendo mais objetivo, com o TONE não é possível buscar, por exemplo, faixas mais baixas de médios… o que se consegue é diminuir um pouco a quantidade de presença desses médios-agudos, amaciando um pouco timbre…

… por outro lado, e aqui cabe uma observção, apesar de se falar em médios, que ninguém pense em Tube Screamer… são pedais completamente diferentes, inclusive porque a presença de médios do timbre é muito maior no TS, o que significa que sim, o Vespa soa transparente, especialmente com single-coils…

… ainda, cabe mencionar que, como o Vespa tem forte presença de médio-agudos, que não se pense que isso causa problemas na resposta dos graves, como acontece nos Tube Screamers… é bem verdade que o pedal não tem graves proeminentes, mesmo porque essa não é a proposta dele, mas ainda assim o timbre não soa magro…

… contudo, houve uma situação que senti falta de um pouco mais de graves, que foi quando trabalhei o Vespa com single-coils de ponte e meio… especialmente na ponte pareceu-me que ele ficou mais magro do que alguns gêneros musicais podem pedir, e como o pedal tem uma saída muito boa, pra tocar rock e afins, a falta de maior presença de graves pode ser uma dificuldade pra quem toca com esse tipo de captador… até por conta disso, conversando com o Guilherme, sugeri que ele colocasse uma chave FAT no pedal, que teria uma opção para colocar um pouco mais de graves no timbre… confesso que não sei se o Guilherme acatará a sugestão… pelo que entendi de uma conversa recente, sim, mas em lotes futuros… seja como for, a sugestão visou apenas implementar o pedal… tê-la ou não em nada desabona o pedal, pois ele tem uma característica que atende muito bem quem procura por esse perfil de drive…

… o controle de GAIN é muito amplo… no mínimo ele chega a limpar totalmente o timbre, dependendo da captação da guitarra, enquanto que no máximo atinge níveis de saturação muito acima da média dos drives… fazendo uma comparação, diria que o Vespa Drive tem nível de saturação similar ao do BB Booster e pouco inferior ao do Direct Drive… como será possível observar no vídeo abaixo, é possível tocar muita coisa com esse pedal, de blues à variações de hard rock…

… o VOLUME, e normalmente não falo de volume de pedal, mas neste caso é preciso, é uma questão peculiar… logo que peguei o pedal, chamou a minha atenção que com a SG o ponto onde eu conseguia o mesmo volume que com o pedal desligado era na posição de 3hs, mais ou menos, o que é bem mais que a média dos pedais… em regulagens com pouco ganho, muitas vezes cheguei a ter de usar o volume no máximo, o que nunca tinha feito num pedal, a não ser quando estivesse usando-o como booster… eu comentei essa questão com o Guilherme, que me passou que realmente tinha projetado o pedal para ter menos volume, mas nem tão pouco quanto se viu no meu equipamento… por conta disso, ele pensa em usar um potenciômetro de valor maior, para dar mais volume ao pedal, mas não sei a partir de quando isso se dará… quem for comprar o pedal, recomendo consultar o Guilherme sobre o assunto, especialmente se considerar usar o pedal como booster limpo…

… de qualquer forma, apesar de usar o pedal no limite, e cheguei a ensaiar com ele, para se ter idéia, não tive problemas com o volume, enquanto o usasse como drive… já como booster sujo, precisei usar o ganho a partir das 9hs para não sentir falta de mais volume… como booster limpo, aí sim senti falta de mais volume… na verdade, foi apenas aqui que senti falta desse elemento…

… aliás, o Vespa Drive é um booster muito bom… como não consegui testá-lo como booster limpo a contento, vou falar dele como booster sujo… usando juntamente com o canal sujo do meu amp., que é hi gain, consegui um timbre menos plano/reto, e tive essa “crocância” característica do pedal… comparando com o Wylde Overdrive, que uso como booster do canal sujo, meu timbre ficou menos comprimido e com mais brilho… comparado com o BD-2, por exemplo, o timbre soa menos rasgado… já para sonoridades mais limpas, o Vespa insere o brilho característico da sua personalidade sonora, sem descarterizar o timbre principal…

… concluindo, achei o Vespa Drive um excelente pedal… no seu gênero, hoje é um dos meus preferidos… ele tem personalidade própria, e pelo menos no meu equipamento, em 3 guitarras e 2 amplificadores diferentes, ele soou muito bem, mas muito bem mesmo… espero que as observações que fiz no review não acabem se sobrepondo à todas as qualidades do pedal… o único contra mesmo do pedal, que deve ser resolvido em breve, como se viu da conversa que quotei acima, é o padrão da pintura… as demais observações são sugestões, que só mencionei aqui porque o Guilherme foi receptivo à elas… de qualquer forma, ainda que ele não pensasse em considerar essas observações, devo dizer que o pedal é muito bom, com uma característica sonora muito própria e muito bacana… tenho certeza que o vídeo abaixo alucidará bastante as qualidades do pedal…  ;]

… ademais, agradeço ao Guilherme por todo tempo que dedicou nas conversas que tivemos sobre o pedal, sem falar da abertura para as referidas sugestões… nem todo handmade é aberto à isso… não que devesse ser, claro… mas preciso referir como é positivo quando há esse tipo de diálogo, o que nem sempre é possível…

… para quem quiser contatar o Guilherme e conhecer mais da Collateral, a página da empresa é http://www.facebook.com/CollateralFX e o email guilhermecollateral@gmail.com

… de resto, amigos, agradeço mais uma vez pelo prestígio… como coloquei antes, 2013 promete… ;]

Abraços e até a próxima… ;]



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